Estou estarrecido com o cenário vivido pelos pacientes da rede pública de saúde do Acre. Na semana em que “comemoramos” a Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada pelas Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948, ainda precisamos ver pessoas (humanas!!) sofrendo nas filas e sem o mínimo esperado vindo do setor público, bancado pelo povo.
O coração chega a doer quando vejo tanto sofrimento nos corredores, na recepção, nos leitos, ou sobre as macas. Cirurgias suspensas, materiais em falta, pacientes amontoados e profissionais cansados de tantos plantões para ganhar um dinheiro extra e preencher os espaços funcionais daqueles que já não atuam mais, e não foram efetivamente substituídos.
Enquanto médicos tentam explicar os procedimentos de atendimento, pacientes sangram à espera de socorro. Outros, acredite, choram pela dor nos membros, muitas vezes quebrados após um acidente. Sem as cirurgias, fica inviável corrigir a questão. E aí, eu pergunto: onde estão os direitos humanos?
Aquela ONU, que queria Lula candidato a presidente do Brasil (ou estou enganado?), é a mesma que mantém o silêncio diante de problemas como estes, que atingem mais diretamente a população. Tem gente morrendo nas filas dos hospitais sem socorro, sem apoio, sem o atendimento que precisava receber.
Uma criança com 39 graus de febre, ou uma mulher com hemorragia há dez dias, ou ainda um idoso com a bacia quebrada após um acidente de moto. Esses três exemplos são de casos reais, de pessoas que passaram pelo que estou relatando desde a primeira linha desse artigo, são de pessoas comuns, como eu e você, que foram a um hospital público do Acre.
Aprendi desde cedo que nunca devemos perder a esperança, seja na vida, ou até na saúde pública. Há menos de 20 dias de um novo governo, a sociedade tem sede de mudança, de mais humanidade, e de mais verdade com o povo. Não precisa chegar e ser o primeiro no atendimento, mas o cidadão precisa chegar, ser atendido na ordem e sair de lá sabendo o que precisa fazer para melhorar.
Chega de direitos (des)humanos, de uma saúde pública (des)humana. Esse é o desejo do pai de família, da dona de casa, de um estudante, da criança ou do idoso. Todos, sem exceção, clamam por respeito e dignidade!
A hora de pensar e mudar, é agora!
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João Renato Jácome é jornalista, colaborador do ac24horas.com, empreendedor, membro do Programa Internacional de Voluntariado das Nações Unidas e participa de redes pela Democracia, Esporte, Meio Ambiente e Direitos Humanos.
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