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Um novo desafio na minha vida profissional de jornalista

Por
Nelson Liano Jr.

Nunca trabalhei numa gestão pública. Sempre preferi o outro lado da história. Aquele que analisa e, muitas vezes, crítica ou elogia a condução dos gestores. Trabalhei em praticamente todas as mais diversas vertentes de comunicação social. Em jornais, sites, revistas, agencias de publicidades, rádio e televisão. Mas na virada do ano surgiu a oportunidade de participar de uma administração pública.


O prefeito Ilderlei Cordeiro (Progressistas) convidou-me para assumir a pasta de Comunicação Social da sua gestão. Um desafio enorme para a minha carreira de jornalista. Mas esse convite tem alguns atrativos que acabaram por influenciar na minha decisão. Primeiro a minha proximidade com a população de Cruzeiro do Sul e do Juruá onde trabalhei por anos fazendo rádio e televisão. A possibilidade de retribuir às pessoas um pouco do conhecimento que adquiri nesses anos de profissão. A comunicação é uma área transversal da gestão que pode influenciar as decisões em praticamente todas as outras pastas. Consequentemente se o trabalho for bem realizado pode se tornar um instrumento de transformação social do município. Então por que não tentar ajudar num momento de tantas incertezas na vida pública brasileira?


Ainda mais que me foi apresentado um novo plano de gestão para a prefeitura de Cruzeiro de Sul que terá como um dos seus focos principais a educação ambiental. Além de ações relevantes para a preservação natural de um dos municípios mais ricos em biodiversidade do Planeta. Sempre levando-se em conta a qualidade de vida dos moradores. Sem contar que a chefe do Gabinete Civil Ildelcleide Cordeiro apresentou-me um projeto de descentralização das ações de cada secretaria municipal como jamais havia acontecido anteriormente na prefeitura de Cruzeiro do Sul. Tudo isso me cativou e resolvi aceitar o desafio.


Por isso, estou dando um “até logo” aos leitores do ac24horas nessa coluna que publiquei durante cinco anos. Quero ressaltar a minha infinita gratidão ao jornalista Roberto Vaz que me acolheu num momento em que eu estava praticamente desacreditado em continuar a fazer “jornalismo de verdade” no Acre. Nesse período escrevendo no ac24horas tive total liberdade de emitir as minhas opiniões sem nenhum tipo de censura. Pude assim, acredito eu, dar a minha contribuição à reflexão dos leitores. Sem querer ser o “dono da verdade”, mas sempre atento aos fatos que poderiam prejudicar ou ajudar a vida dos moradores do Estado.


Vou encarar esse novo desafio de fazer comunicação social e, não apenas uma assessoria de imprensa, no segundo maior município do Acre. Espero conseguir informar a população das ações que possam interferir nas suas vidas nesses dois anos que restam de mandato da atual gestão. Sempre preparado para receber as críticas relevantes quando necessárias, corrigir e acertar o passo. Vou procurar fazer o meu melhor convicto de que a política e as gestões públicas podem e devem ser instrumentos de transformações sociais relevantes para as sociedades de Cruzeiro do Sul, do Acre e do Brasil.


Assumo essa missão num momento de grandes mudanças na política do Estado e do País. Assim como um beija-flor que ao ver a floresta pegando fogo voava muitas vezes até um igarapé próximo e com seu diminuto bico trazia água para jogar nas chamas. Então foi perguntado: “Você acredita beija-flor que com esse pouquinho de água irá apagar o incêndio?”


O beija-flor respondeu: “Estou fazendo a minha parte. E se todos ajudarem quem sabe apagaremos juntos esse incêndio que está destruindo a floresta que é o nosso lar”.


Sem pretensões de ser o “salvador da pátria” pretendo dar a minha contribuição. Fazendo parte de uma equipe de gestores a fazer uma reforma nos rumos da administração do município de Cruzeiro do Sul.


Para encerrar, mais uma vez deixo registrada a minha gratidão a toda equipe do ac24horas com quem convivi nesses anos. E, sobretudo, ao meu amigo Roberto Vaz com quem aprendi muito sobre a profissão de comunicador social num Estado Amazônico com potencialidades latentes para ser protagonista de uma nova história. Agora, quero agradecer de maneira ainda mais especial aos leitores que me incentivaram a escrever essa coluna.


Digo “até logo” com o coração transbordante de gratidão pela vida e a oportunidade de viver e poder contar um pouco da história do Acre.


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Nelson Liano Jr.

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