Os médicos cubanos que atendem em Cruzeiro do Sul, segunda maior cidade do Acre, interromperam os atendimentos nas unidades de Saúde. A medida veio após a decisão de Cuba de deixar o programa “Mais Médicos”. A rede municipal de saúde contava até então com 39 médicos, destes, 12 eram cubanos. Com isso, há o caso de unidade que ficará sem nenhum médico.
Em várias unidades os profissionais deixaram de atender a população a partir desta terça-feira (20). A unidade que fica no bairro Remanso é uma delas. Lá, o único médico deixou de atender a população nesta tarde.
“Dispensamos os pacientes. Tínhamos uma médica brasileira que foi demitida mês passado. O doutor não vai mais atender. A coordenadora do programa falou que fez contato com o Ministério da Saúde, mas, temporariamente, estamos sem médico. Apenas com atendimentos de enfermagem, saúde da criança, da mulher, preventivos, testes do pezinho, vacinação, equipes de endemias e dentista”, disse Edilene Costa, coordenadora do local.
Moradora do bairro Remanso, a dona de casa Marilândia Oliveira lamenta a saída do profissional.
“Para mim, foi uma surpresa. Tenho um filho especial, outro tem rinite e um pequeno que sempre adoece. Sem médico vai ficar muito difícil para quem é mãe. Quando vamos ao Hospital do Juruá, nos dizem para procurar os postos, pois lá só atendem casos de emergências”, desabafou.
O secretário-adjunto de Saúde do município, Roberto Holanda, disse que município ainda não recebeu orientação de como agir sem os médicos cubanos. No total, o Acre perdeu 104 médicos com a saída dos profissionais do programa.
“Não recebemos nada oficialmente, os médicos são vinculados à Organização Panamericana de Saúde, que informou aos médicos que dia 28 eles devem retornar para Cuba. Enquanto Secretaria de Saúde, não recebemos nenhuma orientação. Os médicos cubanos são importantes, trabalham em áreas de difícil acesso”, afirmou.
O gestor explicou ainda que devem ser feitos alguns remanejamentos de profissionais brasileiros para não deixar, no período de transição, a população desassistida.
“Se não houver uma reposição rápida desses profissionais vai prejudicar o atendimento nas comunidades. Devido o limite fiscal, alguns médicos foram demitidos”, acrescentou.
Em alguns postos existe mais de um profissional e estes vão ficar atendendo pessoas que já eram pacientes dos médicos cubanos. Como é o caso do Posto de Saúde Jesuíno Lins.
“Tínhamos três médicos, dois são brasileiros, em média cada um atende 15 pacientes por turno. O médico cubano atendia em média 30 pacientes por dia. Conversamos com os médicos brasileiros e eles vão ficar, temporariamente, com as demandas do médico que saiu. O SUS [Sistema Único de Saúde] é para todos e os médicos não podem negar atendimento”, disse Marcelo Costa, coordenador da unidade.
O Ministério Saúde anunciou, na manhã desta terça (20), a oferta de 8,5 mil vagas para médicos brasileiros ou estrangeiros que tenham CRM registrado no Brasil. A seleção vai limitar o número de candidatos por vagas disponíveis aos municípios.
Por Adelcimar Carvalho do G1 ACRE
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