A executiva estadual do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) emitiu nota no fim da manhã desta sexta-feira, 11, afirmando que as declarações do prefeito de Sena Madureira, Mazinho Serafim (MDB), de que os emedebistas fariam oposição ao governo Gladson Cameli (Progressistas) na Assembleia Legislativa, não refletem a posição oficial do partido.
A nota afirma que a legenda mantém seu “apoio incondicional” a Gladson Cameli, “cujo governo ajudou a construir e onde tem efetiva participação”. “As declarações tornadas públicas pelo prefeito Mazinho Serafim não têm o aval do partido e, portanto, refletem apenas seus posicionamentos individuais”, completa.
O rompimento do prefeito de Sena Madureira – o terceiro maior município do Acre – deu-se após o Palácio Rio Branco se negar a conceder a ele a indicação de cargos da administração estadual na cidade.
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A partir de então, Mazinho passou a declarar que faria oposição ao governador, com a mesma postura sendo adotada por sua mulher, a deputada estadual eleita Meire Serafim (MDB), na Assembleia Legislativa.
Procurado por ac24horas, o prefeito afirmou que a nota do partido foi apenas para assegurar os “empreguinhos” dos emedebistas já acomodados no governo. De acordo com ele, a divisão de cargos para o MDB não reflete o tamanho e o peso político da legenda.
“Nós temos um senador eleito, dois deputados federais, três estaduais e a única coisa que deram para o partido foi uma tal secretaria de Pequenos Negócios”, disse ele. A secretaria, que passou a se chamar Empreendedorismo e Turismo, é comandada pela ex-deputada estadual Eliane Sinhasique.
Essa semana, Gladson Cameli – a partir de indicações do senador eleito Márcio Bittar – deu à legenda a chefia do Departamento de Pavimentação e Saneamento (Depasa); o MDB agora tem a presidência e a diretoria da autarquia.
Mazinho Serafim chegou a fazer uma comparação com as demais legendas, como o PP do governador e o PSDB do vice Major Rocha, que, de acordo com ele, mesmo sem terem obtido grandes resultados nas urnas, abocanharam os melhores espaços. “O resto que se f*&#’”, disparou.
Questionado se estaria disposto a um “acordo de paz” caso o governo estivesse disposto a acomodar seus aliados, Mazinho Serafim respondeu que a reaproximação não ocorreria “nem se mandassem um caminhão de ouro”.
“Não quero acordo com esse pessoal. Vou cobrar tudo o que prometeram para Sena Madureira”. Segundo ele, entre os itens do pacote de bondade sinalizado pelo governo progressista estaria a construção da ponte entre os dois distritos da cidade, orçada em R$ 25 milhões.
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