Por Luiz Calixto
É bom de vez em quando contar com alguém que seja capaz de avivar a memória desbotada de alguns. Se poucos são aqueles capazes de lembrar o que comeram no almoço da semana anterior, imagine a multidão que já esqueceu dos fatos políticos ocorridos no Acre nos últimos 20 anos.
A oposição que poucos fizeram ao PT, entre os quais me incluo, era fundamentada no tripé corrupção, perseguição e censura à imprensa, através da qual o petismo impunha a ditadura do pensamento único no Estado.
A perseguição e a censura eram tão evidentes e amedrontavam de tal maneira que o então governador Jorge Viana passou a ser chamado de “reizinho”. Pensar diferente dele e do seu grupo era uma afronta capital.
O PT estabeleceu no Acre um apartheid entre bons e ruins. O patrulhamento era tão intenso e invasivo que um assessor do governador chegou a questionar um empresário sobre qual assunto conversava comigo enquanto assistíamos a uma partida de futebol no Estádio José de Melo.
Só tinha direito a uma fatia do bolo da mídia aqueles jornais cujas “críticas” fossem, digamos, sempre a favor. Antes de irem às bancas, reportagens, editoriais e chamadas de primeira página dos jornais eram submetidos ao crivo da Secretaria de Comunicação.
Não é possível que os leitores deste site não lembrem do bordão: “ Tá tudo dominado”.
No início do ciclo petista, a internet estava apenas surgindo no Acre e não existia as redes sociais. Foram poucos os que ousaram romper o circuito da velha mídia acreana criando sites e blogs.
Faço esse triste resgate pelo receio de que o novo governo siga o mesmo caminho.
Já escrevi alguns artigos com críticas às decisões do governo e uma turba de bajuladores caiu de pau em cima de mim, sendo que a maioria sequer perdeu a catinga petista. O argumento deles é que estou mendigando um cargo no governo.
Ignorantes e ansiosos para que seus comentários agressivos sejam visualizados pelo governador Gladson Cameli, o cordão de puxa-sacos não se preocupa em saber que a minha situação funcional me permite o privilégio da renúncia de cargos na máquina pública.
Minha intenção é outra. Cargo já tenho há 36 anos e 6 meses. E posso assegurar que é um dos melhores e mais privilegiados do serviço público estadual.
Eu quero que este governo dê certo. O povo acreano precisa que este governo dê certo. Ganhar a eleição foi apenas o primeiro passo. O segundo é fazer melhor e diferente. O Acre não pode ficar no “rabagésimo” lugar do desenvolvimento.
Se repetirmos os mesmos erros dos governos anteriores, em pouco tempo a população dirá que todos são bananas do mesmo cacho e a mudança prometida era conversa pra boi ouvir.
O governo não pode patrulhar o pensamento de quem o ajudou sob risco da tarefa da crítica ficar a cargo daqueles que destruíram o Acre.
Se denunciamos os erros e malfeitos do PT, é obrigação nossa não agir da mesma forma. Quem assim o fizer deverá sofrer o nosso repúdio.
*Luiz Calixto é Auditor da Receita Estadual e ex-deputado estadual.
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