A Educação superior

JORGE VIANA: UM MANDATO A SERVIÇO DO ACRE

Jorge Viana

De todas as questões estratégicas para o nosso estado, uma parece ser consenso, mas na prática nem todos se comprometem: mais investimento na Educação, na Ciência e no ensino superior. As universidades são desprezadas por aquelas forças políticas e econômicas que só se mantêm com a falta de informação e esclarecimento da população.

Nenhum lugar, no mundo, se desenvolveu nem melhorou a vida de sua população sem investir na Educação e no desenvolvimento da Ciência. Quando fui governador, convidei um grande gestor e educador para ser meu secretário de Educação, o acreano Binho Marques, que acabou se tornando meu sucessor no governo. O trabalho que fizemos transformou a educação pública no Acre. Construímos e ampliamos escolas,  valorizamos os professores e, numa parceria com a Universidade Federal do Acre, a nossa UFAC, oferecemos curso de graduação para todos os docentes da rede pública levando núcleos de formação universitária para todos os municípios. Em pouco tempo, saímos das últimas colocações e fomos para as primeiras nas avaliações nacionais do ensino brasileiro.

No Senado, não esqueci das nossas universidades públicas. Por meio de emendas parlamentares, destinei mais de 4,6 milhões para a UFAC e o IFAC (Instituto Federal do Acre). O Instituto fortaleceu seus núcleos no interior do estado e a Universidade comprou equipamentos importantes que garantiram serviços e cursos à população, como o laboratório de manejo florestal do Centro de Ciências Biológicas e da Natureza.

Lutei contra o corte dos recursos da Educação promovido pelo governo de Temer. O Acre sofreu diretamente com isso. Os 15 milhões destinados ao custeio do Ifac em 2016 foram reduzidos para apenas 11 milhões em 2017, um corte que inviabiliza a continuidade da instituição e de seus serviços.

A questão permanece e está colocada de forma dramática nas previsões de menos investimentos em educação superior no próximo governo. Se não houver resistência, os mais prejudicados serão os estados com menos recursos, como é o caso do Acre.

Essa é uma de minhas principais preocupações para o próximo período: o Acre manterá as conquistas que tivemos na Educação ou voltará para o fim da fila?