Outro dia conversando com um militante do PT das altas esferas ouvi a seguinte reclamação, logo depois de divulgada a mais recém pesquisa do Ibope para o Governo: “Cadê a prefeita de Rio Branco que não ajuda? Não entra no processo?” Esses dias o deputado estadual Raimundinho da Saúde (Podemos) reclamou na tribuna da ALEAC que a prefeita Socorro Neri não havia recebido uma liderança comunitária de uns dos bairros da cidade. Então pensei: será que não dava para esse encontro acontecer depois das eleições? Seria algo tão urgente assim no auge da campanha? Bem, o que fica parecendo, na minha opinião, é que a prefeita não “aparelhou” a instituição e isso evidentemente deve estar desagradando muita gente da FPA. Pelo fato da Socorro ter herdado a prefeitura do seu antecessor Marcus Alexandre (PT), de quem era vice, deveria estar colocando a instituição na campanha? Eu tenho visto muitas fotos da Socorro ao lado dos candidatos majoritários da FPA. Isso é um direito dela como cidadã apta para exercer os seus direitos políticos. Pode também ajudar os seus candidatos preferenciais a deputado federal e estadual, mas como militante partidária e não como prefeita. E obviamente fora do seu horário de expediente no Executivo. Colocar a prefeitura diretamente na campanha não seria republicano. Afinal, a gestão municipal foi criada para atender aos moradores da Capital, sejam de que lado político forem. Os partidos passam pela instituição, mas não são os seus donos, simples assim.
Palavra da prefeita
Indaguei a prefeita sobre a sua postura nesse momento. Socorro Neri me respondeu:
“Lamento se um ou outro militante ou parlamentar pense diferente de mim a respeito do meu papel no processo eleitoral em curso. Atendendo a legislação eleitoral vigente e os princípios constitucionais da gestão pública, expedi um decreto normatizando as condutas vedadas aos servidores e aos ocupantes de cargo em comissão. Não assinei uma peça de retórica. Acredito no documento e estou zelando para que ele seja respeitado. Compreendo que a instituição que dirijo, a Prefeitura de Rio Branco, não tem partido e tem que estar a serviço dos interesses públicos. Confio integralmente no Marcus Alexandre, no Jorge e no Ney, e estou pessoalmente empenhada na eleição deles. Mas tenho acompanhado muito de perto as ações municipais porque entendo que só nos manteremos cuidando do essencial para a vida dos munícipes, nesse contexto de crise financeira, com planejamento minucioso e eleição de prioridades. Temos, em curso, uma programação de serviços de manutenção da cidade, em que cada ação foi definida a partir de critérios técnicos. Minha intenção com isso, é a de garantir transparência e qualidade social à aplicação dos recursos municipais. Nesse cenário, tenho tido o cuidado de não autorizar despesas que não caibam no orçamento do Município; ao mesmo tempo em que tenho feito um esforço imenso para reduzir despesas visando a otimização dos recursos. Os meus candidatos majoritários e proporcionais, assim como o PSB, respeitam minha posição e concordam com ela. Estou agindo na gestão da Prefeitura da cidade que moramos, como sempre agi em todos os cargos que exerci: com gratidão e lealdade ao grupo ao qual pertenço e alinhamento total e irrestrito aos princípios que cultivo à vida inteira.”
Exemplo a seguir
A posição da prefeita da Capital deveria ser seguida por todos os órgãos públicos. O aparelhamento da “máquina pública” é uma prática odiosa que causa revolta na população. Isso provoca uma desvantagem evidente aos candidatos que não fazem parte dos interesses daqueles que estão no poder.
Mudando de partido
Conversei com o prefeito de Marechal Thaumaturgo, Isaac Pianko, que está saindo do MDB para filiar-se aos Progressistas. O pivô da mudança é o prefeito de Cruzeiro do Sul, Ilderlei Cordeiro (Progressistas). Essa mudança ainda vai dar muito o que falar e acirrar as disputas políticas no Juruá após a eleição.
Pressionado
Pelo que me contou, Isaac, estava “pressionado” na gestão por dois medebistas do município, os ex-prefeitos Randson e o seu pai Leandro. Assim vai procurar novos ares políticos para tentar viabilizar a gestão que tem passado por momentos muito difíceis.
Acirramento
Isaac foi eleito com o apoio do ex-prefeito Vagner Sales (MDB). Ele me confidenciou que mantém uma ótima relação com a deputada federal Jéssica Sales (MDB) a quem admira, mas que o grupo mais antigo do partido no município estava tentando interferir no seu trabalho. Não sei como os ex-aliados vão entender a mudança de Pianko. A tendência é se estabelecer um cenário de “racha” político já antecipando o clima das próximas eleições municipais.
Fortalecido
Assim o Progressista do senador Gladson Cameli, que disputa o Governo, está se fortalecendo no Juruá, agora, contando com dois prefeitos. O surgimento de novos grupos políticos na região dentro da própria oposição ainda vai dar muito “pano para a manga”. E a origem de toda a discórdia é a disputa de uma vaga para deputado federal entre Jéssica Sales e Rudilei Estrela (Progressista). Nos dois próximos anos, antes da eleição municipal, muitas mudanças ainda deverão ocorrer.
Corrida pela ALEAC
O deputado estadual Jenilson Leite (PC do B) está andando o Acre inteiro para tentar a reeleição numa das chapas mais fortes da disputa. O seu maior adversário é o ex-deputado Edvaldo Magalhães (PC do B). Dificilmente os dois conseguirão a eleição.
Uma via
O interessante nessa disputa entre os dois candidatos comunistas é que ambos apoiam a Perpétua Almeida (PC do B) para deputada federal. Mas na hora H, com uma briga de foice no escuro pelos votos a estadual, Perpétua vai ajudar mais o Jenilson ou marido Edvaldo? Façam suas apostas.
Sangue novo
O jovem Eré Moraes (DEM) disputa pela primeira vez uma eleição para deputado estadual. Tem a sua base em Cruzeiro do Sul onde é bastante conhecido nas ruas da cidade. Se vai conseguir superar os adversários com melhor estrutura de campanha será com os eleitores. Também a líder comunitária do Santa Luzia, Mariazinha (PHS) será testada nas urnas, para estadual. Atualmente ela é vereadora de Cruzeiro do Sul.
Uma eleição sempre antecede a próxima
No Acre é assim, enquanto uma campanha está na rua já se está debatendo quem serão os candidatos da próxima. No caso, muitos que perderem o pleito de 2018 já estarão de olho nas prefeituras em 2020. Alguns literalmente estão na campanha para prefeito antecipadamente utilizando o espaço político do momento. Se bobear tem gente até já pensando em ser governador do Acre, em 2022. É assim que a coisa acontece por aqui. E vida que segue…
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