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Gladson Cameli surfa na onda provocada pelos erros do PT no Acre

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A pesquisa Ibope divulgada na véspera da eleição mostra aquilo que qualquer pessoa sente nas ruas do Acre. Um cansaço dos governos do PT que permaneceram 20 anos no poder. Se a vitória de Gladson Cameli (PP) acontecer
no primeiro turno, como mostra a pesquisa Ibope, os petistas terão muito que refletir, sobretudo, sobre os últimos oito anos do governo de Tião Viana(PT). Talvez devam começar sobre as prioridades da gestão. O Museu dos Povos
Acreanos que irá custar quase R$ 40 milhões aos cofres públicos certamente será inaugurado até o final do ano. O Lago do Amor, um investimento em torno de R$ 3 milhões, já foi entregue à população de Rio Branco. Por outro lado, a UPA de Cruzeiro do Sul e o Pronto Socorro da Capital ainda estão inconclusos. Estranha a opção de importância das obras. Parte do Hospital de Brasiléia entregue apresentou problemas na primeira semana de funcionamento. Sem falar em dinheiro “perdido” com a ZPE que nunca funcionou. Outros investimentos na industrialização também sucumbiram à realidade geográfica acreana e os empregos que seriam gerados não aconteceram. As nossas unidades de saúde também não são propriamente um exemplo. Bem, não vou detalhar. É só quem quiser que converse com os profissionais que trabalham nelas e confira o grau de satisfação. O Acre não tem médicos suficientes, mas aprovaram na ALEAC um projeto para a construção de um Centro Administrativo do Estado, orçado em R$ 300 milhões. Um luxo, que imita uma obra de Minas Gerais, construída nos tempos do Governo de Aécio Neves (PSDB). Felizmente não se tem mais notícias dessa obra que abrigaria toda a burocracia do Estado, enquanto os ramais continuam a ser um drama para os moradores da zona rural. Não tenho nada contra a cultura retratada num museu e nem com o embelezamento de um açude batizado de Lago do Amor. Mas será que era isso que o povo do Acre estava precisando com urgência? A resposta deverá vir nas urnas neste domingo dia 7.


O rosário é longo
Muitos outros empreendimentos público-privados não se tornaram propriamente um mar de prosperidade para a população. Agora, será que não existem esqueletos esquecidos nos armários das 27 secretárias depois de 20
anos de poder? Aliás, para que tantas num Estado com apenas 800 mil habitantes?

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Não aconselhável
Se mudar o Governo espero que os novos gestores se empenhem em oferecer opções para resolver problemas prementes da população. Não queiram vingança porque isso será uma perda de tempo. Se investigações tiverem que serem feitas a responsabilidade são dos órgãos competentes como TCE, TCU, MPE. MPF e a Polícia Federal.


Nem vou falar
Não serei redundante para falar sobre a segurança pública do Acre e violência desmedida que se tornou um perigo real. Muitos jovens sem oportunidade de emprego optaram pelo “ilusório caminho mais fácil” das facções. Enlutaram famílias acreanas com uma mortandade nunca vista antes na história do Estado.


Tudo pode acontecer
Evidentemente que a eleição ao Governo ainda poderá ir para o segundo turno, mesmo que as mais recentes pesquisas mostrem ser improvável. Mas podem acontecer “fatores inesperados”. Mas mesmo que haja um segundo turno acho difícil o candidato do atual Governo do PT, Marcus Alexandre (PT), conseguir reverter aquilo que a gente sente nas ruas.


Eleição aberta
A disputa do Senado ainda poderá surpreender. O número de indecisos é muito grande como mostram as pesquisas. Sobretudo, em relação ao segundo voto. Petecão (PSD) parece ter a sua posição consolidada pelas pesquisas, mas a segunda vaga ainda pode sofrer mudanças até o dia das eleições. Márcio Bittar (MDB) conseguiu a segunda posição, seguido por Jorge Viana (PT), Ney Amorim (PT) e Minoru Kimpara (Rede). Mas com tantos indecisos é difícil imaginar como serão os votos consolidados nas urnas. Também acho complicado as pesquisas aferirem com precisão esse segundo voto.


Rede de mentiras
O senador Jorge Viana (PT) candidato à reeleição teve que enfrentar Fakes News e matérias “plantadas” nessa campanha. Numa delas acusado de ter utilizado um helicóptero do Governo sem nenhuma prova real. Seria muito amadorismo se tivesse caído nessa esparrela.


Fiel até o fim
Jorge se abraçou com Marcus Alexandre e segue a suajornada acreditando numa virada. Pelo menos é isso que vi num recente vídeo que assisti nas redes sociais. Podem gostar ou não do Jorge Viana, mas continua fiel ideologicamente ao PT e aos seus “companheiros”, mesmo que a recíproca nem sempre seja verdadeira.


Exemplo positivo
O candidato a senador Minoru Kinpara (Rede) fez uma campanha com poucos recursos, andou o Acre inteiro e não atacou ninguém. O ex-reitor da UFAC se limitou a conversar com os eleitores e apresentar propostas nas redes sociais. Resumindo, Minoru não apelou para conseguir votos. Se vai ganhar ou perder são os eleitores que irão decidir livremente, mas a sua campanha foi um exemplo positivo.


De boa
Petecão mostrou ser um político habilidoso. Não entrou em polêmicas desnecessárias, andou o Estado inteiro e deixou o barco correr. Uma boa música de campanha, animação e alegria por onde passou. O resultado está explícito nas pesquisas. Petecão não quis ser protagonista, mas parece que será.


Jogou bem
Bittar se bandeou rápido para o lado de Bolsonaro (PSL) quando percebeu que a sua popularidade crescia no Acre. Elegeu um “adversário” que estava a sua frente nas pesquisas. Se reconciliou rápido com o Gladson Cameli que passou a ajuda-lo. Se beneficiou ainda do “disse-me-disse” entre os candidatos do PT.


Ainda no jogo
Ney Amorim (PT) costurou alianças com setores da oposição, sobretudo, os prefeitos Mazinho Serafim (MDB) e Ilderlei Cordeiro (PP). Não diria que está fora do páreo. Deve se movimentar muito nesses dois dias que faltam para as urnas fecharem.

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Briga boa
O deputado estadual Jenilson Leite (PC do B) fez um bom trabalho na ALEAC. Luta para se reeleger, mas terá que enfrentar um concorrente de dentro do seu próprio partido, o Edvaldo Magalhães (PC do B). Sem contar os outros
candidatos do PT numa das chapas mais fortes a deputado estadual da eleição.


Desagradou
Apesar de fazer parte da base de apoio do Governo do PT, Jenilson conseguiu desagradar em vários momentos o governador Tião Viana (PT) por posições independentes. Obviamente, Tião deve preferir a eleição do Edvaldo, imagino eu, que foi seu assessor de primeiro escalão na SEDENS e depois no DEPASA.


Grande mistério
Estou curioso para ver a relação dos oito eleitos para deputado federal no Acre. Muitos concorrentes fortes. Mas quatro mulheres despontam com um favoritismo inegável. Jéssica Sales (MDB), Mara Rocha (PSDB), Vanda Milani (SD) e Perpétua Almeida (PC do B). Poderemos ter uma bancada federal com toque feminino marcante. Mas tudo isso fica por conta de vossa excelência o eleitor. Esse voto, quase sempre, é escolhido em cima da hora e com tantos candidatos masculinos com boas estruturas de campanha fica difícil fazer um prognóstico.


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