Reféns dos padrões de beleza estabelecidos pelo mundo da moda, jovens e adolescentes buscam alcançar formas nem sempre tangíveis. O problema é que essa obsessão pelo “corpo perfeito”, pode desencadear a bulimia e a anorexia, doenças classificadas no grupo de transtornos alimentares pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Esses distúrbios provocam alterações na alimentaçãoe geralmente se manifestam na adolescência. As suas causas podem ter origem em fatores psicológicos, emocionais ou relacionados com o metabolismo. Em geral, eles surgem com mais frequência nas mulheres.
Sarah Mamona é formada em psicologiae explica que de acordo com o DSM-5 – Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, os transtornos alimentares são caracterizados por uma perturbação persistente na alimentação ou no comportamento relacionado a ela. “É essa perturbação que resulta no consumo ou na absorção alterada de alimentos que comprometem significativamente a saúde física ou funcionamento psicossocial”, assegurou.
Os transtornos alimentares mais comuns são a bulimia, anorexia, obesidade e a vigorexia.Mas o universo de comportamentos envolvendo a comida vai muito além deles, porque cada indivíduo enxerga a comida de uma forma. Com isso, difere também os tratamentos, que podem incluir remédios, psicoterapia e reeducação alimentar.
Reconhecendo que essa pauta não é tão debatida, as psicólogasSarah Manona e Niliane Brito estão com um projeto intitulado Mente Nutrida, que tem o objetivo de promover eventos falando dos transtornos alimentares e obesidade. “Inicialmente, queremos fazer uma roda de conversa e debater sobre o assunto. Além disso, queremos desenvolver conhecimentos e habilidades para o tratamento desses transtornos e discutir casos clínicos”, informa Niliane.