Uma terça-feira que deve entrar para a história do Acre com as prisões de políticos e assessores durante a “Operação Santinhos” da Polícia Federal. Além disso, muita gente que participou das eleições de 2018 deve estar apavorada. Isso porque a Justiça tem mostrado que as investigações e prisões não acabaram depois da campanha. Então quem comprou votos ou praticou outros crimes eleitorais precisa sim ficar preocupado. Quem não se lembra da prisão do candidato a deputado estadual Nill Figueiredo (PT) poucos dias depois de encerrada a campanha? E, nesse caso, o cidadão nem se elegeu. Agora imaginem aqueles que venceram, mas sabem que fizeram “coisas erradas” para levarem vantagem na disputa? Realmente parece que as coisas no Brasil mudaram. Não existe mais proteção para os políticos que sempre fizeram o que bem entenderam sem o menor temor de serem descobertos.
Nem tão santos assim
No caso da Operação Santinhos o atual presidente da Câmara Municipal da Capital, Pastor Manoel Marcos (PRB), eleito deputado federal e a deputada estadual reeleita Doutora Juliana (PRB) são acusados de desviarem R$ 1,5 milhão do Fundo Eleitoral. Mas será que outros partidos também não praticaram o mesmo crime? Inclusive, alguns que receberam valores bem maiores? Tem gente que não vai dormir de noite pensando nas suas prestações de contas.
Desvio de propósito
Pelo que entendo o Fundo Eleitoral destinado aos partidos deveria ser utilizado na contratação de serviços. Obviamente que não poderia ser usado para “comprar votos”. Seria um absurdo a legislação facilitar e incentivar um crime. Então apesar de não saber exatamente os motivos das prisões da Operação Santinho, que corre em segredo de Justiça, imagino que tenha notas frias pelo meio.
A hora do X 9
Também imagino que tenha algum denunciante insatisfeito pelo caminho. Alguém que não recebeu ou perdeu a eleição e tinha provas para desencadear essa Operação. Afinal não é comum 100 policiais federais chegarem ao Acre para prenderem 10 pessoas. É uma força tarefa e tanto. Isso ainda deve ter mais desdobramentos.
A hora da defesa
Também o fato da deputada Doutora Juliana e do vereador Manoel Marcos do PRB terem sido presos pode não ser definitivo. Isso certamente vai gerar um inquérito e um processo que serão respondidos na Justiça e as provas irão aparecer dos dois lados. Não se pode nunca condenar alguém por antecipação. Melhor esperar os próximos capítulos.
Reviravolta
Segundo uma fonte que fez os cálculos eleitorais para verificar as mudanças no quadro de eleitos numa eventual condenação dos acusados da Operação Santinhos. Se a Doutora Juliana e o Manoel Marcos perderem as vagas, mas os votos forem mantidos se elegem André da Droga Vale (estadual) e Raílson Correa (federal). No caso de serem cassados e os votos anulados, se elegem Pedro Longo (PV), estadual, e Bocalom (PSL), federal. Mas são apenas hipóteses antes do julgamento.
Fogo cerrado
Por falar em eleição de 2018, no Juruá, a disputa ainda não acabou. Os grupos políticos que apoiaram os candidatos a deputados federais Rudilei Estrela (Progressistas) e Jéssica Sales (MDB) continuam se digladiando. Agora, levaram os embates para as Câmaras Municipais de Cruzeiro do Sul e Rodrigues Alves.
Quem pode mais…
Por trás desse disputa estão o ex-prefeito de Cruzeiro Vagner Sales (MDB) e o atual Ilderlei Cordeiro (Progressistas). Os dois se articulam nos bastidores para elegerem nos próximos dias os presidentes das Câmaras de Cruzeiro e Rodrigues Alves. Uma eleição que deve se estender até o pleito para prefeito de 2020.
…chora menos
Em Cruzeiro do Sul manobras têm acontecido para adiar a votação da escolha da nova mesa diretora da Câmara. O caso já está na Justiça que deverá mandar a votação acontecer na próxima quinta, dia 13. Os vereadores Clodoaldo Rodrigues (PR), apoiado por Ilderlei, e Cosmo do MDB, partidário dos Sales, disputam a presidência.
Fogo contra
Em Rodrigues Alves a situação é tão delicada que o grupo de Vagner, segundo me informaram, estaria apoiando o vereador do PT Coringa, para derrotar o atual presidente da Câmara, Saulo Vasconcelos do MDB, seu partido. O prefeito Sebastião Correia (MDB) tem ligações estreitas com os Sales e participou da campanha de Jéssica e o atual presidente da Câmara apoiou Rudilei nas eleições.
Além das fronteiras
Portanto, essa “briga” política entre Vagner e Ilderlei já ultrapassou as fronteiras do município de Cruzeiro do Sul e se espalhou por toda a região. Os dois se articulam claramente para terem candidatos em 2020 em todos os municípios do Juruá. O foco são ainda as vagas para deputados federais em 2022. Política no Acre é assim, sempre adiante do seu tempo.
Pacificador
Se o empresário Linker Cameli realmente resolver ser candidato a prefeito de Cruzeiro do Sul, em 2020, poderá jogar água na fervura dessa “briga”. Não acredito que Vagner ou Ilderlei lancem candidatos contra ele. Mais fácil será todos se unirem no mesmo palanque.
Abacaxi a ser descascado
Quem deve querer acabar logo com essa disputa entre os grupos políticos de Vagner e Ilderlei é o governador eleito Gladson Cameli (Progressistas). Afinal os dois o apoiaram na campanha de 2018. Essa disputa só interessa aos adversários que colocarão mais lenha na fogueira até as próximas eleições municipais. Sem falar nos compromissos de campanha assumidos com Cruzeiro do Sul por Gladson que precisará da prefeitura do município para cumpri-los. O melhor caminho para todos seria a restauração da união. Mas, por enquanto, isso parece um sonho distante.
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