Braço direito do deputado federal Flaviano Melo (MDB), Antônio de Pádua Cunha, mais conhecido como Pádua, foi nomeado nesta quarta-feira, 9, pelo governador Gladson Cameli (Progressistas) para ocupar o cargo de Diretor-Executivo da Fundação de Tecnologia do Estado do Acre (Funtac), porém, a ficha funcional do dirigente do MDB no Acre na época em que foi servidor público da Secretaria de Gestão Administrativa tem uma mácula, que inclusive, é alvo de uma ação na justiça.
Ocorre que abril de 2015, o então governador Sebastião Viana (PT) resolveu demitir Pádua do cargo de técnico em contabilidade, do quadro pessoal da SGA, sob alegação de que o servidor faltou mais de 4 anos seguidos ao trabalho. A decisão de Sebastião foi baseada em um Parecer da Procuradoria-Geral do Estado do Acre ratificando relatório da Comissão do Processo Administrativo da SGA. Na época, o então Porta-Voz do governo do Acre, Leonildo Rosas, informou que Pádua teria faltado ao trabalho por 4 anos, três meses e 24 dias. O decreto da demissão de Pádua consta na edição do dia 24 de abril de 2014 do Diário Oficial e na época foi bastante contestado por membro da oposição que alegaram “perseguição do governo”.
Procurado por ac24horas, o novo diretor-executivo da Funtac confirmou a demissão, mas disse que desde aquela época está numa briga jurídica para voltar ao cargo e que até agora o Estado ganhou todas as ações. “Estou recorrendo”, se limitou a dizer, ao informar que foi injustiçado devido, segundo ele, está a disposição da Assembleia Legislativa do Estado do Acre na época. “Tem até documento assinado pelo presidente Elson Santiago na época, mas a justiça não considerou”, disse.
Bem humorado, Pádua chegou a dizer que será chefe do senador Jorge Viana, servidor de carreira do Funtac, que deixará o cargo em Brasília, em fevereiro. Procurado, Jorge Viana negou que voltará a Funtac por já ter tempo de serviço para pedir aposentadoria.