O recém-empossado governador Gladson Cameli (PP) vem sendo colocado na fogueira santa (não se sabe se de Israel ou daqui mesmo) por muitos nomes ligados ao PT e a outros partidos da Frente Popular estarem sobrevivendo no governo da antiga oposição. Ora, nada mais natural do que uma gestão com menos de uma semana no poder ter em seus quadros pessoas do extinto governo.
Por sinal, estivesse eu no lugar de Gladson Cameli manteria todo esse pessoal por mais tempo; é a velha máxima de não poder trocar a roda com o carro em movimento. Não faço aqui essa defesa por ter parentela ou amigos petistas que estão nesta situação, ou por eu estar de olho em um lugar à sombra do onipotente (governo).
Aqui, vou me reportar apenas aos fatos, somente aos fatos. Não seria louco de defender o emprego de petistas, pois, afinal de contas, ser filiado ao PT hoje representa a mesma heresia de jogar pedra na cruz.
Por que Gladson Cameli deveria manter pessoas ligadas à Frente Popular em seu governo? Em primeiro lugar, porque lá estão as pessoas mais bem qualificadas do Acre quando o assunto é gestão e administração públicas.
Não à toa, o grupo ficou 20 anos no poder, aliada ao fato de o petismo ter usado como ninguém da intimidação para usar essa força que representa a dependência dos empregos no governo para obter votos no período eleitoral.
E aqui vale um parêntese: a grande maioria destas pessoas não está filiada ao PT ou a outros partidos malvados da esquerda porque simpatizam com seus programas; a filiação era a moeda de troca intransigente usada pelos comandantes da Frente Popular caso elas quisessem permanecer com seus empregos.
Elas conhecem como ninguém o funcionamento da máquina graças ao tempo que estão lá e a sua formação técnica. Caso Gladson queira um pouco de sucesso nestes primeiros meses de gestão, o ideal seria manter um excelente corpo técnico no governo. E onde está esse corpo técnico? Pasmem, filiado a partidos da esquerda vermelha. Que absurdo!
Enquanto integrantes da Frente Popular faziam cursos superiores e especialização em administração pública no Brasil e no exterior, os militantes da antiga oposição só sabiam passar o dia nas redes sociais chamando os petistas disso ou daquilo. Agora, cobram Gladson Cameli para ocupar espaços cuidando da gestão do Tesouro Estadual ou do futuro da educação pública. Acham que cuidar do presente ou do futuro do Acre é o mesmo que espalhar baboseiras eleitorais pelo celular.
Aqui não generalizo afirmando que este é um cenário de toda a outrora oposição. É claro que no grupo há pessoas muito bem qualificadas e que podem substituir os petistas – mas são ampla minoria. Outra constatação bem clara: nestes 20 anos de peia, grande parte da oposição nunca se qualificou para ser governo e saber governar.
Tanto assim, que surpreendeu a indicação dos secretários do novo governador. Quem acompanha a vida política do Acre – e em particular do grupo que ficou 20 anos fazendo oposição ao PT – se surpreendeu com os nomes que vão para as secretarias mais técnicas, como Fazenda, Planejamento e Administração, por exemplo.
Ao invés de escolher as velhas raposas oposicionistas que ficavam dia e noite praguejando contra o PT, Gladson optou por acatar a sugestão de nomes técnicos. Estes secretários, talvez, nunca tenham ido para rua balançar bandeira de Flaviano Melo, Tião Bocalom ou Márcio Bittar e até do próprio Gladson, mas são donos de currículos invejáveis a qualquer petista desqualificado.
Gladson prometeu fazer um governo pautado em resultados e cobrança de metas. Para isso, desagradou muita gente de partidos aliados, colocando no comando de importantes secretarias pessoas desconhecidas para a grande maioria da população.
O mesmo se dá agora no andar de baixo, nos chamados segundo e terceiro escalões. O governador terá que ter a postura de estadista e sangue frio para não se deixar levar pela pressão de aliados. Caso queira de fato um governo de resultados, o critério mais importante na hora das nomeações não deve ser (apenas) o de ter balançado a bandeira do 11, mas o da capacidade técnica.
Aquilo que a oposição tanto condenava dos governos petistas – de só colocar os amigos e militantes para ocupar cargos com gordos salários sem nada oferecer à população – não seja adotado pelo governo Gladson Cameli, eleito com a promessa de fazer diferente de tudo isso que está aí.
Neste momento, portanto, a petização da gestão que se inicia é necessária, até que ocorra uma “pepezização” (traduzindo: filiados ao PP) lenta, gradual e segura para o bom funcionamento da máquina estatal em benefício de quem mais importa: o contribuinte.
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