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Roberto quebra marasmo e vai votar nulo

Nem tudo serão flores na votação desta manhã para a escolha da composição da mesa diretora da ALEAC para esta legislatura. O deputado Roberto Duarte (MDB), o mais votado na capital na última eleição, vai quebrar a rotina e votar contra a chapa formada dentro de um acordo partidário, que redundou nas escolhas do deputado Nicolau Junior (PROGRESSISTAS) para a presidência e do deputado Luiz Gonzaga (PSDB) de primeiro secretário, votando nulo. E dá uma justificativa ideológica para o seu ato: “não voto em composição que tenha integrantes representantes do PCdoB e PT, cuja aliança da FPA, eu combati durante toda a campanha”. Em princípio, pensou em disputar numa candidatura avulsa á primeira secretaria, mas decidiu por marcar a sua posição votando nulo. A sua decisão foi também uma represália ao fato de ter tido a sua presença na mesa diretora “proibida” pelos deputados do PT e do PCdoB, mesmo a coligação que elegeu Gladson Cameli ao governo tendo sido majoritária. Duarte foi um dos vereadores mais combativos da capital e deverá ter uma postura livre na ALEAC. Não está nos seus planos aceitar como mimo a presidência da Comissão de Constituição e Justiça, onde poderia se queimar politicamente, porque só teria o seu voto.


PRIMEIRO GRANDE TESTE


O primeiro grande teste do governador Gladson Cameli será agora com o MP, que demitiu ontem todos os seus cargos de confiança, sob a alegação de falta de recursos orçamentários. A coluna tem a informação de que o governo não passará nenhum recurso extra para o MP.


UMA ESCOLHA ECONÔMICA


O governo Gladson Cameli terá de fazer uma escolha econômica: manter a sua rigidez fiscal e só passar aos demais poderes o duodécimo institucional. Ou abrir a caixa do cofre e atender aos pedidos do Legislativo, Judiciário e MP para tocar as suas máquinas funcionais sem reduções, e quebrar seu planejamento financeiro. Seja qual for sua decisão, melhor tomar no início do governo.


FOGO AMIGO


Numa conversa ontem numa roda de amigos influentes na economia do Estado, eu ouvi a seguinte observação: “o Conselheiro do TCE, Antonio Malheiros, o Posto Ipiranga do governo Gladson Cameli, não tem de ficar preocupado com os ataques de fora, mas pelo fogo amigo, que vem pelas costas”. E do qual, quem se encontra no poder jamais consegue escapar.


DECISÃO ACERTADA


O deputado Roberto Duarte (MDB) tomou uma decisão certa ao não aceitar discutir vir a ser o líder do governo na ALEAC. É que em qualquer governo, não existe algo mais desgastante do que ocupar a função de liderança do governador. Nada é mais difícil que a defesa de um governo.


GHERLEN NO FOGO


Quem irá para o fogo de ser o líder do governo é o deputado Gherlen Diniz (PROGRESSISTAS)


FALTOU DIÁLOGO


Vejo alguns criticando a postura de rompimento político do prefeito de Sena Madureira, Mazinho Serafim, com o governo. O que aconteceu no episódio foi uma falta de habilidade na condução da ocupação de cargos do Estado no município, por parte do governo. O Mazinho não é o vilão da história. Reagiu a uma humilhação. E não podia ser diferente.


NECESSÁRIO E URGENTE


Como é que o prefeito Mazinho Serafim ia aceitar passivo ver os cargos estaduais em Sena Madureira sendo ocupados pelos inimigos políticos? O que embute todo este episódio é que urge cada vez mais que o governo venha a ter um articulador político que seja isento.


ISSO PODE, ARNALDO?


O ex-prefeito Vagner Sales é um craque em ganhar eleições do PT. Foi uma surra atrás da outra. Mas não é o nome ideal para ser o articulador político do governo, por alguns motivos: não se relaciona com o prefeito de Cruzeiro do Sul, Ilderlei Cordeiro, não se relaciona com o prefeito de Marechal Taumaturgo, Piyãnko, e terá candidato a prefeito de CZS, em 2020.


TUDO, MENOS ARTICULADOR


O ex-prefeito Vagner Sales poderia ser tudo neste governo, menos ocupar o cargo de articulador político, porque tem uma série de adversários declarados na própria aliança que elegeu o Gladson Cameli. Mas as cabeças iluminadas do governo não atentaram para isso.


JUIZADO ESPECIAL


O ex-governador Tião Viana foi visto ontem saindo do Juizado Especial, onde foi para uma audiência com um litigante que o andou denunciando. O governo terminou, mas o Tião não calçou ainda as sandálias da humildade. Seria a hora se recolher e sair de cena. Mas, insiste na ribalta.


NÃO VALE MAIS A PENA


Atacar a figura do ex-governador Tião Viana a cada dia que passa perde o sentido, porque virou mais um rosto na multidão, virou um ex-político. E ex-político é como boi sem chocalho, não puxa manada. E mesmo porque as cobranças serão agora para o novo governo. E dele que se terá que cobrar.


NÃO TEM DE TER MILINDRES


Com a abertura do ano legislativo abre-se também para o governador Gladson Cameli e o seu secretariado a realidade de que não são mais a baladeira da oposição, mas a vidraça da situação. Não adianta se melindrar com as críticas, cobranças, porque serão naturais.


FRASE IDIOTA


Uma das frases mais idiotas da política é dizer que vai apoiar o governo quando estiver certo e seus projetos, quando beneficiarem a população. Apoiar o governo no que estiver errado nunca foi a lógica da política. Que coisa mais doida! Mas, volta e meia se escuta a besteira.


TAMBÉM VOTARÁ NULO


Não só o deputado Roberto Duarte (MDB), mas também a deputada Meire Serafim (MDB) votará nulo para a composição da mesa diretora da ALEAC. Tem um pacto fechado com o colega, neste sentido. Devem atuar afinados na legislatura.


CONTINUO SURPRESO


Confesso que continuo surpreso. Como é que se joga ao escanteio justamente o Roberto Duarte (MDB), o deputado mais votado da capital, e a deputada Meire Serafim (MDB), a mais votada do Acre. É uma equação que não consigo entender por mais que procure uma razão.


DEPOIS DE LONGA TEMPORADA


Na composição da bancada do Acre no Senado, depois de muitos anos, teremos uma mulher na sua composição, Mailza Gomes (PROGRESSISTAS), que se juntará aos senadores Márcio Bittar (MDB) e Sérgio Petecão (PSD). Fechados com o Gladson e o presidente Bolsonaro.


NÃO É PARA A ETERNIDADE


Não há nenhuma perseguição política ao PT, na saída do militante Gabriel Forneck do comando do RBtrans. Não está deixando o cargo por incompetência ou algum deslize. É que cumpre a máxima de que funções comissionadas na gestão pública têm prazo de validade


NADA MAIS NATURAL


E nada é mais natural que a prefeita Socorro Neri queira dar à sua gestão o seu perfil, afinal, tem que trabalhar com a equipe de secretários que melhor avaliar. O restante é picuinha.


CONSENSO NA CÚPULA


É consenso na cúpula do governo o convite ao ex-deputado Ney Amorim, para que passe a comandar as relações políticas entre os deputados estaduais e federais com a nova administração. Amorim tem a seu favor não ter desafetos políticos entre os governistas e navegar bem entre a oposição.


CLIMA DE INSTABILIDADE


As reações do ex-governador Tião Viana, do ex-secretário Nepomuceno Carioca e do deputado Daniel Zen (PT) às declarações à coluna do ex-senador Jorge Viana (PT) serviu para mostrar o tamanho do campo belicoso em que se transformou o PT depois da fragorosa derrota.


NÃO MENTIU


O ex-senador Jorge Viana não mentiu quando declarou que todas as vezes que procurou ajudar o governo do irmão Tião Viana foi rechaçado com ataques na mídia de seus secretários. E pelo sucesso popular do governo do JV, as suas sugestões, por certo teriam corrigido o rumo para melhor na administração do irmão. Que acabou da maneira triste como todos viram.


VAMOS SER JUSTOS


Que o governo Tião Viana terminou da forma mais melancólica e desastrada é verdade. Mas também é verdade que não existe na justiça contra o ex-governador nenhuma ação por improbidade administrativa ou outro desvio de conduta. Temos que reconhecer o mérito.


EQUIPE ECONÔMICA


A equipe econômica está fazendo o que é preciso para dar uma solidez fiscal ao Estado. Sem essa solidez o governo não poderá tocar as obras que prometeu durante a campanha.


SOB A ÉGIDE DA MAIORIA


O governador Gladson Cameli inicia hoje o seu ano político sob a égide da maioria parlamentar. Treze deputados da sua coligação foram eleitos para a ALEAC, mas rapidamente poderá chegar a uma composição de dezessete votos. Dos oito deputados federais, seis estarão formando o seu grupo de apoio. Terá os três senadores. Não me lembro de nenhum governante que começou a sua gestão no Acre em uma composição política tão cômoda. Tem tudo para decolar na prática. A base parlamentar forte lhe dá as condições de fazer as reformas necessárias e dar uma nova guinada econômica para o Acre. Não se pode dizer se fará um bom governo ou um governo desastrado. É cedo para a avaliação. Mas, uma coisa é certa: terá que se esforçar dobrado para fazer uma administração pior que a do antecessor.


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