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Não pode ficar na mesmice

Por
Luis Carlos Moreira Jorge

O prefeito de Cruzeiro do Sul, Ilderlei Cordeiro (foto), acerta ao não ficar só na dependência desgastante dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios ao buscar novos caminhos para injetar recursos na economia regional, desafogando o poder público, para gerar emprego e renda na iniciativa privada. Cito as parcerias que está firmando para que as essências regionais sejam aproveitadas como matéria prima no ramo dos cosméticos. É o caso da visita ao município de um neto do ex-presidente da África do Sul, Nelson Madela, que procura aromas da Amazônia para servir de essência na sua linha de perfumes. O prefeito que não procurar diversificar a economia do seu município fora da esfera pública ficará eternamente na mesmice de pagar a folha de pagamento, sem ter como ofertar empregos na prefeitura. E não conseguirá desenvolver seu município. Ser bom gestor não é só pagar o servidor em dias.


O QUE FAZIA O VIGÁRIO?
O que fazia o demitido Padre Luigi Ceppi na secretaria de Meio Ambiente? Foi a pergunta que me fizeram ontem. Vou arriscar: Aspone para assuntos espirituais. Era mais um apadrinhado.


LAMENTOS DE UM ESCRIBA
Um dos jornalistas oficiais que o governador meteu a foice reclamava ontem para um deputado que, não tiveram a consideração de lhe avisar que seria demitido. Cá comigo: se não avisaram o Badate, um petista dos tempos de vender camisa na praça, iam avisar o noviço?


É COMO NUVEM
O que a turma que ocupava cargos de confiança do governo pensava era ser o poder eterno.


NOME PARA DISCUSSÃO
“Uso seu bem acessado espaço para dizer ao deputado federal Major Rocha que, como vice-governador ele não terá o poder de nomear o Roberto Duarte candidato a prefeito da capital. Tem de haver debate. O Alan Rick não pode ficar fora de qualquer discussão”. Feito o registro.


PRATO QUE SE COME FRIO
O deputado Ney Amorim (PT) passou da banda podre na campanha ao Senado nas mãos do governador, foi perseguido até ao máximo. Pois bem, está em suas mãos a aprovação de um projeto que tem a antipatia popular, de garantir seguranças pagos pelo Estado para após o atual governante deixar o poder. Diz o milenar ditado: – vingança é um prato que se come frio.


EM SINTONIA COM O POVO
No momento em que a matéria não conseguiu andar nem na Comissão de Constituição e Justiça, o presidente da ALEAC, Ney Amorim (PT), entra em sintonia com o povo quando promete que não colocará o projeto em pauta para ser votado. Lembrar que, tem um caminho político pela frente e não pode se queimar beneficiando seu principal algoz da campanha.


REFAZENDO ENTENDIMENTO
Num primeiro momento cheguei a ver como normal o projeto. Cheguei a comentar isso na minha coluna no jornal OPINIÃO, mas depois de analisar com calma, ao me lembrar que o atual governador terá a partir de janeiro a pensão de ex-governador, pode muito bem contratar seguranças particulares. Mesmo porque a partir de janeiro será um cidadão comum.


NENHUM DELES TEVE
Ainda porque nenhum dos ex-governadores teve este mordomia pública que o atual pretende ter. O seu mandato termina em dezembro. Será mais um na multidão. Se o poder não é eterno, também, não são eternas as mordomias do cargo. Não creio que projeto passe.


UMA PROPOSTA PRAGMÁTICA
O futuro vice-governador Major Rocha tem uma proposta pragmática para não deixar o quartel desfalcado de muitos PMs na ativa, que poderiam estar nas ruas. A convocação de policiais militares aposentados para exercer a função de seguranças de chefes de poderes.


SECRETARIA É A CARA DA GESTÃO
Conversando ontem com amigos políticos experientes a tônica foi o secretariado do futuro governador Gladson Cameli. A opinião foi unânime de que, pelo perfil dos escolhidos dará para se ter uma idéia de como se comportará o governo. Se vier com medalhões políticos afunda.


VOTO EM BLOCO
A cúpula do MDB se reuniu e decidiu que, os seus três deputados vão votar em bloco na escolha da nova mesa diretora da Assembléia Legislativa. Esta é um tipo de eleição que se decide nos bastidores e sempre pouco antes da votação, que deve ocorrer em fevereiro.


NOME DE CONSENSO
A eleição da ALEAC, como foram todas as outras, deve passar pelo crivo de quem está no governo, no  caso agora o Gladson Cameli, que já terá assumido o mandato. A boa escolha é essencial para os tramites das matérias que enviar á votação. É imprescindível que este presidente seja alguém com habilidade política.


PAREM COM ESTA BESTEIRA
Senhores do PT e PCdoB, vamos parar com esta besteira de ficarem computando na eleição para a presidência da ALEAC, os votos dos deputados da FPA. Acordem! A FPA acabou na última eleição. A tendência dos eleitos fora do PT e PCdoB é se acomodarem no poder.


FORA DO MERCADO
A centena de jornalistas que estão sendo demitidos de assessorias do governo terá problema para se colocar no mercado. Os jornais estão com tetos esgotados. As redes de televisões também. Rádios, nem se fala. E o sistema público de comunicação será extremamente enxuto.


TESE QUE CIRCULA
Não há nada oficial neste sentido, mas o que se ouve sobre a TV-ALDEIA é que, não funcionaria mais com programação local, sob o argumento que a audiência é um traço.


ELEIÇÃO EXPLICADA
É explicado porque uma eleição atrás da outra a deputada Maria Antonia (PROS) se reelege com boa votação: junto com o marido Francisco Deda, faz política os quatro anos de mandato.


VOLTA AO PROTAGONISMO
Uma das mais importantes figuras da oposição me disse ontem que, o ex-prefeito de Brasiléia, Aldemir Lopes, voltará a ser o principal protagonista da oposição no município. Aldemir, além de ser da executiva do MDB, é aliado número um do senador eleito Márcio Bittar ((MDB).


CORRERIA DOS COLEGAS
Ontem, estava uma correria de colegas atrás de vagas nos órgãos de comunicação, após as ondas de demissões promovidas pelo governo. É rescaldo da derrota do PT, da qual não tiveram culpa. Alguns tinham virado militantes do PT, mas a maioria exerceu a sua profissão com dignidade.


NOME CONFIRMADO
A coluna já tinha confirmado de que o engenheiro Thiago Caetano, ocupará a pasta do setor de obras no futuro governo, que englobará o DERACRE. O nome foi confirmado pelo Gladson Cameli a deputados. O que se espera dele é que seja apenas profissional e não cabo-eleitoral.


NADA DEFINIDO
Ainda não foi definido quem será o líder do futuro governo na Assembléia Legislativa. Não conheço no parlamento uma função mais espinhosa e desgastante do que a de líder do poder.


A ARROGANCIA IMPEDIU
O Jair Bolsonaro (PSL) só é hoje presidente graças a arrogância dos aloprados do PT. Continuavam achando que elegeriam um poste para a presidência. Tivessem se unido em torno do Ciro Gomes, este teria grande chance de vitória. Era o único que aparecia nas pesquisas batendo o Bolsonaro. Não adianta agora ficarem se esgoelando pela derrota.


MÉRITOS NA MESA
Um nome que aparece com simpatia nas diversas costuras para a primeira secretaria da mesa diretora da ALEAC, é o do deputado Luiz Gonzaga (PSDB). Gonzaguinha foi um dos baluartes da oposição na tribuna nos embates com parlamentares do PT. E tem qualificação profissional.


CHOQUE DE GESTÃO
O futuro governador Gladson Cameli terá na indicação do secretário de Saúde o seu terreno mais escorregadio. A Saúde é o calcanhar de Aquiles em qualquer governo. Tem que ser alguém da área e que possa dar um choque de gestão no sistema. A escolha não pode ser de um amigo, ou para atender pedido familiar, tem de ser alguém que dê um choque de gestão.


AVANÇOS, MAS PECOU NO BÁSICO
Não se pode deixar de reconhecer que aconteceram avanços na Saúde na administração que entregará o poder em dezembro. Mas problemas básicos como cirurgias marcadas para um longo prazo, falta de médicos, fila de consultas, demora nos exames, não foram solucionados.


E OS DOZE ANOS
O Jair Bolsonaro (PSL) nem assumiu a presidência e já pipocam cobranças pelas lideranças nacionais do PT. Cacete! Tiveram dois mandatos do Lula, mais de um da Dilma, por qual razão não resolveram os problemas que estão cobrando? Não se avalia o que nem começou.


ABAIXO DO ESPERADO
Pelo volume da sua campanha – ele esperava ser disparado o mais votado da última eleição – o deputado Manoel Moraes (PSAB) se elegeu com bem menos votos do que aguardava. Some-se a isso o fim do sonho de ser presidente da ALEAC, com a derrota do Marcus Alexandre (PT).


SITUAÇÃO DE PENÚRIA
Os prefeitos aliados não esperem que com a posse do Gladson Cameli no governo passem a viver um mar de bonança. Mesmo que queira ajudar com convênios, a situação financeira não vai permitir. Terá que passar o primeiro ano fazendo todo tipo de arrocho nos gastos públicos.


NÃO EXISTE MILAGRE
Dinheiro não nasce em árvores e não há milagre fiscal a ser feito. Este é o quadro futuro real.


TURMA DA BANDEIRA
Os mais de 200 demitidos pelo governador nesta leva publicada no Diário Oficial são os mesmos que estavam nas passeatas nos bairros, balançando bandeira, e engajados na campanha do Marcus Alexandre (PT) ao governo. Para não perder os empregos, claro!


JOGADO NA FOGUEIRA
Um dirigente partidário contou ontem num papo que, do meio para o fim da campanha, teve pena do Marcus Alexandre (PT). Foi jogado na fogueira, liso, e só com a cara e a coragem, disse. O Marcus também avaliou mal, ao pensar que repetiria a votação da sua reeleição, na capital.


COMO SEMPRE DEVE SER FEITO
A prefeita Socorro Neri agiu como deve ser feito na administração pública. Ao receber a denúncia que um diretor da EMURB praticou um ato ilegal o afastou para que tenha o amplo direito de defesa.


NOVOS TEMPOS
O Gladson Cameli foi eleito numa onda da moralização pública. De repúdio do eleitor a um governo que pregou novas práticas, mas adotou as velhas práticas para governar, aparelhando o Estado e inchando a máquina pública de afilhados políticos e protegidos. Muitos dirigentes partidários terão que se acostumar aos novos tempos. Acabou a era de entupirem a máquina estatal de afilhados recebendo sem trabalhar. Os que ganharam a eleição têm que botar na cabeça que, ou fazem uma administração moderna, com o tamanho do Estado reduzido, abrindo a economia do Acre e diversificando, por exemplo, para o agronegócio, ou terão um governo de um único mandato. A partir de janeiro passarão a ser vidraça sujeita a pedradas.


 


     


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Luis Carlos Moreira Jorge

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