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PT do Acre diz que Ney Amorim traiu sigla e fala em possível “estelionato eleitoral” do governo de Gladson Cameli

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O Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores no Acre divulgou nesta sexta-feira, 1º de março, uma resolução em que não poupa críticas ao governo de Gladson Cameli e acusa o ex-deputado Ney Amorim, atualmente secretário Extraordinário de Articulação, de traição.


O documento divulgado nas redes sociais pelo presidente da sigla no Estado, Cesário Campelo Braga, além de tecer críticas, “abraça” o ex-governador Sebastião Viana, a ex-vice-governadora Nazaré Araújo e o ex-senador Jorge Viana, que segundo o partido, “construíram, com muita dedicação, uma brilhante história no Acre”.

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O posicionamento do partido revela uma mágoa com ex-deputado Ney Amorim e classifica suas atitudes como “oportunistas”. “Aproveitamos para repudiar as atitudes oportunistas do ex-deputado Ney Amorim, que depois de ter todas as oportunidades dadas pelo PT durante sua vida política, nos traiu no processo eleitoral, constituindo alianças espúrias na briga cega pelo poder”, aponta trecho.


Sem citar o nome do governador Gladson Cameli, o PT tece uma série de críticas, afirmando que a atual gestão vive uma guerra interna pela divisão dos espaços de governo, , inviabilizando o pleno funcionamento do Estado. “Aliado a isso se iniciou uma perseguição cega aos servidores públicos de carreira, alegando que os mesmo são “petistas” e contribuíram nas gestões anteriores, esquecendo-se por completo que, no exercício de suas funções públicas, estes prestam serviços ao Estado e para o povo, independente de qual grupo político está no governo”, frisa.


O partido que governou o Acre nos últimos 20 anos afirma que tem a sensação que o Estado está sem direção, tal a incapacidade de gestão demonstrada até aqui. “Os municípios do interior são os mais afetados, faltando desde água nas torneiras até responsáveis nas repartições, passando pela carência de médicos, desmonte das estratégias de atendimento no PS e o retorno das filas de matrículas na educação”, pontua.


A resolução enfatiza ainda que a crise econômica que que foi destaca durante o pleito, sob a qual vivia o Acre, foi ignorada de forma irresponsável pela aliança vitoriosa. “Para ganhar votos do povo, a oposição valeu-se de promessas inexequíveis, acompanhadas do bordão “Dinheiro tem, o que falta é Gestão”, ressaltou.


“Agora, diante da realidade, as promessas são abandonadas e vistas como inviáveis, expondo evidências que um estelionato eleitoral está por vir. Reconhecemos que é muito cedo para avaliações definitivas; porém, a sociedade acreana já cobra um rumo, uma direção que aponte verdadeiramente para o futuro – coisa até aqui impossível de perceber”, crítica o documento.


O partido ainda criticou a questão do plantio de soja do Estado como solução para a geração de emprego e renda no Acre. “Ou pela falta de conhecimento ou pela simples omissão, não falam ao povo que essa monocultura só pode ser implementada em uma pequena faixa de terra acreana localizada na região do Vale do Alto Acre, que possui condições de solo e relevo que possibilitam o plantio em escala, necessário para a obtenção de lucros. Além do que, todas as fases, desde plantio a colheita são mecanizados, empregando pouquíssimos funcionários para a lida de grandes extensões de terra”, revela o PT enfatizando que o atual governo esquece ainda de afirmar que os possíveis dividendos resultantes da arrecadação de impostos da atividade, que poderiam justificar a sua implementação, mesmo sem a geração de emprego e renda alardeada, não existem. Por ser uma commoditie, a soja é isenta de ICMS, principal imposto na composição da arrecadação no estado e municípios.


“O tempo de alegar a já esperada e pouco crível “herança maldita” está esgotando. Nossos 20 anos à frente do Governo do Estado serão lembrados pelo povo acreano não apenas por erros e omissões certamente praticados, mas, temos certeza, principalmente pelos acertos e realizações – que nos enchem de orgulho. A história produz a sua justiça. O povo, após vinte anos de renovada confiança, soberanamente optou pela alternância. Reafirmamos nossa posição ao longo da campanha eleitoral: a oposição (hoje situação) carecia de um projeto de Acre, de capacidade política e, principalmente, de competência gerencial para cuidar do Estado num momento tão delicado de nossa história, quando se conjugam crise fiscal, crise de segurança e crise social. Nosso papel, neste momento, na condição de oposição ao novo governo, é mostrar à sociedade acreana os erros de condução política e as falhas administrativas que possam estar comprometendo nosso desenvolvimento e nosso futuro”, enfatiza o posicionamento.


O PT ainda convoca para os próximos dias 30 e 31 de março o “Encontro Estadual do PT/Acre”, a ser realizado em Rio Branco com a presença de todos os parlamentares, líderes sindicais, dirigentes municipais e a militância.


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