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Gravações comprovam que Nil Figueiredo autorizava compra de votos; escute

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A Operação Democracia, deflagrada nesta sexta-feira, dia 19, pela Polícia Federal, pode revelar aos investigadores mais do que se esperava. As interceptações telefônicas, autorizadas pelo Pode Judiciário do Acre, revelam, sutilmente, como Nil e seus comparsas agiam na tentativa de ganhar as eleições a deputado estadual.


Os áudios foram repassados ao ac24hroas e, em pelo menos três conversas, fica evidente a manobra utilizada pelos investigados para eleger o diretor-presidente do Instituto de Terras do Acre (Iteracre), órgão que foi “saqueado” pela organização criminosas descoberta pela Polícia Federal.

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Em uma ligação grampeada entre Nil e um dos cabos eleitorais de campanha, cujo nome não foi divulgado ainda pela Polícia, o diretor do Iteracre, avisado sobre a compra do voto, chega a comemorar e determina que a jogada para angariar votos continue. O petista sequer repreende o cabo eleitoral que está assumindo um crime.


“Eu ajeitei ali pro cara ajeitar 10”, diz o cabo eleitoral de Nil, que responde em seguida: “Ah, maravilha, ótimo Manda bala, manda bala. Tem que ganhar, não pode perder não, meu irmão. Tu é doido, é?”, completa a conversa, ao ser questionado pelo cabo: “Aí eu deixei… já deixei o dinheiro pro cara, já. O menino lá, o meu irmão”, finaliza.


Na sequência, a polícia também gravou uma das assessoras de Nil conversando com outro cabo eleitoral. Dessa vez, evidencia que o combustível desviado do Iteracre está na casa da mãe dela, e que, por medo de a polícia descobrir o esconderijo do combustível, tudo estava sendo distribuído. A conversa é rápida e bastante clara.


O cabo eleitoral pergunta: “Tá onde?”, e ela responde: “Tô aqui na mãe”. Em seguida ela diz: “Tem que tirar tudo [a gasolina] hoje porque estão com medo”. O homem, irritado, diz que querem “fed**” a campanha de Nil. E completa: “O negócio é não ter adesivo do Nil aí, viu?”, ajusta com a cúmplice.


Segundo o delegado Eduardo Maneta, os investigados “estavam reunidos com divisões de tarefas para cometerem vários crimes durante o período eleitoral. Nos constatamos que o gasto de combustível do Iteracre, somente no mês de setembro, foi superior ao gasto de todo o ano de 2017, comprovando os indícios que nós tínhamos de que o combustível estava sendo desviados para a campanha”, diz.


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A Polícia Federal cumpriu nesta sexta-feira, dia 19, um total de 8 mandados de prisão, 22 mandados de busca e apreensão e 4 mandados de condução coercitiva de testemunhas.


Todas as ordens foram assinadas pela Justiça Eleitoral do Acre. As investigações iniciaram com os indícios de que recursos públicos estavam sendo colocados à disposição da campanha de Nil Figueiredo.


O esquema funcionava com a intenção de obter apoio eleitoral para a campanha do diretor-presidente do Instituto de Terras do Acre (Iteracre) e envolvia o pagamento de diárias a servidores para custeio de viagens que não eram realizadas.


Foi constatado também que, durante o atual período eleitoral, diversas instalações públicas, inclusive uma escola, e vários veículos oficiais do Iteracre foram utilizados para beneficiar a campanha eleitoral do responsável pelo Instituto, que foi candidato a deputado estadual.


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