O secretário de Estado de Saúde, Alysson Bestene, anunciou nesta segunda-feira, 18, que vai disponibilizar um levantamento dos cargos dentro do Pró-Saúde, mostrando quem recebia, mas não trabalhava ou que estava ali somente por acomodação política, por não ser profissional de Saúde.
Na tarde desta segunda-feira, às 14 horas, acontece uma reunião, na Casa Civil do Governador, com os sindicatos, com a Secretaria de Fazenda, a de Gestão Administrativa, a Procuradoria Geral da República e os servidores do Pró-Saúde.
Na ocasião, a Secretaria de Saúde vai disponibilizar os dados que revelam uma série de ingerências do governo anterior, incluindo as acomodações de pessoas em cargos políticos que nada tinham a ver com a Saúde. Essa situação contribuiu para o inchaço financeiro e a consequente inviabilidade de programas como o Pró-Saúde, por exemplo.
“Havia pessoas empregadas que não eram para atender a pasta. Um número de cargos comissionados dentro do Pró-Saúde, colocados pelo governo anterior, que não prestava serviços em saúde. E existe uma ação civil pública que exige que essas pessoas sejam demitidas”, ressalta Bestene.
Nesta manhã, em entrevista ao programa Balanço Geral, da TV Gazeta, o secretário reafirmou a realização de concurso público simplificado para 340 profissionais, entre médicos, biomédicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e técnicos em Saúde. O certame, válido por um ano, faz parte do pacote de medidas contidas no decreto que instituiu calamidade financeira na pasta, assinado pelo governador Gladson Cameli, na semana passada.
“Nós já consultamos a Procuradoria Geral do Estado para que procedesse a viabilidade do concurso e ela deu positivo para que Secretaria de Gestão Administrativa lance o edital”, disse Alysson Bestene.
“Então, o Ministério Público do Trabalho e os sindicatos estão cientes dessa situação e vamos ter todo o cuidado [no concurso simplificado] para que entrem as pessoas que realmente estão de acordo com as funções que se exigem delas”, completa o secretário.