A votação para a escolha do presidente da Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac) apesar de aparentemente tranquila trava uma guerra jurídica silenciosa entre advogados ligados ao atual presidente, José Adriano, e o concorrente a cadeira, João Francisco Salomão.
Enquanto os dois candidatos mantém distância um do outro, apenas se reservando a troca de olhares, os advogados ligados aos dirigentes dos sindicatos que foram afetados por um uma decisão monocrática do desembargador do Tribunal Regional do Trabalho, Francisco José Pinheiro Cruz, que derrubou as três decisões da 4ª Vara do Trabalho de Rio Branco, que determinava que os delegados do Sindicatos das Indústrias de Olaria (Sindoac), Gráficas (Sindigraf) e Confecções (Sincon) teriam poder de voto nas eleições, tentam a todo custo, através de recursos, reverter a decisão.
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Os advogados pleiteiam junto ao Pleno do TRT, por meio de um Agravo Regimental, que os presidentes dessas entidades percam novamente o poder de voto, o que poderia causar uma reversão no resultado, tirando a vantagem de Adriano por 6 a 4 e repassando três votos para Salomão, que ficaria com 7 a 3.
Apesar da articulação, segundo a assessoria do TRT, nenhuma petição foi protocolada até às 11h30. As urnas devem ser fechadas às 14h e com isso o resultado deverá ser anunciado, caso não haja uma reviravolta, com vitória de Adriano, que já tem seis votos computados. Os sindicatos que apoiam Salomão ainda não registraram votos.
Ao ac24horas, João Francisco Salomão entende que a eleição não deve terminar hoje. “Existe a possibilidade que essa eleição seja anulada. Estamos esperando uma decisão do pleno”, disse.