O governador eleito Gladson Cameli (foto) tem se conduzido nesta transição que antecede a sua posse em janeiro, como se fosse o Dalai-Lama (figura espiritual maior do budismo tibetano), cantando mantras de paz, amor e boa convivência com os petistas, como se estes fossem inocentes e pacíficos monges. Nem o Cameli é o Dalai-Lama e nem estamos em um mosteiro do Tibet. Estamos no Acre. Imagino, pelas suas posturas, que o futuro governador pensa que com os salamaleques que está fazendo terá vida mansa com o PT na oposição. Esqueça isso. O PT pode não ser um exemplo na administração pública, mas é extremamente competente em fazer oposição. O Gladson conhece o PT do poder. Não conhece o PT da oposição. Seu falecido tio Orleir Cameli sentiu na pele. Acompanhei na cobertura política. Quando vejo o atual governador declarar à imprensa que está deixando “em caixa” 1,3BI para a próxima gestão e ninguém da atual oposição contesta de forma oficial, é risível. O silêncio é uma concordância tácita de que é isso mesmo. Na opinião pública a imagem fixada que fica é que, o novo governador vai abrir a gaveta da sua escrivaninha e lá estarão ao dispor 1,3BI para investimentos. Claro, ninguém contestou! O montante, se este é o valor mesmo, deve ser de convênios e empréstimos, para cujas liberações exigem uma contrapartida do Estado. E o Estado não tem. Tanto é que está cortando as horas extras do Banco de Horas da PM, cancelou os Jogos escolares, promove demissões e etc, para chegar com as contas fechadas em dezembro. O Gladson Cameli vai ver quem é o PT quando sentar na cadeira de governador, na primeira oportunidade, vai querer saber em que ele aplicou o tal dos “1,3BI” que a atual gestão diz que vai deixar. Vá deixando a transição correr ao bel prazer para ver o que é bom para a tosse. O Gladson: repito, não é o Dalai-Lama, o Acre não é o Tibet e tampouco o PT é composto por pacatos monges budistas a cantar mantras de paz. O Acre é um estado conflagrado na política. O tempo é o senhor da razão.
REAÇÃO NO OFICIALATO
Houve uma reação negativa no oficialato da Polícia Militar quando viu o nome do sargento Joelso Dias, do grupo do vice-governador eleito Major Rocha, na equipe de transição do futuro governo. Seriam mandados por um subalterno. Para dissipar dúvidas: poderá integrar a próxima equipe de segurança, mas não como secretário. Em tempo: é um moço qualificado.
PROCURADOR DO MP
Há inclinação para que o próximo secretário de Segurança seja um Procurador do Ministério Público estadual. Seria uma forma de com um nome neutro unir as polícias militar e civil.
UMA SURRA NA MÍDIA
Este clima de que o Brasil se transformará numa ditadura, em que negros, homossexuais, mulheres serão perseguidos, caso o Jair Bolsonaro (PSL) seja eleito presidente, como tudo indica, é na verdade uma reação tosca da mídia nacional, que sempre fez presidentes, e agora está vendo alguém chegar ao poder apenas pela força do povo nas redes sociais. Ponto final.
INTERESSANTE! MUITO INTERESSANTE!
É interessante neste debate político sobre a presidência da República que existem correntes que não assimilaram na prática que estamos numa democracia. Que não só a esquerda pode ter candidatos à presidência, mas também a direita. Que democracia é esta de mão única?
VARREDURA NACIONAL
A varredura política é nacional. Aconteceu no primeiro turno para deputados, senadores e governadores, e está repetindo no segundo turno para presidente. São novos tempos! Em que alguém pode se eleger presidente sem estar atrelado a grupos políticos. É o quadro.
TUDO MUITO SIMPLES
Numa eleição tudo é muito simples: quem não concorda com as idéias de um candidato não vota nele. Quem concorda vota. Ninguém é puxado pelo beiço. Sem essa de que só meu candidato representa o bem e o candidato que não gosto representa a essência do mal.
NÃO ENTREMOS NA RADICALIZAÇÃO
A prisão de dirigentes do ITERACRE por corrupção eleitoral é um fato real. Mas não entremos na radicalização política de que era do conhecimento do governador. É uma seara falsa. Não há nem um dado, indício, de que a cúpula do governo sabia do esquema de compra de votos.
É COM A JUSTIÇA
E se os que foram presos no ITERACRE são culpados ou inocentes, isso é com a justiça
NENHUM SANTO
Nesta questão de Fake News na corrida presidencial não tem santo: grupos que defendem as candidaturas do Fernando Hadad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL) utilizaram do mesmo método.
REMEMBER A MARINA
Mas isso não é novidade. Relembrem a desconstrução moral do PT movida contra a candidatura da Marina pelos grupos ligados à Dilma, na última eleição presidencial.
PRIMA PELO EQUILÍBRIO
Acertada a escolha do advogado José Ribamar Trindade para ser o futuro chefe do Gabinete Civil no governo Gladson Cameli. É uma figura que prima pelo diálogo, atributo essencial para quem ocupa o cargo.
MUITO IMPROVÁVEL
É um nome que perdeu a eleição, mas continua se situando entre as principais lideranças do PT. Mas acho improvável que, o Marcus Alexandre saia candidato à PMRB em 2020. Não teria sentido, já que deixou o mandato pela metade para disputar o governo. Deve ficar para 2022.
CEDO PARA PROJEÇÕES
É cedo para se fazer projeções sobre a eleição para a prefeitura de Rio Branco, em 2020. Tem que se saber primeiro como a prefeita Socorro Neri e o futuro governador Gladson Cameli chegarão ao ano eleitoral, com os seus mandatos avaliados pela população.
EXTREMAMENTE COMPETENTE
A futura oposição na Assembléia Legislativa não dará vida mansa ao próximo governador. Deverá ter como uma de suas principais peças na cobrança o extremamente competente nos debates da tribuna, deputado Daniel Zen (PT). Numa democracia a oposição é algo essencial.
FICA PARA 2022
A deputada Leila Galvão (PT), que não se reelegeu, não disputará nenhuma das prefeituras do Alto Acre, como já se chegou a cogitar. Deverá apoiar a reeleição da prefeita de Brasiléia, Fernanda Hassem (PT), e os candidatos petistas às prefeituras de Assis Brasi, Xapuri e Epitaciolândia.
MENOS POLITICAGEM
As urnas mostraram que querem no Acre, um governo mais técnico, e cujo secretariado não seja escolhido apenas por ser amigo do governador. O que se espera é que a equipe do futuro governante seja formada por técnicos. O modelo de aparelhamento político do estado faliu.
CAMINHO DO INSUCESSO
O loteamento político do estado como forma de governar é um péssimo caminho e sempre deságua no insucesso administrativo. Um secretário pode ser de indicação política, mas o seu principal capital não deve ser o partido e nem o político que o indicou, mas sua competência.
NÃO CAIU NA REAL
O vereador Rodrigo Forneck (PT) defendeu na Câmara Municipal de Rio Branco que a justiça eleitoral detone a candidatura do Jair Bolsonaro (PT), por suposta prática de Fake News. O Rodrigo é um político jovem em início de carreira, vai aprender que eleição também se perde.
ALGUÉM ADVINHA?
Uma pergunta política: qual dos eleitos para deputado federal pela FPA fez lobby junto aos parlamentares da oposição, para a diminuição do valor de repasses de emendas ao IFAC, sob o argumento de ser um “ninho do PT”? Alguém se habilita a responder? E o lobby deu certo.
CHANCE ZERO
A chance do Jair Bolsonaro (PSL) ser o presidente do Brasil é concreta. E de perder o mandato no tapetão por uma prática que não tem seu DNA como mandante, isso é zero. Sonhem.
CANDIDATURA SOLITÁRIA
A candidatura do vereador Emerson Jarude à presidência da Câmara Municipal de Rio Branco é solitária. É muito improvável que saia deste casulo e consiga apoios para se eleger.
CANDIDATURA ORGÂNICA
Não é o vereador Antonio Moraes (PT) o candidato dos dirigentes petistas à presidência da Câmara Municipal de Rio Branco, como se possa imaginar. O nome preferido é o do vereador Rodrigo Forneck (PT), por ser um petista orgânico. O Moraes aceitar isso é outra história.
CARGOS COBIÇADOS
A bancada federal de parlamentares ligados ao futuro governo do estado deverá travar uma batalha, caso se confirme a vitória de Jair Bolsonaro (PSL), com o grupo do Coronel Ulisses Araújo (PSL) pelos cargos federais no Acre. INCRA e DENIT são as cerejas do bolo.
PAGA POR IMPROBIDADE
Não resta saída aos prefeitos do interior que estão com gastos de pessoal acima do limite previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal, ao não ser a demissão de servidores. Ou fazem isso ou não recebem emendas parlamentares e responderão por improbidade administrativa.
MENOS ARROCHO FISCAL
Uma das principais pautas dos empresários para o futuro governador é o fim do arrocho fiscal.
NÃO QUERIA MESMO
Nas rodas políticas em que estou e a conversa versa é sobre a última eleição para o governo acreano, vira unanimidade que, o fator da derrota não foi o candidato Marcus Alexandre (PT), um nome leve e qualificado, mas o sentimento popular que queria tirar o PT do poder.
PEREIRA FARÁ FALTA
Até hoje não sei o motivo pelo qual o ex-deputado Geraldo Pereira (PT) não saiu mais candidato a novo mandato. Num debate como o que será travado pelo PT, no próximo governo, pelo seu conhecimento técnico da máquina estatal, seria uma peça importante.
DEMISSÕES OBRIGADOS
Num município sem grandes oportunidades de emprego como Cruzeiro do Sul é desolador alguém perder o cargo que ocupa na prefeitura. Só que o prefeito Ilderlei Cordeiro, mesmo contra a sua vontade, terá que fazer um corte em centenas de empregos, ou não receberá um centavo de emendas parlamentares e quem vai sofrer é a população como um todo. Não tem outra saída. Estivesse qualquer outro no seu lugar teria que fazer as mesmas demissões.
NOVO PRESIDENTE, NOVAS ESPERANÇAS
No domingo da semana que vai entrar o Brasil terá um novo presidente da República. As pesquisas indicam na direção do Jair Bolsonaro (PSL) ser eleito com uma margem de no mínimo 20 milhões de votos de dianteira sobre o petista Fernando Hadad. E dentro de um contexto que marcará história no marketing político: fez a sua campanha basicamente pelas redes sociais, já que tinha toda a mídia tradicional contra a sua candidatura. As redes sociais assumem a partir de agora nas próximas campanhas políticas como protagonistas para um candidato vencer ou perder uma eleição. Novo presidente, novas esperanças. Com o turbilhão de votos com os quais se elegerá, terá todo cacife para fazer as reformas que o Brasil precisa.