O governador Gladson Cameli (PP) tornou sem efeito o decreto de nomeação do tenente-coronel Antonio Marcos Silva Velasquez para o cargo de comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Acre.
O decreto de nomeação aconteceu quarta-feira (2), mas foi tornado sem efeito em outro decreto do dia seguinte, que só foi publicado na edição do Diário Oficial de desta sexta (4).
A nomeação de Velasquez gerou questionamentos anônimos de militares com o argumento de que a legislação estadual não permite.
Conforme a Lei Complementar 164/06, o Estatuto dos Militares, os comandos da Polícia Militar e dos Bombeiros só podem ser ocupados por coronéis. Para poder comandar os bombeiros, Velasquez teria que ser promovido de tenente-coronel para coronel.
O Corpo de Bombeiros, que tem uma tropa de 508 homens, conta atualmente com quatro coronéis, sendo um dentista e quatro combatentes. O quadro organizacional da instituição estabelece uma média de 1,2 mil homens para o comando de um coronel.
Velasquez foi indicado pelo vice-governador Wherles Rocha (PSDB), que chegou a defender a permanência do tenente coronel no comando do Corpo de Bombeiros Militar.
No dia que a nomeação foi desfeita pelo governador, Velasquez distribuiu uma nota informando que abriria mão da nomeação. “Agradeço a confiança do Governador e vice empossados, Gladson Cameli e Major Wherles Rocha, que anunciaram a minha nomeação futura ao mais alto posto do Corpo de Bombeiros Militar do Acre”, disse.
O tenente-coronel esclareceu que o Corpo de Bombeiros continuará sendo comandado pelo coronel Carlos Batista da Costa, que está sendo reconvocado e reconduzido ao cargo.
“Destaque-se que o novo governo tem o direito legítimo de governar com os seus. Para isso venceu incontestavelmente nas urnas pelo voto popular em primeiro turno. A política exige escolhas, não se pode agradar todos. Reitero a gratidão e o orgulho pela honraria que me será concedida pelo Governador e seu vice, Oficial Militar Estadual do Acre”, finalizou Velasquez.