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Governo cancela Jogos Escolares e frustra sonhos de jovens atletas

Por
João Renato Jácome

A derrota da Frente Popular ultrapassou o cenário político para frustrar o sonho de jovens atletas que estão inscritos nos Jogos Escolares. A “rasteira” dada pelo Governo do Acre foi confirmada nesta quarta-feira, dia 17, através de um ofício endereçado a professores e gestores das unidades escolares da rede pública.


O documento, assinado pela secretária adjunta de Esportes, Shirley Santos, pelo assessor dela, Petronilo Filho [o Pelézinho] e pelo coordenador dos Jogos Escolares, Alan Ferreira, caiu como uma “bomba” entre os profissionais da educação que estavam preparando e incentivando os alunos rumo à vitória nas etapas Regional e Estadual do evento.


Luiz Eduardo, um dos alunos frustrados com a notícia, diz que tem vontade de desistir do esporte e partir apenas para o mercado de trabalho. “Meu professor me disse que eu tenho potencial, mas eu não vou mais ter essa oportunidade, e eu acho melhor deixar para lá e procurar um estágio, que eu ganho mais. O governo aí só brinca com o sonho da gente”, comenta o jovem de 16 anos.


A alegação, ainda sem compreensão por parte dos alunos, atletas e professores, seria o início da transição de governo, que, segundo os gestores do estado, já começou, sendo necessário fazer prestações de contas dos gastos da pasta. Além de informar a suspensão “em caráter definitivo”, os gestores se despedem “com o sentimento de dever cumprido”.


“É o atestado de incompetência, só isso. Esperaram a eleição passar para jogar essa bomba no nosso colo. Já não basta a falta de apoio ao esporte, e ainda temos que conviver com esse cancelamento. Isso vai deixar os nossos alunos, que se preparam o ano todo para as fases dos Jogos, completamente frustrados. É vergonhoso, é ridículo”, avalia um dos professores.


Em junho, durante o lançamento dos Jogos Escolares 2018, o coordenador Alan Ferreira já havia dado sinais de que o estado ficaria de fora da etapa regional que ocorreria em Manaus. Em entrevista à Rede Amazônia, ele citou que um dos motivos seria a “dificuldade logística”, ou, em outras palavras, a falta de dinheiro para levar de ônibus ou avião os quase 200 alunos.


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João Renato Jácome

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