Ela preparou uma panelada e contou a sua história. Seu sonho era andar de bicicleta, mas o pai não considerava adequado para mulheres numa época em que, de fato, mulher não andava de bicicleta, enquanto o mundo dava suas voltas em espaçonaves. Ela morava em uma colocação em Xapuri onde desde os oito anos trabalhou cortando seringa, quebrando castanha e colhendo arroz. Se casou teve dois filhos, se aposentou e agora vende detergentes caseiros. “Se os presos fabricassem detergentes o estado não precisaria comprar e se pagavam em suas despesas”, argumenta ela.