Adolescentes são apreendidos suspeitos de torturar vitimas e roubar moto de professora

Dois adolescentes, de 16 e 17 anos, foram apreendidos por suspeita de terem torturado e roubado uma moto, celular e dinheiro de uma professora de Cruzeiro do Sul. O crime teria ocorrido no sábado (1), quando a vítima passava pela estrada da Variante. Na mesma ação, os suspeitos teriam roubado outra moto.

Ao G1, a professora contou detalhes do crime e disse que foi agredida pelos menores.

“Eles saíram de dentro do mato armados e vieram em minha direção, quando tentei fazer a volta acabei caindo. Eles bateram muito na minha cabeça. Dois saíram na minha moto e dois ficaram comigo na mata. Levaram o que eu tinha de valor. Me colocaram na beira da rua para pedir que os carros parassem. Ficavam o tempo todo dizendo que iam me matar. Fiquei mais de duas horas com eles”, desabafou.

A vítima disse que espera que polícia encontre os outros dois suspeitos e a moto dela. Ela disse ter ficado das 21 h até meia-noite na mira dos jovens. A Polícia Civil mantém as investigações na tentativa de identificação dos outros suspeitos.

Tentativa de homicídio

O delegado Lindomar Ventura disse que além desse caso, os menores tiveram a internação decretada pelo Ministério Público suspeitos também de uma tentativa de homicídio ocorrida na mesma noite.

“Eles negaram envolvimento nestes crimes. Fizemos o procedimento pela tentativa de homicídio, que ocorreu na mesma noite no bairro Miritizal, onde eles chegaram e efetuaram vários disparos em uma residência e uma pessoa foi ferida no braço. Os dois foram reconhecidos pela vítima e um terceiro ainda não foi identificado. Eles confessaram estes disparos e que pertencem a uma organização criminosa”, disse Ventura.

O delegado ainda vai ouvir as vítimas e tentar fazer o reconhecimento dos jovens. “Nesta questão dos roubos que ocorreram na Variante, ainda estamos apurando. Eles negam. O MP determinou a internação deles e as investigações continuam. Vamos ouvir as vítimas. Eles são suspeitos destes crimes, mas ainda estamos investigando essa situação”, acrescentou o delegado.

Por Adelcimar Carvalho, G1 AC