A situação financeira do governo do Acre pode ser pior do que o governador Sebastião Viana, do PT, vem apresentando em suas entrevistas. O Estado estaria acumulando uma dívida de R$ 10 milhões com empresas que prestam serviços de mão de obra terceirizada e cinco mil trabalhadores podem ficar desempregados até o final do ano. As informações são de Fagner Calegário, Porta-Voz do Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação do Acre (Seac).
Segundo Calegário, os contratos de empresas terceirizadas com o governo estariam sendo rompidos sem um aviso prévio para que os empresários se preparem para pagar os direitos dos trabalhadores. Ele cita como exemplo o que aconteceu no Departamento de Trânsito do Acre (Detran) que comunicou o rompimento do contrato e solicitou o desligamento imediato dos prestadores de serviço. “O Natal poderá ser triste para muita gente”, diz o empresário.
O temor dos empresários de empresas que prestam serviços terceirizados para o governo do Acre é que a atual administração saia deixando um débito superior a R$ 10 milhões. “O governo pode quebrar até um final do ano – no mínimo – cinco empresas. Essas empresas não tiveram tempo para se organizaram e podem fechar as portas nessa virada de governo devendo os trabalhadores, direitos trabalhistas e os empréstimos que contraíram para pagar salários”.
Fagner Calegário destaca que algumas empresas ainda estariam contraindo empréstimos para honrar os compromissos com os trabalhadores, na esperança de receberem os repasses atrasados pelo governo. “Outras que não têm mais condições estão com os salários atrasados. Os empresários poderão amargar os prejuízos dos empréstimo com a falta de pagamento dos repasses acumulados. Os juros estão comendo qualquer margem de lucro”, ressalta.
O Porta-Voz afirma que a administração estadual não tem se pronunciado sobre a questão do atraso dos repasses. “A gente tem tentado conversa, mas o governo não abre as portas. Eu procurei o deputado Daniel Zen, que é o líder do governo, para que ele pudesse abrir o diálogo com a equipe econômica do governo, mas até o momento não recebemos nenhum retorno. Todo os setor está apreensivo com esta situação que é delicada paras as empresas e para os trabalhadores”.
Calegário acrescenta que “o governo vem demitindo todo mundo sem um planejamento, sem convidar os representantes das empresas para discutir a situação dos trabalhadores. Os gestores não levam em conta que a empresa tem gastos para se manter funcionando. Eles deveriam avisar o rompimento do contrato 30 dias antes, mas não pensam assim, as empresas que se virem e cumpram suas obrigações sem que o governo repasse os recursos” , finaliza.
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