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“Se ele não cumprir o acordo estamos fora”, diz Petecão

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O senador Sérgio Petecão (PSD) chutou o balde. Disse que se Gladson Cameli não cumprir o que lhe prometera há um mês, ele e seu partido, o PSD, estão fora do governo que se inicia em janeiro.


Cameli, segundo Petecão havia lhe prometido os setores da produção e agricultura, mas agora estaria voltando atrás depois que o PSDB resolveu pressionar e indicar um nome. Petecão enxerga uma quase traição que tem pelo meio um bico tucano.


“Se ele não cumprir o que nós acordamos, nós estamos fora do governo. Nós não temos nada contra as indicações do governador. Nós só queríamos que fosse cumprido o que ficou acordado, pois o que ficou acordado foi que a pecuária e a produção, incluindo a Seaprof, seria do PSD e agora eles não querem cumprir. Eu não tenho nada contra as indicações dele, não. Mas eu sou um dirigente partidário e as pessoas do meu partido ficam me cobrando, me esperando. Há uns 30 dias atrás nós sentamos com o Gladson e isso nos foi prometido, mas a agora a informação que nós temos é que ele estaria passando pra outro partido”, disse o senador.

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Toda essa celeuma passa pela indicação do PSD e a pressão interna do PSDB. Petecão teria escolhido o deputado Jairo Carvalho que não tem qualquer qualificação para ser o secretário do setor. O agrônomo Nilton Craveiro, servidor de carreira do setor da produção do governo, seria o nome preferido de Petecão, porém não aceitou assumir o cargo. Gladson, que na campanha promotera tornar o Acre um estado aberto para o agronegócio, quando soube da indicação do senador do PSD resolveu repensar a partilha dos cargos para a agricultura. Por esse meio já estava o PSDB, que tem o vice-governador eleito Major Rocha e a deputada federal eleita Mara Rocha, que é ligada ao setor agrícola do Acre e teria indicações a fazer.


Gladson, então, distanciou o PSD da agricultura e ofereceu a Petecão a sucateada Cohab.


“Eu pra mim mesmo não quero nenhum cargo. Eu já tenho o cargo de senador. O que eu quero é tentar estruturar o partido e contemplar o pessoal do nosso partido. Até porque o PSD foi único partido que esteve com o Gladson sempre pronto na campanha quando o PMDB tentou questionar e até o próprio PP”, encerra o senador.


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