No Podemos, antigo PTN, seus filiados podem tudo: brigar por cargos, xingar, mandar recados e arengar entre eles.
Nesta quinta-feira, 08, depois que foi exonerado de um cargo na Fundação Garibaldi Brasil que lhe rendia pouco mais de R$ 12 mil por mês, o presidente do partido, Eros Asfury, disse que a legenda passaria a se opor à prefeita Socorro Neri, que o desligou do cargo. Ocorre que os parlamentares do Podemos, o vereador Railson Correia e seu irmão, o deputado estadual Raimundinho da Saúde, não aceitaram a tentativa de imposição de Eros. Aí, o barraco foi montado. Raimundinho, assim que soube das declarações de Eros, aconselhou o dirigente a “fazer um concurso público” para trabalhar. Eros respondeu na mesma moeda: “Ainda bem que o deputado Raimundinho e o vereador Railson fundaram na Baixada do Sol uma escola preparatória pra concurso público, pois ele agora depois dos resultados das eleições e fim do governo da Frente Popular, ele e sua turma vão precisar pra preparar seus apadrinhados que estão lotados em diversas secretarias do estado, principalmente no Depasa (SIC). Tião Viana já preparou a desmama, inclusive de sua esposa que recebe um salário altíssimo sem trabalhar. Nosso partido não precisa de mandatários que tem projetos pessoais e familiares”.
Nesta quinta-feira, após saber pelo Diário Oficial que havia sido exonerado, Eros foi à Câmara Municipal de Rio Branco tentar convencer Railson a fazer oposição à prefeita do PSB, mas ouviu um sonoro “não!”. Railson, eleito nesta sexta-feira, 09, secretário da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores de Rio Branco, não quis se indispor com Socorro e tentou interceder por Eros, mas já era tarde. O dirigente havia dado declarações indigestas demais contra a mandatária por meio da imprensa, o que acabou impedido qualquer possibilidade de apaziguamento nas relações entre ele e a mandatária.