O Acre já tem a energia elétrica mais cara do Brasil. Agora, com os aumentos anunciados de mais 21% nas tarifas domésticas e 27% para a indústria e o comércio a situação ficará ainda mais complicada. O preço exorbitante da energia atrapalha o desenvolvimento econômico e social do Acre e a consequente geração de empregos na iniciativa privada. Isso porque quando um empresário resolve investir num estado para montar uma empresa faz os cálculos de todos os custos e condições para a produção. E a energia elétrica é um elemento considerável nessas contas. Quem vai querer vir para um lugar e que a produtividade custará bem mais devido a essas tarifas? Sem falar nos problemas de infraestrutura que o Estado ainda enfrenta e na enorme distância dos grandes centros consumidores que se reflete nos fretes.
Ação conjunta
É preciso que a Bancada Federal do Acre, formada por senadores e deputados federais, entre no debate dessa questão das tarifas de energia. A Eletroacre, agora privatizada, precisa ser fiscalizada pelo poder público. Uma empresa objetiva o lucro obviamente mas, no caso do Acre, os preços já estão excessivamente altos e os aumentos podem inviabilizar muitos projetos de desenvolvimento regional.
Contas a fazer
O novo Governo de Gladson Cameli (Progressistas) precisa fazer um estudo urgente sobre o ICMS cobrado sobre as tarifas elétricas de 25%. Tem estados que cobram apenas 12%, ou seja, menos da metade. Uma opção entre os impostos, que somados representam 33% no preço da energia e o desenvolvimento econômico que poderá gerar outras fontes de arrecadação.
Privilégio
O deputado estadual reeleito Wendy Lima (PSL) é o único político do grupo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) com mandato no Acre. Deverá ter prerrogativas para eventuais nomeações de cargos federais no Estado. Se souber navegar poderá desempenhar um papel importante na conexão Acre-Governo federal.
Vale o escrito
Outros dois políticos eleitos que devem ter proximidade com o presidente Bolsonaro são o deputado federal Alan Rick (DEM) e o senador Márcio Bittar (MDB). Os dois com mandatos terão votos importantes no Congresso Nacional para apoiar Bolsonaro. Evidentemente que isso se refletirá na hora da indicação de cargos federais no Acre.
Jogo diferente
O PSL é apenas a legenda que viabilizou a ida de Bolsonaro à presidência. O partido era nanico antes da chegada do novo presidente. Portanto, acredito que a verdadeira base de apoio a Bolsonaro será heterogênea, integrada por
parlamentares de diferentes partidos. Isso abre caminhos para Bittar e Alan ajudarem o Acre junto ao Governo Federal.
Dissonante
Ao contrário de outras lideranças do MDB, Márcio Bittar, declarou recentemente que considera o partido contemplado no novo Governo com as nomeações de Eliane Sinhasique (MDB) e Maria Alice (MDB) ao primeiro escalão. Acredito que o deputado federal Flaviano Melo (MDB) também pense da mesma maneira.
Bicada forte
Não há dúvida que o segundo partido mais forte dentro do novo Governo será o PSDB. Os tucanos emplacaram várias secretarias e têm o vice Major Rocha (PSDB) que soube jogar a favor da legenda. Obviamente que o Progressistas do governador eleito Gladson Cameli será o mais representativo.
Unidas
Conversei com as quatro deputadas federais eleitas pelo Acre na diplomação do TRE. Tenho a impressão que Jéssica Sales (MDB), Mara Rocha (PSDB), Vanda Denir (SD) e Perpétua Almeida (PC do B) trabalharão unidas muito além de eventuais divergências ideológicas.
Avanço
As quatro mulheres que representam a metade dos eleitos pelo Acre à Câmara Federal têm currículos notáveis. Jéssica fez um ótimo primeiro mandato, Perpétua terá a experiência de outras três legislaturas, Mara é bem articulada e a Doutora Vanda conta com a experiência no serviço público. O discurso das quatro é viabilizar recursos para o Estado e as suas prefeituras.
Bom projeto
O deputado estadual reeleito Luiz Gonzaga (PSDB) vai usar parte das suas emendas para um projeto que deve dar frutos. Os recursos irão financiar hortas nas unidades da União do Vegetal espalhadas pelo Acre. Produzir alimentos
sempre é um caminho certo.
Investir em cobra
O guru político Normando Sales ainda sonha em ter um serpentário representativo para vender veneno no Brasil e no exterior. O soro antiofídico é produzido pelo próprio veneno das cobras. Existe uma carência do produto nos
mercados. O pior é que ainda muita gente morre de picada de cobra por falta do soro no mundo inteiro e não só no Brasil.
Cara de sorte
Com a cassação do vereador de Cruzeiro do Sul Marivaldo da Várzea (PP) quem assume a sua cadeira será o Carlinhos (MDB). Esse será a terceira vez que ele fica de suplente e acaba assumindo a titularidade. Em todas devido a cassação dos titulares. Definitivamente ter o Carlinhos de suplente é um risco.
Chegou onde queria
Na diplomação o novo governador Gladson Cameli passou segurança. Para a imprensa reafirmou que quer uma mídia crítica sem bajulação para ajudar na sua difícil caminhada de governar o Estado. O seu pai, empresário Eládio Cameli, esteve presente observando tudo. A minha impressão é que Gladson chegou onde queria desde criança. Está realizando um sonho. Se vai fazer um bom governo só o tempo dirá. Mas diminuiu bastante a sua costumeira ansiedade. Parece que estar prestes a cumprir o seu destino tranquilizou o novo governador que achou o seu propósito de vida. Está harmonizado com o poder que vem de um cargo tão importante para o bem estar social de milhares de acreanos.