A supersecretaria criada pelo governo Gladson Cameli (Progressistas) para cuidar da infraestrutura do estado terá como tarefa principal logo nestes primeiros meses reiniciar ao menos 100 obras que não foram concluídas pela gestão Sebastião Viana (PT). É o que aponta levantamento preliminar realizado pela Secretaria de Infraestrutura e Desenvolvimento Urbano (Seidu).
Em algumas delas já foi verificado que nem mesmo será possível avançar de imediato por problemas jurídicos e de execução; já outras terão toda a atenção de imediato.
“Algumas obras inacabadas são emblemáticas, como o Huerb. Até outras que foram teoricamente inauguradas, como Into e o Hospital de Brasileia, precisamos verificar. A nossa missão, passada pelo governador Gladson, é de, ao invés de procurarmos grandes investimentos no primeiro ano, iremos terminar o que está inacabado”, diz Thiago Caetano, titular da Seidu.
A nova pasta é a junção da antiga Secretaria de Obras Públicas dos governos petistas com o Departamento de Estradas e Rodagens do Acre (Deracre) e o Departamento de Pavimentação e Saneamento (Depasa).
Antes de assumir a secretaria, Thiago Caetano era o superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), indicado pelo então senador Gladson Cameli. Ele possui MBA e mestrado na área de engenharia.
Segundo o secretário, a responsabilidade que a Seidu assume é gigante, precisando organizar planos para ações imediatas e outro de longo prazo, para organização de todo esse setor dentro do estado.
Na parte da infraestrutura de ramais, o governo terá como prioridade resgatar o valor de emenda de bancada no valor de R$ 95 milhões. A emenda foi garantida pela bancada federal do Acre, ainda com Gladson Cameli como senador, mas sem o estado ter conseguido licitar até então.
Caetano explica que terá seis meses agora para a equipe organizar o projeto, licitar e executar, garantindo que esses recursos cheguem ao Acre, e sejam devidamente aplicados.
“É a primeira grande missão, a reestruturação dos ramais e que vai dar um pontapé no que o governador pensa para potencializar a produção rural e abrir o estado para o agronegócio”, afirma.
A situação das rodovias estaduais também está sendo toda revisada. O secretário ressalta que o primeiro momento é difícil, devido à precariedade da malha e à intensificação das chuvas nestes meses de “inverno amazônico”.
Ele conta que a principal ação será a criação de programa estadual de logística e infraestrutura, que consiga abranger um planejamento de longo prazo de até cinco anos. “Neste ano vamos fazer as intervenções que forem possíveis e correr atrás de recursos para poder recuperar todas as nossas rodovias estaduais”.
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