*Luiz Calixto
Bem, amigos da terra de Galvez.
Longe dos gramados por 20 longos anos a seleção da oposição entrará em campo em 12 dias.
A equipe principal foi escalada e, na arquibancada, a torcida espera ansiosamente por gols e lances criativos que justifiquem o pagamento do ingresso.
O Neymar ficou no banco, comandando e orientando a formação.
A “pelada” amistosa e sem compromisso acabou. Agora é valendo pontos para permanecer na primeira divisão do campeonato.
Vacilou, a zona de rebaixamento é o endereço.
A partir de 1º de janeiro “a coisa” será do “vera” e o treinador terá a obrigação de manter o time atacando em bloco, para vencer a peleja contra os males que atormentam a sociedade acreana.
O impaciente eleitor não quer saber dessa “de treino é treino e jogo é jogo”, afinal o escrete subiu para primeira divisão pelas jogadas ensaiadas durante os preparativos, digo, durante a campanha eleitoral.
A galera não está nem um pouco disposta a assistir gente fazendo “ cera” e toda hora caindo em campo com desculpas e reclamações.
Mais ou menos assim: belos lances e esquemas táticos encheram os olhos e a esperança da torcida para enfrentar a violência, o desemprego, a saúde, etc;’ e tal. Bola na trave não justificará o placar e nem a derrota.
Por quanto tempo o povo acreano terá paciência de esperar pelos resultados prometidos durante a campanha?
Culpar o passado e a herança recebida tem o prazo de validade curto e sem prorrogação.
A estratégia para vencer, ao menos, os problemas mais graves não poderá ficar no zero a zero por muito tempo.
Já no primeiro tempo os resultados serão cobrados e o dono das camisas declarou reiteradas vezes que não terá a menor cerimônia de usar o cartão vermelho para quem não render o esperado ou cansar antes do tempo.
A hora é para mostrar dentro das quatro linhas aquilo que foi planejado nos treinos, muitas vezes sem combinar com o adversário, digo, com o caixa do estado.
A fidelidade do eleitor e do torcedor é distinta.
Se o time joga mal o torcedor sofre, esculhamba, mas não desiste dele.
Com o eleitor é diferente: se o time vai mal rapidinho ele troca de lado e vai cantar outro hino.
*Luiz Calixto é servidor público, em atividade, foi ex-deputado estadual por três mandatos e escreve neste espaço todas as quartas feira.
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