O desembargador-relator da Operação Sárcofago desencadeada pela Polícia Federal no último dia 13 dezembro, Laudivon Nogueira, que determinou a prisão preventiva do prefeito de Senador Guiomard, André Maia, e parte de seu secretariado, expediu ofício junto a Corregedoria da Polícia Federal para que envie cópia de eventual processo administrativo instaurado em desfavor do Delegado Eduardo Gomes, que teve seu nome envolto em uma polêmica, quando por whatsapp, teria pedido para um escrivão falsificar sua assinatura para a continuação de uma interceptação telefônica, já que o prazo de monitoramento de um investigado estaria vencendo.
ENTENDA O CASO
Escrivão se desentende com delegado da PF no Acre e vaza áudio de whatsapp com pedido de “falsificação de assinatura”
De acordo com o apurado por ac24horas, na época, o desembargador-relator do caso Laudivon Nogueira exigia uma assinatura como base protocolar da ação. O delegado e o escrivão foram representados na Corregedoria da PF para que os fatos fossem apurados.
Apesar de todo imbróglio, a Justiça teria aceitado o documento que foi enviado via whatsapp para a assessora do Desembargador, sem ter sido assinado, tendo a própria assessora certificado que o recebeu, suprindo, inclusive, a falta de assinatura.
O novo pedido de do desembargador destaca que a cópia do processo administrativo deve ser enviada ao juízo, salvo se ainda não tiverem sido encerradas as investigações e este estiver sob sigilo.
A Superintendência da Polícia Federal no Acre informou que não iria se manifestar sobre condutas pessoais de agentes e que o caso já está nas mãos da corregedoria. A Policia Federal acredita que a conduta em questão não prejudica os andamentos das operações que vêm obtendo êxito no Acre e prendendo gestores públicos corruptos em todas as esferas, porém, o presidente eleito da OAB/AC, advogado Erick Venâncio, se diz preocupado com o caso. Apesar das justificativas do delegado em uma representação encaminhada a superintendência da PF e a Corregedoria, Venâncio afirmou que cobrará apuração devida e célere da corregedoria. “Manifestamos extrema preocupação com o que foi divulgado, pois investigações que invadem a esfera de direitos da personalidade do cidadão não podem ser conduzidas com esse proceder. Cobraremos a apuração devida e célere da corregedoria da PF”, disse.