Não teria lógica os novos deputados federais e senadores acreanos, a grande maioria de oposição, não colocarem recursos de emendas parlamentares para a prefeitura de Rio Branco. Afinal de contas a Capital tem mais de 50% do eleitorado do Estado e seria um “tiro no pé” uma eventual à gestão de Socorro Neri (PSB) por ainda fazer parte da FPA. Se isso acontecesse a maior prejudicada seria a população do município. Mesmo o novo governador eleito Gladson Cameli (PP) já declarou em várias entrevistas que fará parcerias com a prefeitura. Esse dias, o senador Sérgio Petecão (PSD), que coordena a bancada, anunciou a liberação de recursos na ordem de R$ 3,5 milhões para serem investidos em pavimentação e drenagem em Rio Branco. Aliás, Petecão sempre ajudou o ex-gestor Marcus Alexandre (PT) liberando emendas mesmo sendo seu adversário político. Tampouco acredito que a prefeita não irá reconhecer e dar publicidade àqueles que ajudarem na sua gestão. É uma questão republicana em que cada representante popular cumpre o seu papel. Quando chegar a hora das eleições cada um que procure o seu palanque e fim de papo.
Samba de uma nota só
Apenas a deputado federal eleita Perpétua Almeida (PC do B) é 100% FPA. Não acredito que os outros que conseguiram as suas vagas na Câmara Federal como aliados do PT, Jesus Sérgio (PDT) e Manoel Marcos (PRB), permaneçam fiéis. “Rei morto, rei posto”, a fila anda e certamente cada um vai procurar o que for melhor para a sua carreira política.
Traquinagem
Agora, acredito que a reforma administrativa que a prefeita da Capital está fazendo ainda vai gerar muita gritaria. Tem uns “meninos traquinas” que ocupam cargos relevantes que deveriam ser exonerados com urgência para o bem dos cofres públicos.
Faca e o queijo
Socorro Neri tem tudo para chegar em 2020 como forte candidata à reeleição. Se realmente desejar permanecer a frente da prefeitura. Um forte aliado seu do PSB comentou outro dia comigo que se ela ficar refém da “fome petista” por cargos estará liquidada. Ele me disse que iria aconselhá-la a fazer uma “limpa” na gestão dos “donos da verdade”.
Imprensado
A prefeita de Rio Branco terá dois anti-petistas nos executivos estadual e federal, Gladson Cameli e Jair Bolsonaro (PSL). Além de uma bancada federal quase toda de oposição. Portanto, será testada nas suas habilidades políticas para viabilizar recursos e fazer uma boa gestão.
Conduta correta
Socorro Neri fez campanha política, em 2018, como cidadã, mas não colocou a “máquina da prefeitura” a favor de nenhuma candidatura. Isso contará muito a seu favor no seguimento do trabalho. Aliás, ouvi muita gritaria de petistas durante a campanha por esse seu posicionamento.
Livre, leve e solta
Outra lenda urbana. Socorro Neri não deve nada a ninguém por se tornar prefeita. Afinal a política é um jogo em que se usa e se é usado. Se a indicaram para ser vice em 2016 é porque seu nome era relevante para vencer a eleição. A conta está paga. Portanto, poderá tomar as suas decisões com liberdade dentro daquilo que prega a Constituição sem “grilos” de consciência.
Presente de grego
Na sua primeira gestão Marcus Alexandre foi bem avaliado pela população. Mas mesmo com o Governo do Estado petista não tendo mais a simpatia popular se manteve fiel a Tião Viana (PT). Depois de reeleito Marcus se tornou um político como qualquer outro. Passou a pensar em eleições e não deu a atenção devida aos problemas da Capital. Resultado, perdeu para Gladson Cameli na disputa ao Governo dentro do município que administrou mesmo o seu marketing dizendo ser ele tão “presente”.
Gente esperta
Tem uma personagem que se fartou em cargos no atual Governo do PT sendo, inclusive, uma das queridas do atual gestor. Segundo uma fonte, a fulana se articula com unhas e dentes para conseguir emplacar o comando de uma
importante autarquia nacional, mas que terá indicação do novo governador.
Planos de contingência
Não acreditem que quem passou oito anos recebendo polpudos salários como secretários ou assessores especiais estejam preocupados com as mudanças no Estado. Estão rindo à toa do tamanho do “abacaxi” que ficou para a nova gestão de Gladson Cameli. Ainda mais aqueles que fizeram “planos de contingência”.
Fim de festa
A exoneração por parte da prefeita Socorro Neri do presidente do Podemos sinaliza um novo tempo nas gestões públicas acreanas. A maioria dos dirigentes de partidos “nanicos” se acham a última bolacha do pacote. Como ficou provado, em 2018, são as boas gestões que vencem as eleições e não apoios políticos de quem não tem votos.
Coerente
Outro dia conversei com o deputado estadual reeleito Nicolau Jr. (PP) sobre a briga política em Cruzeiro do Sul. Ele me disse: “Estávamos todos juntos no palanque do Ilderlei Cordeiro (PP), em 2016, eu, o Gladson, o Vagner Sales
(MDB). Então a responsabilidade é de todos. Entendo que essa briga não interessa a ninguém e poderá trazer prejuízos para a população do município.”
Fio da navalha
Essa disputa entre os grupos de Vagner e Ilderlei é uma “bomba relógio” para o governador eleito Gladson Cameli. Em algum momento ele terá que se posicionar para um ou outro lado. E não será uma decisão fácil. Ilderlei é o atual prefeito do seu partido e amigo de infância. Vagner é seu primo e tem a filha Jéssica Sales (MDB) deputada federal e a esposa Antônia Sales (MDB) na ALEAC. O melhor caminho será o Gladson gastar munição para tentar reestabelecer a paz entre todos. A antecipação das eleições municipais poderá trazer muitos prejuízos políticos para os envolvidos. Inclusive, atrapalhar as futuras ações governamentais direcionadas para Cruzeiro do Sul. O melhor seria os ânimos se acalmarem e todos esperarem o “carnaval chegar”, no caso, as eleições de 2020. Mas no horizonte do município só tenho visto sinais de fumaça de guerra.
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