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Mesmo na oposição, Jenilson Leite quer ser o próximo presidente da ALEAC

Por
Nelson Liano Jr.

O deputado estadual reeleito Jenilson Leite (PC do B) está se movimentando intensamente nos bastidores para tentar ser o próximo presidente da ALEAC. O comunista que irá compor a base de oposição ao governador eleito Gladson Cameli (Progressistas) aposta num racha entre deputados aliados ao novo gestor. “Nós somos 11 parlamentares contra 13 que comporão a base do Gladson. Assim se conseguirmos apenas um dissidente poderemos pleitear a presidência da Casa,” afirmou Jenilson. Ele tem planos de fazer mudanças importantes na estrutura do Poder Legislativo para uma maior aproximação à população. No entanto, o sonho do comunista esbarra na maioria. Bastará ao Gladson unir a sua base de apoio para determinar quem será o presidente e também os principais cargos da mesa diretora. Lembrando que o comando da Casa representa gerir um orçamento de quase R$ 200 milhões anuais. O outro cargo na estrutura que é bastante atraente é o de primeiro secretário. Jenilson terá que enfrentar as pretensões do MDB, PP e PSDB para alcançar o seu objetivo que não é nada simples.


Manda quem pode
A tradição é o governador determinar quem será o presidente da ALEAC. Esse posto é fundamental para conseguir aprovar os projetos de interesse do Governo. Mas normalmente essa indicação passa por muitas negociações com os partidos aliados.


Obedece quem tem juízo
Não adianta os partidos se articularem para chegar à presidência da ALEAC se não tiverem o apoio do governador. Por enquanto, Gladson tem a maioria de 13 parlamentares, mas quem duvida que chegará facilmente aos 15 ou 16 quando o jogo começar pra valer? Quem tem a caneta executiva na mão leva vantagem enorme.


Guerra interna
Se os partidos aliados ao Gladson tiverem juízo não farão da disputa pela presidência da ALEAC uma “guerra fraticida”. Isso só prejudicaria o andamento do próximo Governo. Depois de vencerem as eleições sem “brigas” e “unidos” espatifar o “ninho da pata” não seria inteligente.


Surpreendente
O deputado estadual Jesus Sérgio (PDT) subiu mais um degrau na sua carreira política. Eleito deputado federal, Jesus pode se gabar de ser uma forte liderança política de Tarauacá e Jordão. Ele se elegeu seguidamente vereador, deputado estadual e federal. Uma ascensão meteórica que poucos acreditavam.


Equivoco
Conversei com o deputado estadual Éber Machado (PDT) que fez a seguinte ponderação. “Se eu tivesse permanecido PSDC estaria eleito”. Isso porque o PSDC estava na chapinha da FPA, que elegeu Manoel Marcos (PRB). E Éber teve mais votos que o pastor.


Regra injusta
Essa regra de coeficiente de votos para a eleição proporcional é  injusta. Candidatos com mais votos ficaram de fora enquanto alguns com uma “mixaria” entraram. A verdade é que eleitor escolhe “pessoas” e não partidos para representa-lo.


Reforma à vista
Espero que o próximo presidente da República reúna apoio no Congresso Nacional para fazer a Reforma Política. As atuais regras não condizem com as necessidades da população. O sistema político brasileiro está caindo de “podre”. Mas obviamente que seja uma Reforma para fortalecer a democracia e não enfraquece-la como alguns querem.


Fator Lula
É inegável que os governos do presidente Lula (PT) trouxeram grandes avanços sociais ao Brasil. Mas agora, preso em Curitiba, Lula se tornou um “problema” para a união das esquerdas. Na minha opinião, é o principal responsável pela ascensão do presidenciável Bolsonaro (PSL). Jogou com vaidade e apego ao poder. O resultado será conferido no próximo dia 28.


Sem autocrítica
O PT não faz autocrítica. Fica que nem menino “birrento” reclamando de tudo e se sentindo injustiçado. Enquanto isso, outras forças políticas vão tomando a dianteira do processo. Um dos erros mais evidentes do PT foi ter colocado na sua presidência nacional a Gleise Hoffman (PT). A mulher é um trator sobre a cabeça dos aliados.


Ilusão
Quem acha que uma possível vitória do Bolsonaro jogará os cargos federais do Acre colo do pessoal do PSL local se engana. Se eleito, Bolsonaro vai precisar de aliados no Congresso, assim a partilha desses cargos será entre PSD, MDB, Solidariedade e PSD que detém parlamentares federais no Congresso.


Ligeiro
O presidente do PHS, Manoel Roque, foi visto no gabinete do senador eleito Márcio Bittar (MDB). Nem esfriou ainda o “cadáver” da derrota da FPA e o rapaz já está procurando novos caminhos para o seu partido na oposição que será situação.


Questão de unidade
Se a oposição souber aproveitar o momento favorável poderá passar muito tempo no poder do Acre. Imaginem todos os cargos disponíveis nos Governos Estadual e Federal, caso as pesquisas estejam certas e o Bolsonaro vença. Se não brigarem por besteira têm como criar uma máquina eleitoral que será difícil de derrotar. E o primeiro teste virá em 2020 nas eleições municipais.


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Nelson Liano Jr.

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