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Nil Figueiredo e André Vinício continuam presos na Papudinha após operação da Policia Federal

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Da redação ac24horas

Continuam presos na Unidade Prisional 4 (UP-4), a Papudinha, em Rio Branco, o ex-diretor-presidente do Instituto de Terras do Acre (Iteracre) Nil Figueiredo, e o servidor público André Venício de Assis, braço direito do ex-gestor, presos no âmbito da Operação Democracia, deflagrada no dia 19 de outubro, pela Polícia, Federal.


A prisão, que já se aproxima dos primeiros 20 dias, não tem data para ser revogada, uma vez que é preventiva e visa impedir que Nil e André atrapalhem as investigações da Polícia Federal, que descobriu um esquema de compra de votos e desvio de recursos públicos frutos que eram enviados pela união ao Iteracre e estavam sendo utilizados para a campanha de Nil.


Além de Nil e André, outros seis investigados, cujos nomes não foram divulgados, também foram presos, mas só permaneceram atrás das grades por sete dias, visto que o mandado contra o grupo era de prisão provisória, apenas para que novas informações fossem colhidas sem a interferência de externos.


Nil Figueiredo, um dos secretários mais influentes do governo de Sebastião Viana, foi candidato a deputado estadual nas últimas eleições. O grupo, que estava sendo monitorado pelos investigadores há pelo menos 20 dias, foram gravados combinando estratégias para manter o esquema e eleger, usando da estrutura pública, o então candidato.


Em uma ligação grampeada entre Nil e um dos cabos eleitorais de campanha, cujo nome não foi divulgado ainda pela Polícia, o diretor do Iteracre, avisado sobre a compra do voto, chega a comemorar e determina que a jogada para angariar votos continue. O petista sequer repreende o cabo eleitoral que está assumindo um crime.


“Eu ajeitei ali pro cara ajeitar 10”, diz o cabo eleitoral de Nil, que responde em seguida: “Ah, maravilha, ótimo. Manda bala, manda bala! Tem que ganhar, não pode perder não, meu irmão. Tu é doido, é?”, completa a conversa, ao ser interrompido pelo cabo: “Aí eu deixei… já deixei o dinheiro pro cara, já. O menino lá, o meu irmão”, finaliza.


Segundo o delegado Eduardo Maneta, os investigados “estavam reunidos com divisões de tarefas para cometerem vários crimes durante o período eleitoral. Nos constatamos que o gasto de combustível do Iteracre, somente no mês de setembro, foi superior ao gasto de todo o ano de 2017, comprovando os indícios que nós tínhamos de que o combustível estava sendo desviado para a campanha”, diz.


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