Em tempos de pressão para que as promessas feitas durante a campanha eleitoral sejam cumpridas, há um político acreano que tem cumprindo à risca a promessa de fazer um mandato independente em relação ao governo estadual.
Desde o início da atual legislatura pode se dizer que Duarte tem sido uma das vozes mais críticas em assuntos polêmicos da atual gestão Gladson Cameli.
Na sessão desta terça-feira, 19, não foi diferente. O parlamentar que é do MDB, partido da base aliada de Cameli, foi o mais aplaudido pelos aprovados no concurso da Polícia Civil e Militar que lotaram a galeria da casa. Duarte afirmou que a convocação dos aprovados foi uma promessa de campanha do atual governador acreano. “A palavra do governador foi dada e tem que ser cumprida”.
O deputado é uma das testemunhas de um Termo de Compromisso com os candidatos aprovados assinado por Gladson Cameli em setembro do ano passado, durante a campanha eleitoral que priorizava a contratação.
Outro assunto espinhoso que tem sido motivo de polêmica é a alteração no decreto nº 7.854 que supostamente limitaria a participação de empresas do Acre em processos licitatórios do governo estadual. Duarte foi enfático ao afirmar que conversou com empresários acreanos que se mostram contrários ao decreto. “Todos que conversei são contra esse decreto. O que quero é que governo venha para debate e mostre que essa decisão não é prejudicial ao empresariado acreano, que vai ter sempre a minha defesa. Se me convencerem, terão o meu apoio, mas até agora não conseguiram me convencer”.
O posicionamento foi rebatido pelo deputado Gerlen Diniz que ocupou a tribuna e criticou Duarte. “O nobre deputado Roberto Duarte afirma que o decreto prejudica o empresariado acreano, mas não diz onde e como é esse prejuízo. Desse jeito é muito fácil criticar.
A linha de posicionamento de Roberto Duarte faz com que os mais atentos à política acreana lembrem da atuação da ex-deputada petista Naluh Gouveia, atualmente conselheira do Tribunal de Contas do Estado, que, mesmo sendo do mesmo partido, deu muita dor de cabeça ao então governador Jorge Viana.