Presidente da CNI diz que Acre não vai atrair empresas por não ter mão de obra qualificada

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson de Andrade, afirmou em um evento realizado pelo Jornal Correio Braziliense nesta segunda-feira, 17, que o Acre não atrairia empresas por não ter mão de obra qualificada. Segundo ele, algumas regiões que hoje não têm mão de obra amplamente qualificada, como a região Norte sofrem com essa desvantagem. “Sem qualificação, Estados como Acre e Amazonas não vão atrair empresas”, disse.

Andrade afirmou ainda que a indústria será “parceira” do novo governo de Jair Bolsonaro sempre que o objetivo for destravar a economia. Ele reconheceu que o próximo ano será difícil, já que a equipe econômica liderada pelo futuro ministro Paulo Guedes terá a missão de “arrumar a casa”, sobretudo na área fiscal. Mas Andrade demonstrou otimismo. “Temos expectativa de que País realmente vai mudar, teremos oportunidade de atrair investimentos”, afirmou.

Andrade citou uma série de iniciativas da indústria na formação de capital humano para contribuir para a elevação da produtividade no País, mas ressaltou que há questões que só o governo pode endereçar, como a questão tributária. “Nós seremos parceiros do governo sempre que o objetivo for destravar a economia, fazer a indústria crescer e desenvolver tecnologia”, disse. “Certas coisas só o governo pode fazer, mas nós podemos fazer muito pela indústria brasileira. Temos grande chance e grande possibilidade de fazer mudanças”, acrescentou.

Segundo o presidente da CNI, as estimativas apontam que o Brasil precisa em média de 4 trabalhadores para entregar o mesmo que um único trabalhador norte-americano. No entanto, ele ponderou que essa não é uma medida transversal a todas as atividades. Para Andrade, há algumas áreas mais produtivas, outras menos.