Ícone do site ac24horas.com – Notícias do Acre

Socorro Neri defende que despesas do município sejam discutidas

Em sua fala, na abertura do Encontro Conexões Municipalistas, promovido pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) em parceria com a Associação dos Municípios do Acre (AMAC), a prefeita de Rio Branco, Socorro Neri, pediu que a questão seja discutida no ambiente da legalidade mas também do bom senso, uma vez que desde a Constituição de 1988 os municípios vêm sendo impelidos a assumir responsabilidades com programas criados pelo Governo Federal e que envolvem despesas com pessoal, o que compromete o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF. O encontro é realizado no auditório da FAAO e a programação se estende até a quarta-feira, 7.


Atualmente, de acordo com a AMAC, 15 cidades acreanas, ultrapassaram o limite da LRF com pessoal, o que torna as prefeituras inadimplentes junto ao governo federal e inviabiliza repasses da União.



A prefeitura de Rio Branco, que tem 44 % da receita comprometida com pagamento, está fora da lista das cidades acreanas que têm problemas com a Lei de Responsabilidade Fiscal – RFL, mas a prefeita Socorro Neri, é solidária com os prefeitos que estão com dificuldades para cumprir a RLF. “Queremos soluções para este problema, dentro da legalidade, e com bom senso dos órgãos de fiscalização, como o Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado do Acre. Outros estados já encontram solução e nós queremos que aqui no Acre também haja essa possibilidade para que as prefeituras possam continuar com os serviços essenciais e atender aos munícipes”, declarou a prefeita.



A presidente da AMAC, Marilete Vitorino, informa que na Bahia, o Tribunal de Contas do Estado, atendeu a pleito dos prefeitos de não incluir na folha de pagamento o pessoal dos programas federais. “Para que isso seja viável aqui no Acre, vamos precisar de apoio da bancada federal e também da população, como ocorreu na Bahia. Acreditamos que esse encontro será o início dessa luta e acho que também poderemos ter sucesso como aconteceu na Bahia”, ponderou.



Valmir Ribeiro, presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), explicou aos prefeitos, que não é intenção da instituição atrapalhar o trabalho das prefeituras, lembrou que é preciso obedecer a Lei de Responsabilidade Fiscal. O presidente ressaltou que “é necessário que haja, uma decisão conjunta, em nível nacional, para que os órgãos de fiscalização tenham um novo embasamento e possam adotar novos procedimentos, de forma a atender os pleitos das prefeituras”. O conselheiro do TCE Antônio Malheiros e o procurador geral do MPAC em exercício, Sammy Barbosa também participaram do primeiro dia do evento.



Em sua palestra, o consultor da Confederação Nacional dos Município, Eduardo Stranz, esclareceu que o pleito em relação ao pessoal dos programas federais, das folhas de pagamentos dos municípios, é nacional. “Viemos aqui para explicar o que houve na Bahia e outros estados, onde os Tribunais de Conta tiveram esse entendimento, que esperamos, possa ocorrer aqui”.


Sair da versão mobile