O deputado Roberto Duarte (MDB) apresenta hoje da tribuna da Assembléia Legislativa, três propostas ao governador Gladson Cameli sobre os concursados aprovados da PM e Polícia Civil, e os que estão no quadro de excedentes. Que são os que ficaram além da cota estipulada para contratação no Edital. Sobre a PM, Duarte defende a contratação imediata dos aprovados, porque o concurso para estas vagas caminha para expirar. Para os aprovados da Polícia Civil, a proposta é que o governador apresente um cronograma das contratações a partir de julho, com a publicação do documento no Diário Oficial. Roberto Duarte também quer que o governador assine um termo de compromisso com um cronograma para a contratação dos excedentes. O argumento usado pelo deputado é que as contratações iriam ajudar a colocar mais policiais nas ruas no combate à violência que tomou conta do Estado.
ACAMPADOS E DESCONTENTES
Desde ontem, os aprovados nos concursos da PM e Polícia Civil estão acampados na ALEAC, na busca de uma solução. Reclamam de que o Gladson Cameli se recusou na última reunião com a comissão dos concursados, a assinar um termo com o cronograma das contratações.
EXCEDENTES NA LUTA
Os excedentes dos concursos da PM e Polícia Civil também estão no movimento de pressão contra o governo, para serem incluídos num cronograma de contratações. Ao todo são 472 na relação. São 429 agentes, 36 escrivães, 7 auxiliares de necropsia. O movimento está coeso.
ALGUNS INGREDIENTES
Há alguns ingredientes neste movimento dos concursados da PM e Polícia Civil. Durante a campanha, o governador Gladson Cameli se comprometeu que as contratações seriam prioridade. É isso que está causando todo este caldo que alimenta o movimento de protesto.
BOLA COM A EQUIPE ECONÔMICA
Esta bola de espinhos vai cair no colo da equipe econômica do governo. O Estado está ou não no limite prudencial de gastos com servidores? Há recursos que garantam as contratações e os pagamentos em dias dos que venham a ser contratados? São pontos dentro deste debate.
TEM QUE TER CUIDADO
O problema é que durante campanha política os candidatos majoritários – e não escapa nenhum deste balaio – fazem promessas sem saber a real situação financeira do estado. As categorias que receberam as promessas gravam e partem para a cobrança do vencedor.
OUTRO POLO DE CRISE
Outro pólo de crise tão complicada como a questão dos aprovados da PM e Polícia Civil, é o dos funcionários do Pró-Saúde, na bica para degolas. Tirar este pessoal do sistema de saúde, que capenga por falta de pessoal, seria agravar ainda mais a crise. A solução é difícil.
DEVAGAR, QUASE PARANDO
O que se tem notado no governo Gladson Cameli é que vai absorvendo calotes do governo passado, como a não contratação dos aprovados para PM e Polícia Civil, o problema do Pró-Saúde, e não acentua na mídia que o dono do porco-espinho é o ex-governador Tião Viana.
FICA COMO RESPONSÁVEL
E quando você não diz que um problema foi gerado no governo que o antecedeu, que apenas recebeu como herança, a marca que fica é para o atual governo, como se o autor fosse ele
CONVERSA DE BÊBADO PARA DELEGADO
Esta famosa “lista” dos que estariam ganhando pelo Pró-Saúde sem trabalhar, outros com desvio de função, eu escuto falar desde o começo da gestão. Mas é igual orelha de freira. Se de fato existe a lista da mamata, era para ter sido escancarada na mídia no início do governo.
NÃO PASSA PELA ASSECOM
A ASSECOM não tem um pingo de culpa nas omissões de denunciar que os graves problemas que o governo atual vive é um presente de grego do governo passado. Se o Gabinete Civil, o secretário que recebeu o cavalo de tróia, não passa para a ASSECOM, como esta rebater?
MUITO DISPERSO
O problema é que os movimentos neste governo estão muito dispersos. Não há centralização.
ESPERAR PARA COBRAR
Dotadas de boas intenções, as propostas apresentadas pelo diretor da FUNDHACRE, Lúcio Brasil. Pelo menos mostram boa vontade de acertar com suas colocações de zerar a fila de cirurgias, aumentar os leitos da UTI e a humanização no atendimento. Esperar para cobrar.
CONFIANDO COM RESSALVA
Em relação ao diretor da FUNDHACRE, Lúcio Brasil, há de se dar um crédito de confiança, porque mal chegou ao cargo. Mas fico com um pé atrás. Este mesmo tipo de promessas eu vi de gestores petistas e ficou no papo. Por isso, confio, mas com uma boa margem de ressalva.
VELHO DITADO
E tem o velho, mas sempre aplicável ditado: “o inferno está cheio dos bem intencionados”.
DEFINITIVAMENTE NA BASE
O deputado federal Jesus Sérgio (PDT), depois das nomeações de familiares para cargos no governo, não há outra interpretação de que estará na base de apoio ao governo Cameli.
O CALOTE É VERDADEIRO
A Central de Transplantes foi sim um dos raros segmentos na gestão passada que deu certo. Mas é verdade também que deixaram o governo e não pagaram o médico Tércio Genzini, respeitado nacionalmente, e que montou toda a estrutura de funcionamento e comandava os transplantes. Ele ficou os últimos meses sem receber. E pararam os transplantes. O secretário de Saúde, Alysson Bestene, fala a verdade ao dizer que recebeu o setor já sem funcionar.
TERÁ QUE SER REATIVADO
A reativação da Central de Transplantes tem de ser prioritária. É uma política nacional de saúde e pacientes com hepatites em grau elevado, só podem se salvar pelos transplantes. E a permanência do médico Tércio Genzini à frente da unidade é essencial para o sucesso.
ELEIÇÃO ACABOU
Vejo como um ato de cordialidade do governador Gladson Cameli ceder o engenheiro Marcus Alexandre, a quem derrotou na última eleição para o governo, ao Tribunal de Justiça do Acre. A eleição acabou. Mantê-lo no atual governo por birra seria um revanchismo barato.
ATENÇÃO, SENHORES PAIS!
Foi anunciado que a ministra dos Direitos Humanos do governo Bolsonaro, Damares Alves, virá ao Acre participar da “Marcha para Jesus”, uma espécie de passeata evangélica. Senhores pais, vistam as suas meninas de rosa e os meninos de azul, como preconiza esta figura polêmica.
CONVERSA COM JESUS
A ministra Damares é aquela que disse ter conversado com Jesus trepada numa goiabeira.
LIBERDADE DE EXPRESSÃO
Quando vejo figuras públicas no poder ou que já deixaram o poder se enchendo de dedos com uma crítica, rememoro a famosa decisão do Juiz dos EUA, Stanley Mosk, sobre liberdade de expressão: “aquele que se torna uma celebridade ou figura pública renuncia ao direito de privacidade e não o recupera ao mudar a sua profissão”. Imprensa livre, sempre!
BONS DEBATES
Devem gerar bons debates hoje na Assembléia Legislativa as questões dos concursados da PM e Polícia Civil e dos servidores do Pró-Saúde. São temas que a base governista terá de encarar.
MUITO MAIS IMPORTANTE
Muito mais importante que o debate na base do toma que o filho é teu, é se buscar uma solução prática para resolver os problemas do Pró-Saúde e dos concursados da Segurança.
É UM GOZADOR
O deputado Luiz Tchê (PDT) é um dos políticos mais sagazes que conheço, aqui na terrinha. Mas, também, é um tremendo gozador. Diz que, se depender dele o PDT irá para a base do governo Gladson Cameli. Como se não fosse ele, quem desse as cartas dentro do partido!
CALMA, AFOBADOS!
Chega uma postagem com a pergunta se eu sabia que o vereador Raimundo Neném (PHS), não apresentou um Projeto de Lei. Calma, afobados, ele ainda e Neném, quando crescer apresenta.
NADA O MUDA
Mesmo no segundo cargo mais importante do Senado, o senador Sérgio Petecão (PSD), mantém a sua rotina de nunca deixar de atender a um telefonema. Não é por acaso ser popular. Nunca se chega em sua casa na hora do almoço, que não tenha mais de dez na mesa se servindo.Conheço o Petecão mais de 30 anos, sempre foi esse eterno bonachão.
COMPLETAMENTE A FAVOR
Somo com o senador Márcio Bittar (PSDB) neste seu projeto de reduzir a maioridade penal para 16 anos. O adolescente de hoje não tem o mesmo perfil do da década de quarenta. Com 16 anos, neste mundo globalizado, o menor sabe perfeitamente que apertar o gatilho é crime, mas sabe também que, com as penalidades do Estatuto do Menor, com pouco tempo está na rua.
CONTO DO VIGÁRIO
Quando no governo Binho os atuais servidores do Pró-Saúde fizeram concurso e foram aprovados, parecia que, enfim, os seus futuros profissionais estavam garantidos. Foi o início do inferno. O MTB declarou o órgão ilegal para o tipo de contratação. E no governo passado começaram a ser demitidos, e a degola pode se completar em março, no atual governo. Não sabiam que estavam caindo no conto do vigário. A culpa deles é zero. Fizeram um concurso de boa fé. Não sei que meio jurídico o governo vai achar para manter nos cargos os que ainda não foram demitidos. Só sei dizer uma coisa: se a saúde ainda tem problemas com esses profissionais, sem eles o sistema de saúde do Estado será internado na UTI. Atentem para isso.