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Socorro Neri desmonta cabide de emprego do PT na prefeitura

Uma onda moralizadora em forma de um projeto de Reforma Administrativa assinado pela prefeita Socorro Neri, desmonta o aparelho político criado pelo PT na prefeitura de Rio Branco, e que funcionou nos últimos seis anos, na gestão do ex-prefeito Marcus Alexandre, como cabide de emprego para favores partidários. O projeto enviado à Câmara Municipal de Rio Branco, além de reduzir de 16 para 11 as secretarias, trouxe dados que não condizem com a boa gestão pública: apenas 132 ocupantes de cargos de confiança significavam um custo anual de 7,3 milhões de reais aos cofres municipais, que com o corte se transformarão em economia. Secretarias que funcionavam apenas no papel como Esporte, Direitos Humanos, Igualdade Racial, Mulheres, criadas na administração passada não tinham ações efetivas que justificassem seus tamanhos. Passarão a ser departamentos de outras secretarias. A canetada da prefeita Socorro também acaba com um nicho que funcionava apenas como um centro de politicagem: a Secretaria Municipal de Articulação Política, que servia para dar emprego a alguns presidentes de associações de moradores.  As mudanças têm que ser vistas dentro de um contexto moralizador e não apenas político, mas, principalmente, no aspecto administrativo. À prefeita Socorro Neri não havia alternativa para fazer uma gestão nos dois últimos anos de mandato, ao não ser reduzir as despesas da máquina municipal para bancar investimentos na cidade ou então manter no tamanho atual e limitar-se em 2019 e 2020 a pagar a folha salarial. O certo é que deu um exemplo de seriedade na condução da PMRB.


TEM QUE SE QUEBRAR OS OVOS
Já diz o ditado que não se faz omelete sem quebrar ovos. Claro que a cúpula petista, que montou e usufruiu do paquiderme municipal nos últimos seis anos, deve estar furiosa com a Socorro Neri. Mas entre agradar afilhados do PT e beneficiar a população, optou pela última.


BELO EXEMPLO
A Reforma Administrativa da prefeita Socorro é um exemplo á equipe do futuro governador Gladson Cameli, que também trabalha na elaboração de um projeto para reduzir a inchada máquina estatal. Não pode ser uma Reforma meia boca, mas como na PMRB, tem de cortar fundo.


FOI PARA VALER
O enxugamento na PMRB não foi faz de conta. A Reforma reduz 12 órgãos e 132 cargos comissionados. Para ser exato, com a medida a prefeita Socorro conseguirá economizar 12 milhões de reais. É muito, num tempo de vacas magras. Até o celular que usa é particular.


NÃO FUNCIONA POLITICAMENTE
Não adianta entupir um órgão público de afilhados de políticos pensando que pode ser um trampolim para ganhar eleição. A PMRB não estava lotada de cargos e de empregados graciosos e o prefeito Marcus Alexandre não perdeu a eleição de capote, em Rio Branco?


OUTRO EXEMPLO É O ESTADO
Outro exemplo que o empreguismo não ganha eleição quando o povo quer mudar é o Estado. Com as demissões tornadas públicas pelo governador após a fragorosa derrota do candidato que apoiava, se teve noção do desperdício, com a revelação de medalhões que só recebiam sem trabalhar em secretarias e estatais.


DORMIRAM NOS LOUROS
Os tempos são outros, se acostumaram mal, não acordaram, e perderam a eleição.


PERFIL PRÓPRIO
A prefeita Socorro Neri vai começar para valer a sua administração em 2019. Sem a Reforma Administrativa era apenas e tão somente a vice do Marcus Alexandre que assumiu a prefeitura. Do ano que vai entrar até o fim do mandato pode moldar a gestão ao seu perfil.


MARCA REGISTRADA
Mesmo neste período de transição da gestão anterior para a atual, a prefeita Socorro Neri já conseguiu imprimir uma marca na opinião pública: seus serviços são de qualidade e que no seu comando a PMRB deixou de ser um cabide de emprego do PT e de outros partidos da FPA.


INTERESSE PÚBLICO É MAIOR
Com a Reforma a prefeita Socorro Neri com certeza desagradou medalhões políticos e os seus apaniguados, mas em contrapartida ganhará o apoio da população, que poderá ser melhor atendida, nas áreas de saúde, educação, coleta de lixo e outras atividades da prefeitura.


NÃO TEM MILAGRE
Para tocar a PMRB com eficiência não tem milagre ao não ser reduzir a máquina municipal. O crescimento da receita não acompanha o crescimento da despesa. É uma equação prática.


VIGORA EM JANEIRO
A Reforma Administrava da PMRB deverá ser votada pelos vereadores até 13 de dezembro e entrará em vigor a partir de 1º de janeiro. A tendência lógica é ser aprovada por unanimidade.


AGUARDAR OS RECURSOS
A mesa diretora da Câmara Municipal de Rio Branco age com prudência ao não convocar de imediato o suplente José Afonso para ocupar a vaga do vereador Juruna (PHS), que está com prisão preventiva decretada. Como ainda cabem recursos, é do melhor direito que se aguarde.


CIDADE DA LAMA
Tarauacá perdeu o título de “Terra do Abacaxi Grande” para “Cidade da Lama”. É o que dá para se deduzir do discurso de ontem na ALEAC do deputado Jenilson Lopes (PCdoB). E o Jenilson é um parlamentar comedido.  Sua fala foi referendada pelo deputado Jesus Sérgio (PDT).


NÃO CONSEGUE CONFIANÇA
O governador pode secar a língua nestes últimos dias de mandato que não convencerá a população da saúde fiscal do Estado, dos investimentos que fez, de que na sua gestão houve avanço, porque passou oito anos se comunicando mal, mesmo gastando muito com mídia.


NÃO CHEGOU NA PONTA
O que ocorreu é que o governador não modernizou a sua comunicação, optou em ficar na mídia tradicional, não levou as suas realizações para a mídia eletrônica que, é quem chega hoje numa linguagem mais direta com o povão. E com isso, os seus feitos não chegaram na ponta e ficaram entre as quatro paredes do seu gabinete. Foi uma comunicação de amador.


FOI MUITA CONTENDA
Outro erro do atual governador foi partir para o enfrentamento com os que ousavam lhe contestar ou apresentar críticas. Deputados da FPA se queixavam muito que não adiantava dar sugestões, porque ele já tinha idéias pré-concebidas. Não fez amigos e manteve poucos amigos.


EXEMPLO EM CASA
A belicosidade não é uma boa companheira na política. Comentei algumas vezes neste espaço. Mas o governo que finda teimou em ser belicoso. O seu irmão Jorge Viana saiu do governo ainda dando autógrafo. O mesmo não vai acontecer com o atual governador, em alto desgaste.


MALDADE COM AS IRMÃS
Lealdade tem de ter mão dupla. As religiosas que gerem o Hospital do Juruá foram de uma lealdade, de um respeito sem tamanho com a figura do governador, e este deixa de forma até cruel, de repassar recursos para pagamento dos servidores que caminha para o terceiro mês de atraso e as deixa numa situação constrangedora, com o corpo profissional do Hospital do Juruá. Não foi boa vontade que faltou ao governador, mas uma total falta de planejamento.


NÃO HAVERÁ PROBLEMA
Pelo que senti do governador eleito Gladson Cameli não haverá nenhuma resistência em ceder o ex-prefeito Marcus Alexandre para ficar à disposição do Tribunal de Justiça se vier um pedido neste sentido. E nem haveria motivo para negar, a eleição acabou e o palanque desmontado.


CONTO DAS MIL CASAS
O deputado Jesus Sérgio (PDT) lembrou ontem o famoso conto do governo de que levaria mil casas para Tarauacá, a serem construídas para abrigar os moradores do Bairro da Praia, que alaga todo ano. Até hoje, reclamava ontem na ALEAC, a promessa não foi cumprida.


ACABARÁ ACEITANDO
Não conseguindo emplacar a sua candidatura à presidência da ALEAC, a tendência é de que o comando da Casa fique com o deputado Nicolau Junior (PROGRESSISTA), não vou me admirar se o deputado Géhlen Diniz (PROGRESSISTA) acabar aceitando ser líder do governo.


DEIXAR A POEIRA SENTAR
O deputado Ney Amorim, que deixou o PT, deve fechar o ano sem filiar-se a outro partido, o que deve acontecer mais à frente. E nem teria sentido se abrigar em outra sigla tão cedo.


COMENTÁRIO DOMINANTE
O comentário dominante ontem no meio político era a Reforma Administrativa anunciada pela prefeita Socorro Neri. Até deputado do PT vi ontem elogiando a medida, como moralizadora.


COMO SER CONTRA?
Não acredito que nenhum vereador da oposição vá votar contra uma Reforma Administrativa que acaba com privilégios, gastos supérfluos no serviço público, e é moralizadora.


SEM GRANDES DEBATES
Como os projetos que estão sendo enviados para serem votados na Assembléia Legislativa estão em comum acordo com a equipe de transição do governo que sairá e do que entra a tendência natural é que sejam todos aprovados sem grandes debates a respeito.


DESCANSO NATURAL
Estes poucos dias de férias do governador eleito Gladson Cameli são normais, principalmente, para quem enfrentou uma campanha dura. Rezar sempre é bom, seja no Jordão ou New York. E outra coisa: foi para o exterior à sua própria custa e ponto final. Críticas sem sentido.


NÃO VISLUMBRO DIFICULDADES
A coligação que elegeu Gladson Cameli governador tem uma composição de treze deputados. Número que por si só garante votos suficientes para eleger o próximo presidente da Assembléia Legislativa, ainda que, acho que não haverá dificuldades maiores para que logo a base de sustentação do futuro governante alcance os 20 votos. Tudo é questão de negociação política. A oposição mesmo para valer deverá ficar restrita aos deputados do PCdo B e do PT.


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