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Antônio Malheiro, de conselheiro do TCE a todo poderoso do governo Gladson Cameli

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O todo poderoso do governo de Gladson Cameli (PP) é Antônio Malheiro, conselheiro do Tribunal de Contas do Acre (TCE-AC), que apesar de não figurar com nenhum função na equipe de transição governamental e não ter sido indicado para nenhum espaço no primeiro escalão, é considerado pelos líderes de partidos aliados da nova gestão, como o “super-secretário fantasma”, o homem que indicou o chefe da equipe de transição e despacha diariamente recebendo os novos secretários que religiosamente pedem sua bênção e orientação para análise e providências que devem adotar sobre os documentos que estariam recebendo da equipe do governador Sebastião Viana, do PT.


Segundo informações de bastidores, Malheiro não era entusiasta da candidatura de Gladson Cameli ao governo do Acre. Se dependesse unicamente de sua vontade, o filho de Eládio Cameli, um dos maiores empresários da Região Norte, teria que se preparar melhor e esperar um momento que não fosse tão conturbado economicamente como o atual. Os conselhos de Malheiro não foram ouvidos, Gladson Cameli bateu o pé, se candidatou e venceu as eleições, levando o conselheiro do TCE a se tornar um dos principais articuladores da nova administração. Malheiro teria a missão essencial de coordenar o secretariado e evitar que possíveis erros respinguem no novo chefe do executivo.


Todos os dias, estaria acontecendo uma romaria no gabinete de Malheiros. Os ungidos que são considerados técnicos mantêm contato diário com o “super-secretário fantasma”, fato que vem desagradando filiados dos partidos que orbitaram a candidatura de Gladson Cameli, esperando que seus esforços na campanha possam ser revertidos em cargos por merecimento político, não por qualificação técnica. A interferência direta de Malheiro na escolha dos auxiliares de Cameli é assunto recorrente entre os aliados. Eles levantam o questionamento de quem será o verdadeiro dono da caneta que dá acesso aos atraentes cargos comissionados disputados a tapas nos bastidores da nova situação.

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Parte significativa do primeiro escalão do governo que assume no próximo ano é composta por técnicos e servidores do TCE, o que é mais uma questão contestada constantemente nas rodas de conversas de aliados políticos. As pastas mais importantes do Poder Executivo serão gerenciadas por pessoas de confiança de Antônio Malheiro. A nova secretária de Fazenda será Semírames Maria, que apesar de não manter uma relação estreita com Malheiros, foi indicada por ele. Ela é contabilista, com MBA em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria e MBA em Gestão Pública com ênfase em Controle Externo. É Auditora de Controle Externo no TCE desde janeiro de 2009.


Semírames Maria também atuou como Inspetora Geral de Controle Externo da 3ª IGCE; Inspetora Geral de Controle Externo da 2ª IGCE; atualmente exercendo o cargo de Diretora de Auditoria Financeira e Orçamentária – DAFO e na Coordenação do Grupo de Informações Estratégicas do Controle Externo (GAICE), currículo que a credenciou em uma das pastas mais importantes da administração estadual. O chefe da Casa Civil é outra indicação de Malheiro. O advogado Ribamar Trindade, que também é chefia da equipe de transição ocupará o cargo. Ele atualmente é assessor técnico do TCE, na função há 17 anos, já presidiu várias comissões de licitações, atuou como gerente administrativo do Saerb em Rio Branco e teria atuado no setor empresarial e bancário.


O jornalista Rutemberg Crispim é outro servidor do TCE que ocupará cargo no governo de Gladson Cameli. Logo que saiu sua indicação, alguns aliados chegaram a credita a cota de Antônio Malheiro, mas Crispim nega que seja um dos ungidos do todo poderoso da administração progressista. Rutemberg Crispim informa que sua indicação aconteceu pela secretária de comunicação Silvânia Pinheiro, que recebeu o aval de Cameli. “A primeira vez que trabalhei com a Silvânia, ela era editora do jornal A Gazeta, tirou férias e precisou de alguém para substituí-la. Na volta das férias, ela resolveu se afastar e integrar a equipe do então deputado federal Gladson Cameli”, justifica Crispim.


Ainda dos quadros do TCE e possivelmente por indicação de Malheiros, deverá sair um técnico que terá a espinhosa missão de ser o diretor do Acreprevidência, órgão da administração estadual que poderá representar um grande problema para as finanças do Estado. Se na administração Sebastião Viana, o petista se cercou de procuradores em funções que poderiam trazer problemas, no governo Cameli, a coisa mudou de direção e ele espera contar com uma equipe de técnicos do TCE para tentar minimizar os efeitos da crise e cumprir as promessas de campanha que foram feitas por Gladson Cameli, mas contarão com a mão poderosa de Malheiros para que saiam do papel para realidade.


Malheiro poderá ser secretário da fazenda de Gladson em 1 ano e meio

Outra informação de integrantes da equipe no novo governo, é que Semírames Maria estaria ocupando o cargo de secretária de fazenda provisoriamente. A expectativa é que Malheiros possa assumir a função dentro de um ano e meio, quando deverá se aposentar no Tribunal de Contas. Durante uma semana a reportagem de ac24horas tentou, sem sucesso, um contato com Antônio Malheiro na sede do TCE para que ele apresentasse um contraponto sobre as afirmações dos aliados de Gladson Cameli, de que todos os indicados para o primeiro escalão estariam prestando contas da transição para ele. A reportagem tentou ainda falar com o conselheiro pelo número (68) 9811-6*2*, mas ele não atendeu e não retornou as ligações. O espaço fica aberto para uma possível versão das informações que foram repassadas por líderes de partidos que apoiaram a eleição no novo chefe do executivo acreano.


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