As eleições para a Federação das Indústrias do Acre (Fieac) revelam uma verdadeira “guerra fria” entre dois grupos já registrados como interessados em comandar a instituição: de uma lado, José Adriano Ribeiro, derrotado nas urnas ao tentar eleger-se deputado federal; do outro, Francisco Salomão, ex-presidente influente que tenta retomar as rédeas da Federação.
Conhecida pelo histórico de estar lado a lado com os governos – afinal este último ajuda e muito no movimento do Mercado-, a Federação das Indústrias do Acre tornou-se arena de luta para se permanecer no poder. Ao todo, 10 sindicatos votam na Assembleia Geral da instituição.
Segundo apurou o ac24horas, a influência de José Adriano, atual presidente, ainda é forte, mas o candidato à reeleição perdeu uma das grandes parceiras de trabalho, a vice-presidente Adelaide de Fátima, que o substituiu no período eleitoral e foi cabo eleitoral forte durante a campanha do empresário da construção civil.
A reportagem tentou contato com José Adriano Ribeiro nos últimos sete dias, mas o presidente não atendeu às chamadas, nem retornou ou respondeu às mensagens deixadas pela reportagem no celular dele. Nem a Assessoria da Federação das Indústrias conseguiu convencer Adriano Ribeiro a conversar com o portal.
O opositor dele, Francisco Salomão, conversou com o portal e esclarece que está se candidatando a pedido de empresários e sindicatos. Ele alega que é bom trabalhar junto com o governo, apoiando e acompanhando, mas sem “politizar” a instituição, sabendo que dentro dela há empresários que têm visões diferente nesse campo.
“Estamos atendendo um pedido dos empresários. Não é apenas uma candidatura minha. O [José] Adriano politizou a Federação das indústrias do Estado do Acre, e os empresários sentem que fica difícil trabalhar com o governo. Nós temos um papel importante na conjuntura, e não dá para ser da oposição e vir dessa forma falar com o governo”, pontua o empresário.
Segundo assessores de José Adriano Ribeiro, empresários de pelo menos três setores da indústria estão do lado de Salomão, mas os presidentes das instituições, que teriam sido apoiados por Adriano, teimam em se manter ao lado do candidato a deputado federal derrotado. Adriano tem usado da influência sobre os empresários para garantir votos.
“A gente não pode falar muito, só quando perguntam, e ainda assim temos que ter cuidado. Tem dois ou três sindicatos que os presidentes estão com o presidente Adriano, mas até o vice já pulou para apoiar o Salomão. Então, veja, essa é uma das eleições mais difíceis de todos os tempos. Se o Adriano ganhar, é uma vitória do PT, que em nada mais poderá ajudar os empresários”, avalia.
A eleição para Presidente da Fede’ração das Indústrias do Acre ocorre no próximo dia 14, na sede da entidade.
A Universidade Amazónica de Pando (UAP), localizada em Puerto Evo Morales, na Bolívia, fronteira com…
A Procuradora de Justiça do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), Patrícia Rêgo, apresentou…
O deputado federal Roberto Duarte (Republicanos-AC) protocolou um requerimento na última segunda-feira (25) solicitando uma…
A 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Acre decidiu negar a apelação apresentada…
A Polícia Federal (PF) concluiu que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) “planejou, atuou e teve…
Cabos de aço estão sendo instalados durante as obras de recuperação estrutural da Passarela Joaquim…