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LUIZ CALIXTO: A lua de mel de Gladson com a população continua

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A lua de mel de Gladson Cameli com a população acreana certamente será um pouco mais prologada que os tradicionais 100 dias de gestão, isso em função da forte rejeição e da quase irrecuperável antipatia construída pelo PT nessas duas décadas de reinado.


Não é raro se ouvir nas ruas que “pior do que o PT não será”.

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De início, a paixão pelo novo governador já lhe serviu para o  povo não enxergar atitudes impensáveis para quem se elegeu prometendo não repetir os vícios da velhacaria política: o loteamento de cargos de sua administração entre partidos e parlamentares e a nomeação de gente que seria reprovada em qualquer teste para aferição de reputação. Em duas semanas alguns de seus decretos de nomeações jogaram na lata do lixo sua retórica de “critério técnico”. Em quase todos os setores da administração os escolhidos do governador estão recorrendo aos préstimos de gente do governo anterior, numa demonstração tácita que estão mais perdidos que cachorro que caiu do caminhão da mudança. Essa decisão, além de criar uma indisposição com seus aliados, demonstrou que o governador ou carece pessoal qualificado para tocar o barco ou não confia no taco dele.


Todavia, parte dos problemas políticos do governador são criados por sua enorme vontade de agradar a todos, e ao mesmo tempo, e pela sua incapacidade de dizer “não”, de negar, peremptoriamente, aquilo cujas condições não lhe permitem fazer. No dicionário dele esse vocábulo ruim de ouvir e de falar foi deletado. Alguém de seu círculo de confiança, sem o medo de ser descartado, deveria ter coragem de dizer-lhe que o “não” também é uma resposta.


O descumprimento do combinado sai mais caro e desgasta a credibilidade.


No começo “tudo são flores”, mas em algum momento o gosto amargo fel dos problemas poderá azedar a essa relação, caso o povo não sinta as melhoras prometidas. Quem acreditou na mudança, mais dia menos dia, vai cobrar.


As anotações dos compromissos com o povo não foram feitas a lápis e o elástico do discurso anti-petista não é infinito.


* Luiz Calixto escreve às quartas. 


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