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Cacifada por uma montanha de votos

Estava em todas as contabilidades das previsões de campanha que, ela seria uma forte candidata a deputada estadual. Mas não estava nas mesmas contabilidades que uma candidata do interior, com base eleitoral em Sena Madureira, Meire Serafim (MDB), terminasse a disputa como uma campeã de votos, passando do teto de 10 mil votos. A mais votada da última disputa eleitoral. Foi uma campanha que quebrou todos os paradigmas. Seu marido, o prefeito Mazinho Serafim (MDB), que fez toda a engenharia política de alianças que a elegeu com a espetacular votação, mostrou-e conhecedor do xadrez dos bastidores políticos. Meire acumulou mais surpresas ao ser a mais votada para deputada em Senador Guiomard. Meire Serafim (MDB) chega para compor a nova legislatura como um exemplo ás mulheres que tanto reclamam por mais espaço no parlamento: quem não vai à luta não consegue mandato. É óbvio. E ela foi á luta. O casal Serafim fecha o ano em alta: com a deputada mais votada do Acre e ter dado ao Gladson Cameli uma votação ao governo recorde em Sena Madureira.


FINAL MELANCÓLICO
Quem diria que veria em curto espaço de tempo uma base parlamentar forte e coesa, completamente esfacelada. Refiro-me à base de apoio do governador na Assembléia Legislativa. Ex-aliados tratando-o com desdém e evitando votar as matérias de interesse do Executivo e do governador, como a sua prestação de contas. É um final político melancólico.


RETRATO FIEL
A frase dita ontem por um deputado da FPA que perdeu a eleição refletiu bem o grau de descontentamento, entre ex-aliados do governador: “é o troco a quem nos abandonou”.


VALE QUEM TEM MANDATO
Virou uma guerra cômica nas redes sociais entre aliados da coligação do governador Gladson Cameli e do grupo do Coronel Ulisses Araújo (PSL), para ver quem é mais próximo do Jair Bolsonaro. No Jogo do Bicho, vale o que está escrito. Em Brasília, vale quem tem mandato.


TUDO MUITO SIMPLES
E não se exige ter um QI elevado para entender a equação. O futuro presidente Jair Bolsonaro vai precisar de votos no Senado e Câmara Federal para aprovar seus projetos. Sem uma base parlamentar forte, não poderá viabilizar as medidas que precisam de votos. Entenderam?


NÃO QUERIA ESTAR NA PELE
Não queria estar na pele do atual governador. Deixará o poder em baixa popular e pisoteado por aqueles que ficaram oito anos em cargos comissionados e agora foram demitidos. O que tenha encontrado de ex-comissionados amargurados e xingando o governador, beira o surreal.


É HIPOCRISIA
Minha tese é esta: quem até ontem recebia como cargo comissionado e foi balançador de bandeira do PT nas campanhas dos últimos oito anos do atual governo, não acolho suas denúncias. É hipocrisia! Só denunciam agora porque perderam a mamata do peito gorda?


FOICE NO SEGUNDO ESCALÃO
A foice começou também a cortar as cabeças dos subsecretários e diretores de estatais. A informação que tenho é que o governador quer chegar em dezembro com apenas os secretários e os ordenadores de despesas. Gratificações e outros comissionados rodam todos.


SAÚDE FISCAL?
E ainda tem gente que abre a boca para brincar com a inteligência alheia de que o Acre goza de uma boa saúde fiscal. Será que essa turma acha que está em Marte ou na Lua?


NUNCA ME SENTI CENSURADO
Não faço parte dos que ficam na fila de gargarejo e incensando o governador, na base do amém e sim senhor. Ao contrário, sempre me situei entre os críticos duros do seu fraco segundo mandato. Dizendo o que sinto e assinando. Mas em nenhum momento tentou me censurar. Registro esta sua atitude como positiva. Cada um ficou no seu quadrado.


PORTA É A SERVENTIA DA CASA
Mesmo se tentasse exercer influência para me censurar em um dos órgãos em que posto a coluna, não iria aceitar entrar no seu time de bajuladores. A porta seria a serventia da casa.


COMPLICOU PARA O JURUNA
A defesa do vereador José Carlos (PHS), o “Juruna”, joga tudo em um recurso especial para evitar a sua prisão. É que com a decisão do STF de derrubar a Liminar que o mantinha em liberdade, sua situação ficou delicada. Juruna tem uma condenação no TJ por vários delitos.


É PRIORIDADE?
Respondam rápido: o governo com tantos problemas a resolver nas áreas da segurança e da saúde seria prioridade pagar 30 mil reais mensais de aluguel da casa do Chico Mendes? Não acredito que o governador eleito Gladson Cameli vá continuar efetuando este injustificável pagamento num Estado pobre como o Acre.


LIVRE PARA ESCOLHA
O senador eleito Márcio Bittar (MDB) tem dito que se depender dele o futuro governador Gladson Cameli terá liberdade completa para escolher seu secretariado. Acha que a grande votação que o Cameli obteve lhe permite compor sem pressão a sua equipe de auxiliares.


PENSAMENTO DIFERENTE
A direção do MDB tem pensamento diferente e tem engatilhado vários nomes que pretende apresentar para a equipe de secretários, sob argumento de ser o maior partido da coligação.


CIDADE DOS BURACOS
O deputado Jesus Sérgio (PDT) usa da ironia quando se refere à cidade de Tarauacá, dizendo que não adianta caminhar, andar de bicicleta ou de carro porque acaba caindo num buraco. A prefeita Marilete Serafim precisar olhar com carinho para a sua gestão, com grande reprovação.


FANTASMAS QUE ASSOMBRAM
Não só as ruas de Tarauacá se encontram ao abandono. O Polo Moveleiro cantado em prosa e verso e no mesmo diapasão a Fábrica de Compensado viraram obras fantasmas, não funcionam e estão depredadas. Quem pagará por isso? Pergunta o deputado Jesus Sérgio (PDT). Vai para perdas e danos, meu caro Jesus Sérgio?


TROCO REDONDO
O presidente da Assembléia Legislativa, deputado Ney Amorim (PT), tem dado o troco com juros e correção monetária ao que sofreu de perseguição na campanha ao Senado do governador, simplesmente, não colocando em votação as matérias de interesse do governo.


FORA DA PAUTA
O governo teve que retirar da ALEAC aquele projeto maluco beleza que concedia segurança por 3 anos a ex-governadores, porque o presidente Ney Amorim (PT) recusou-se a colocar em pauta. O projeto trazia embutida uma mordomia com forte grau de antipatia popular.


SERÁ DIVERTINDO
Já dá para se antever que será divertida a escolha dos secretários do governo Gladson Cameli. É pouco pirão para muita boca gulosa. Tem dirigente com lista de nomes de afilhados. E se haver mesmo o corte linear no número de secretarias é que haverá choro e ranger de dentes.


DEPOIS SÃO AS COBRANÇAS
É natural que nos primeiros cem dias de governo não será sério se fazer cobranças de mudanças profundas e na solução de velhos problemas. Mas após este prazo dará para saber qual secretário assumiu com idéias inovadoras e práticas ou se veio para capinar sentado.


SIMPATIA GERAL
A deputada Juliana Rodrigues (PRB) é a simpatia geral no tratamento das pessoas e muito querida pela educação com que lida com a imprensa, sempre bem, mesmo nas críticas.


MORRERAM ABRAÇADOS
O deputado Raimundinho da Saúde (PRB) sempre foi a voz dos sindicatos no parlamento. O Sindicato da Saúde deveria ter centrado apoio na sua reeleição. Foi dividir os votos com outro candidato na ilação que fariam dois e acabaram morrendo abraçados. Nem mel e nem cabaça.


POEIRA SENTAR
O PT ainda não se reuniu para fazer uma avaliação da derrota fragorosa que sofreu no Estado, na última eleição. Quando o fizer tem que olhar, principalmente, para dentro dos seus muros.


SOMATÓRIO DE ERROS
A derrota do PT foi um somatório de erros, sendo um dos principais a arrogância do poder.


SUMIU DO PLENÁRIO
Quem sumiu do plenário foi o deputado Lourival Marques (PT). Fizeram ouvidos de mouco na direção do PT, quando alertou que a coligação com o PCdoB prejudicaria os deputados petistas e beneficiaria os comunistas. Dito e feito. O PT perdeu dois deputados e o PCdoB ganhou dois.


AULA DE ESPERTEZA
Quem deu uma aula de esperteza no episódio da coligação PT-PCdoB foi o dirigente e deputado eleito Edvaldo Magalhães (PCdoB). Ameaçou um racha se não saísse a coligação, o PT se borrou e aceitou. O PCdoB rachasse ou não rachasse o Marcus Alexandre (PT) perderia. Como perdeu mesmo com o PCdoB na campanha.


OUTRO ERRO DE AMADOR
O outro erro amador do PT foi não formar uma chapa completa para deputado federal. Não formaram na arrogância que seus candidatos iam estourar de votos, não aconteceu e perderam as três vagas de deputado federal que o PT tinha na bancada acreana.


LUTA JUSTA, MAS COM SÉRIOS ENTRAVES
Funcionários da ELETROACRE estavam ontem na Assembléia Legislativa tentando emplacar um projeto de emenda constitucional que garantisse a transposição da União para os quadros do Estado, preocupados com a privatização da empresa. Qualquer luta para garantir o sustento da família é justa. Também lutaria. Mas esta PEC é difícil de ser emplacada. Foi o que ouvi ontem de um advogado trabalhista e de um ex-desembargador consultados. A ALEAC não pode apresentar projetos que gerem despesa ao Executivo, a transposição em tela não é permitida em lei, e se aprovado na tora e na base do cunho político, ainda assim o atual governador não poderia fazer o aporte de novos funcionários e tampouco o futuro governador, porque o Estado se encontra no teto da Lei de Responsabilidade Fiscal. E se fizessem qualquer incorporação, uma Ação Direta de Inconstitucionalidade derrubaria a PEC se aprovada for. Volto dizer: justa a luta. Mas não vejo caminhos jurídicos para a sua aprovação e sanção.


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