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Pronto Socorro da Capital fica sem ortopedista e pacientes podem ficar sem atendimento

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João Renato Jácome

A falta de profissionais no serviço público de saúde apresenta novos sinais de piora neste mês de fevereiro. Não há ortopedistas suficientes para completar a escala de profissionais do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb), o maior Pronto Socorro da cidade, e que é referência no assunto.


Segundo apurou o ac24horas, com exclusividade, desde o início do mês, vários horários têm ficado descobertos de profissionais especializados. O ortopedista é o médico responsável por avaliar e realizar procedimentos, por exemplo, nos pacientes que chegam ao hospital com fraturas causadas por acidentes automobilísticos.


A escala dos profissionais, que foi divulgada pela Gerência de Assistência do Pronto Socorro mostra que no dia 15 de fevereiro, nenhum médico estava disponível para trabalhador, ou seja, o hospital ficou, teoricamente, sem ortopedista durante todo o dia. À noite, havia um médico de plantão, voluntário para ajudar nos atendimentos.


A situação é tão grave, que falta médicos em 23 dos 28 dias, ou seja, a escala só está completa em cinco dias do mês. Caso um dos médicos de plantões esteja no centro cirúrgico, o paciente que chegar ao Pronto Socorro não terá p atendimento e avaliação devidos. Situação que preocupa enfermeiros e técnicos do local.


“A gente recebe o paciente, mas se não tiver médico, como que vamos trabalhar. Não podemos receitar, nem avaliar paciente de trauma assim. O clínico pode até observar e fazer um paliativo, mas quem sabe mesmo é o ortopedista, porque foi para isso que ele estudou. Agora que eu quero ver o CRM, MP ou os deputados. Cadê?”, conta um enfermeiro do hospital.


A situação foi confirmada pela Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), mas segundo a pasta, quando há falta de médico, a Direção do Huerb está oferecendo plantões extras, tudo para evitar que o atendimento fique descoberto. Mas um dos médicos, que pediu sigilo com o nome, alertou: “no dia 15 não tinha ninguém lá para atender”.


“Eu já conversei com os superiores, mas dizem que nada podem fazer, que vão dar extra. A questão não é essa, porque tem profissionais no mercado, inclusive que querem trabalhar, mas não abre sequer um chamamento, e isso desde o ano passado que tem problema, e agora só piorou. Antes era o ambulatório que não permitia, e agora? É o que?”, questiona.


Além de oferecer extras para os médicos, a Direção do Hospital de Urgência e Emergência garantiu, por meio da Sesacre, que informou a situação ao Ministério Público do Acre (MP/AC). Não há, ainda, data para a contratação de novos profissionais. A Sesacre anunciou uma seleção para março, mas sem data definida. Enquanto isso, as escalas seguirão com chances de furo.



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João Renato Jácome

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