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Gladson: “os partidos devem entender que não estou brincando de governar”

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Nelson Liano Jr.
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É impossível agradar a todos! Ainda mais quando se trata da formação de um Governo que traz na sua natureza interesses políticos imediatistas. Mesmo assim avalio que o governador eleito Gladson Cameli (Progressistas) tem se mantido fiel aquilo que apregoou durante a sua campanha. Tem dado notadamente preferência às nomeações técnicas em detrimento das políticas no seu primeiro escalão. Isso está desagradando a alguns “aliados” que traçaram os seus próprios planos para como tirar vantagens da gestão que se inicia no próximo ano. Tem que ser levado em consideração o fato de que as lideranças e partidos da oposição que se aliaram a Cameli estavam há muito tempo longe do poder. Isso naturalmente aumenta o apetite por cargos de muitos deles. Acredito que quando passar esse período das nomeações as ansiedades deverão diminuir e as coisas deverão se assentar como um caminhão carregado que ajusta a sua carga durante a viagem. No entanto, “mágoas” e “ressentimentos” ficarão guardados e se manifestarão nas próximas eleições municipais. Como todo político que chega ao poder Gladson deve estar preparado para enfrentar uma nova oposição. A do PT e outros partidos da FPA será natural. Mas podem escrever que alguns “aliados” do momento insatisfeitos cobrarão as faturas na primeira oportunidade. Isso faz parte do jogo democrático.


Recado claro
Encontrei-me com o Gladson Cameli no seu gabinete do Senado, em Brasília. Sobre essa ansiedade gerada nos partidos pelos cargos ele disse: “os partidos precisam entender que não estou brincando de governar. Não preciso ficar respondendo recadinhos enviados pela imprensa. Nesse momento estou focado em resolver os sérios problemas do Estado”.


Questão de escolha
Li algumas matérias sobre a nomeação de Paulo Wadt para a pasta da agricultura e produção que desagradou o senador Petecão (PSD). A opção partidária seria o deputado estadual Jairo Carvalho (PSD) derrotado na última eleição. Bem, vou deixar ao julgamento do leitor que deve se informar sobre currículo de um e de outro para ver quem tem mais qualificação para tocar a produção no Estado.

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Passe certo
Gladson me disse ainda que está torcendo para que a superintendência do SEBRAE- Acre fique com o Marivaldo Melo do PSD de Petecão. Tem se empenhado politicamente nesse sentido. Seria uma compensação e tanto se a indicação se confirmasse.


Não é a hora
Não acredito que o senador Petecão vá romper com o Gladson e o futuro Governo antes do seu início. Seria um suicídio político. Ainda mais que a motivação que está por trás da contenda são cargos. Mas obviamente que esses sinais de fumaça sempre acabam sinalizando “fogo amigo” que em algum momento pode queimar um e outro. Tempo, tempo, tempo Se o Governo conseguir agradar a população nos próximos meses todas essas “picuinhas” políticas serão esquecidas. E a próxima batalha entre os partidos da “oposição” que agora são a “situação” ficará para as eleições municipais de 2020.


Presidência da ALEAC
Gladson conversou comigo sobre a presidência da ALEAC que será eleita na primeira sessão da nova legislatura em fevereiro de 2019. Voltou a afirmar que acha natural o seu partido, Progressistas, assumir o cargo. Mas não declarou preferência entre os dois pretendentes, deputados estaduais Nicolau Júnior (Progressistas) e Gehlen Diniz (Progressistas). “Eles devem se entender para não haver disputa. Aquele que se articular melhor previamente terá o meu apoio. A ALEAC é fundamental para a governabilidade do Estado e o presidente deve estar bem ajustado ao nosso projeto de gestão,” declarou.


Fim das perseguições
O governador eleito também voltou a destacar que não quer uma imprensa “chapa branca” no Estado. Ele avalia que será importante receber críticas pelos seus eventuais erros de gestão. “A imprensa é um termômetro importante
daquilo que a população está sentindo em relação aos seus governantes. Não adianta a gente ficar se iludindo com falsos elogios enquanto o Governo vai se deteriorando. Nós já vimos esse filme no Acre. Posso garantir que não haverão perseguições durante o meu Governo. E se eu descobrir que algum secretário está usando o cargo para perseguir alguém vou colocar na rua,” disse ele.


Questão de opinião
Li também um depoimento de um dirigente partidário supostamente aliado do Gladson, mas que não quis se identificar, cobrando a fatura do apoio na campanha eleitoral. Na minha opinião, quem elegeu o novo governador foram os eleitores e não os partidos. Ele representava a alternância natural de poder em relação ao PT. E essa construção foi feita muito antes da campanha. Acho até que alguns “apoiadores” foram um peso na campanha e devem pesar mais ainda durante a gestão.


Prudência e caldo de galinha
Acredito ainda que algumas lideranças dos partidos aliados ao Gladson estão apostando num Governo fraco e sem pulso. A partir daí surgem “chantagens naturais” para impor um ou outro ponto de vista e a satisfação de anseios políticos. A verdade é que o novo governador está rodeado de “salvadores da pátria”. Muitos acreditam que deveriam estar no seu lugar. Mas precisam entender obviamente que não estão. Então resta a eles apoiarem o novo Governo e apostarem nos resultados. Ou se preferirem iniciarem uma nova oposição. Podem também esperarem a próxima eleição para apresentarem os seus projetos à população do Acre. Simples assim.


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