O deputado Jenilson Lopes (PCdoB), um dos que foram colocados de escanteio pela máquina estatal nesta eleição, embora de uma lealdade extrema, tem tudo para vir com uma boa votação da região de Tarauacá, Feijó, Jordão e até mesmo Rio Branco, porque teve um diferencial no seu mandato: conseguiu levar as suas ações parlamentares a lugares nos quais o poder público não conseguia chegar. Embora olhado sempre de soslaio pelos petistas, Jenislon foi sim um bom deputado, não só com atuação na tribuna da Assembléia Legislativa, mas também nas comissões parlamentares. Se conseguir um novo mandato será apenas pelos seus méritos. Jamais por receber privilégio do poder. Está na cota pequena dos que honraram o mandato.
FIM DE FESTA
O abandono da coordenação da candidatura do Marcus Alexandre (PT) ao governo em Tarauacá pelo ex-prefeito Rodrigo Damasceno (PT), é um golpe na já fragilizada campanha majoritária do PT, naquele município. Se não estava boa, deve ficar pior ainda com sua saída.
SINAL QUE CONFIRMA
O primeiro sinal que um candidato ao governo está mal nas pesquisas é quando na reta final da eleição centra a sua campanha apenas em atacar pessoalmente o adversário. Não costuma dar certo baixar o nível. Os marqueteiros do Marcus Alexandre (PT) devem estar desesperados ao optar em deixar a divulgação do programa de governo para usar seu tempo em ataques.
EXEMPLO NACIONAL
Os candidatos à presidência passaram a semana atacando o Jair Bolsonaro (PSL) de todas as maneiras. Veio ontem a nova pesquisa do IBOPE e o Bolsonaro colocou 10 pontos de vantagem sobre o petista Fernando Hadad (PT). Quando o eleitor toma uma posição, não há o que mude.
NÃO ESTÁ ERRADO
O ex-prefeito Rodrigo Damasceno (PT) foi longe. Não lhe deram as condições necessárias para tocar a campanha do Marcus Alexandre (PT) ao governo, em Tarauacá, era um coordenador de enfeite. Abandonou o barco. O fracasso na votação do Marcus ia cair na sua costa.
NUNCA IMAGINAVAM!
Esta queda da candidatura do Marcus Alexandre (PT) não deve jamais ser debitada a ele. Foi até longe demais. Ultrapassou sua cota. A questão é que o jogaram numa campanha pensando que iam ganhar com a arrogância de outras eleições. Jamais esperavam este trágico desfecho
TUCANO BURRO
Devia haver um artigo no Código Eleitoral em que o candidato podia ser condenado por “crime de burrice”. Com certeza, o candidato à presidência Geraldo Alckmin (PSDB) sofreria uma condenação. É o chamado tucano burro. Cada vez que ataca o Bolsonaro, beneficia o Hadad.
COM O 13 OU COM O BISPO?
A deputada Juliana Rodrigues (PRB) e o vereador Manuel Marcos (PRB), são dos poucos que não baixaram a bandeira do 13. Ambos são apaixonados pelo PT. O manda-chuva da Igreja Universal, Bispo Edyr Macedo, declarou voto no Jair Bolsonaro. Ficam com o Bispo ou Hadad?
MAIOR VITÓRIA PROPORCIONAL
Mesmo com a Igreja Universal até aqui fora da sua campanha, no estado, Jair Bolsonaro (PSL) deve ter no Acre a sua maior vitória proporcional do país. Mesmo com os candidatos da Universal com a bandeira do PT, pesquisas mostram Bolsonaro ganhando de lavada.
RESULTADO EM RIO BRANCO
Na agenda do candidato Gladson Cameli (PROGRESSISTA), consta que deve votar em Cruzeiro do Sul e embarcar para esperar o resultado em Rio Branco. Marcus Alexandre (PT), Ulisses Araújo (PSL) e Davi Hall (AVANTE) ficam na capital. E Janaína Furtado (REDE), em Tarauacá.
ESTARIA NA PONTA
Caso o candidato a senador Minoru Kinpara (REDE) estivesse disputando a eleição por um partido mediano, com tempo de televisão e organizado em todos os municípios, por certo estaria brigando por uma das vagas na ponta. Não é fácil, sem estrutura, chegar a dois dígitos.
MUITOS VOTOS
Ainda assim, Minoru Kinpara (REDE), tende a ser muito bem votado para o Senado, na capital. E passará a ser uma opção para disputas políticas futuras. Um nome para novos embates.
CARINHO DE MULHER
Nota-se nas obras da prefeita Socorro Nery o carinho da mulher. Tudo bem feito e fiscalizado por ela. Socorro está chegando ao fim da eleição mostrando que se pode ter lado político e ser ético num cargo público. Em momento algum jogou a máquina municipal na campanha.
UM SENHOR DEPUTADO!
O deputado Luiz Gonzaga (PSDB) não pode ficar de fora de nenhuma lista sobre os melhores parlamentares da atual legislatura da ALEAC. Cumpriu de forma exemplar o seu papel de oposição cobrando o governo, denunciando com provas, e sempre brigando pelo Juruá.
PROBLEMAS SÉRIOS
O governo vai ter problemas sérios para aprovar a prestação de contas ou qualquer coisa depois da eleição na ALEAC. A dedução é pelo tom de revolta dos deputados pelo fato de não ter sido incluída a regularização do pagamento da verba indenizatória dos parlamentares.
“NÃO SOU MASOQUISTA”
Foi o que ouvi ontem de um deputado da FPA ao justificar por qual motivo não estava pedindo votos para os candidatos a governador e senadores da coligação. Explicou: “não sou masoquista. O governador lançou um monte de secretários com estrutura e não nos ajudou em nada. A vitória do Marcus Alexandre seria a vitória dele. E perdendo, uma derrota dele”.
TIÃO BOCALOM
É um dos nomes mais honrados desta campanha. Tião Bocalom (PSL) é candidato a deputado federal. Não se conhece dele um deslize ao longo da sua trajetória na política.
ASTRAL DE VELÓRIO
Uma secretária que participou da reunião ontem do governo para discutir o momento delicado em que vivem as candidaturas majoritárias do PT, disse que o astral era de velório.
“AGORA É TARDE”
Por ética, como não foi em entrevista, não darei o nome da fonte que participou ontem de uma reunião, para uma trégua na briga dos grupos do Ney Amorim (PT) e Jorge Viana (PT) ao Senado. “Luis Carlos, a proposta veio tarde demais. Vamos ficar na nossa”. Vixe, Maria!
SINAL AZUL
Todas as pesquisas internas estão apontando a vitória do candidato a governador, senador Gladson Cameli (PROGRESSISTAS), no primeiro turno. Inclusive as feitas pelos adversários.
NÃO PODIA DAR CERTO
Quando você começa a ter numa campanha dura dentro da equipe de governo, alguém jogando contra, as coisas não podem dar certo. É o caso da gravação de áudios de secretários.
X-9 MISTERIOSOS
Até hoje o governo não conseguiu descobrir quais X-9 gravaram as conversas das secretárias Sawana Carvalho e Suely Melo. Única certeza: foi alguém da equipe governamental. Claro!
TOMOU CORPO
Figura tradicional da oposição comentava ontem que dois candidatos a deputado federal aparecem muito bem posicionados, em todas as projeções em Rio Branco: Mara Rocha (PSDB) e Alan Rick (DEM). São campanhas que chegaram na reta final; momento mais decisivo, vivas.
ROMARIA
Está havendo uma romaria de candidatos a deputado da FPA, procurando as candidaturas majoritárias da oposição. Todos com uma queixa comum: não receberam a ajuda prometida.
DEBANDADA COMUM
Para quem acompanha a política não é nenhuma novidade este movimento migratório. É normal, como no caso da FPA, com a candidatura ao governo em baixa, haver a debandada.
MAL ACOSTUMADOS
Os que mais reclamam e que praguejam contra o governo e seus candidatos majoritários são os dirigentes dos partidos nanicos. Estavam mal acostumados. Na última campanha de governador receberam boladas. Só que nesta eleição o poço secou e foi na base da pindaíba.
MAMANDO E CHORANDO
A maioria dos dirigentes dos partidos nanicos não pode reclamar do atual governador. Estão com os seus afilhados mamando nas tetas do poder a quase oito anos. Mamando e chorando?
VENCENDO EM TODOS
O candidato a governador pela oposição, Gladson Cameli (PROGRESSISTA), aparece nas pesquisas vencendo em todos os municípios do Alto Acre, governados por prefeitos do PT.
O QUE É A EXPECTATIVA DE PODER?
Quando vejo deputados que dormiam com uma foto do governador na cabeceira da cama tascando o pau na sua pessoa, se dizendo injustiçados, é sinal que a vaca foi para o brejo. Na política não existe nada mais atraente aos que orbitam na gestão que a expectativa de poder.
CHEGANDO AO FIM
Estamos chegando ao fim de uma campanha para presidência, deputados federais, deputados estaduais, senadores e governador. Foi uma eleição disputada num contexto sem a farta distribuição de dinheiro pelos candidatos majoritários. Foi num contexto completamente diferente. A eleição para o governo, se não acontecer nada de extraordinário, deve ser vencida pelo candidato da oposição, Gladson Cameli (PROGRESSISTA). Todas as pesquisas apontam nesta direção. A primeira vaga do Senado tende a ser do senador Sérgio Petecão (PSD). E a segunda vaga brigada entre Jorge Viana (PT), Márcio Bittar (MDB) e Ney Amorim (PT). Um fato que deve ser destacado: pela primeira vez nos últimos vinte anos o PT chega ao funil da eleição para o governo, com o seu candidato não estando liderando as pesquisas e sendo o favorito. A oposição, desta vez chegou como a ampla favorita para fazer o governador.
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