Segundo uma fonte fidedigna, no dia seguinte a divulgação da pesquisa do Ibope, que coloca o candidato Gladson Cameli (Progressistas) nove pontos a frente de Marcus Alexandre (PT) a cúpula da FPA fez uma reunião de emergência. O esforço da tropa do PT nos próximos dias será para levar o pleito para o segundo turno. Eles acreditam que assim terão possibilidade de reverterem o resultado. A fonte entrevistada afirma que, “o segundo turno é uma nova eleição”. Os números absolutos do Ibope dessa mais recente pesquisa mostram Gladson com 47% de intenções de votos, seguido por Marcus 38%, Ulysses 6% e Janaína 1%. Ou seja, a soma dos três, 45%, não alcança a marca do líder. Esse resultado se confirmado daria a vitória de Gladson no primeiro turno. Obviamente que temos três pontos percentuais da margem de erro para mais ou para menos. Então não está cristalizado o resultado em turno único. As combinações com a margem de erro apontam que existe a possibilidade da eleição ir para o segundo turno. Mas não há dúvida que o Ibope representou um “balde de água fria” para a FPA que esperava uma polarização entre Gladson e Marcus com uma diferença bem menor.
Aposta errada
As principais lideranças petistas acreditavam que o Ibope mostraria números bem diferentes dos recém divulgados resultados dos Institutos Data Control e Big Data da TV Record. Só que foi exatamente o contrário, o Ibope mostrou um resultado parecido com o Data Control e a eleição sendo decidida no primeiro turno.
Perigo na esquina
Agora, se a equipe do Gladson Cameli “relaxar” com as perspectivas positivas das mais recentes pesquisas estará cometendo um erro. O Acre tem um eleitorado pequeno e ainda faltam 15 dias para a votação com dois debates televisivos pela frente. Tudo pode acontecer nesse tempo que resta.
Pancadaria à vista
Acredito ainda que os programas eleitorais do PT devem subir o tom com o líder das pesquisas. O mesmo deverá acontecer nas redes sociais com a militância do PT em relação ao Gladson. Só que, na minha opinião, essa alternativa “agressiva” será um erro, como já vimos na disputa do Senado em 2014.
Nada definido
Em relação ao Senado não acredito que as vagas já estejam preenchidas. O segundo voto é um mistério que poderá causar muitas surpresas. Primeiro que a maioria dos eleitores nem está consciente de que terá duas opções. Segundo que as pesquisas revelam um número alto de indecisos.
Todos no jogo
Esse segundo voto que pode surpreender coloca todos os candidatos ao Senado melhores colocados na disputa das duas vagas. Petecão (PSD), Jorge Viana (PT), Márcio Bittar (MDB), Ney Amorim (PT) e Minoru Kimpara (Rede) não precisam jogar a toalha porque têm chances.
Confuso
As duas pesquisas, Data Control e Big Data, colocam Petecão e Jorge, na liderança. Já no Ibope, Bittar pula para o segundo lugar. Acredito que até mesmo para os pesquisadores é confuso aferir o segundo voto ao Senado. Os brancos, nulos e indecisos ainda são bem altos como mostram as pesquisas.
A hora da batalha
O meu conselho é que quem quer vencer aperte o passo e intensifique a sua campanha porque nesse momento os eleitores ainda estão mais atentos as eleições presidenciais e ao Governo do Estado. Sobretudo, o segundo voto ao Senado será decidido em cima da hora. Tem muito espaço para campanha e reviravoltas nessa disputa.
Chá de sumiço
Pelos releases e fotos para a imprensa que recebo da campanha do PT não tenho visto duas lideranças importantes nos eventos. Nem o César Messias (PSB) e nem o Raimundo Angelim (PT) têm estado muito presentes nas agendas majoritárias. Parece que estão fazendo as suas campanhas à reeleição na paralela.
Presente
A candidata a deputada federal Perpétua Almeida (PC do B), ao contrário, tem participado intensamente da campanha majoritária da FPA. Também Léo de Brito (PT) é uma figura constante na agenda dos candidatos ao Governo e Senado do PT.
“Flamenguista”
Outro dia recebi um release pelo WhatsApp do Sibá Machado (PT), afirmando ser o candidato a deputado federal flamenguista. Será que o Sibá não quer os votos dos vascaínos, botafoguenses, corintianos e tricolores? Esse marketing de campanha deve ter sido inventado pela CIA.
Colado
Do lado da oposição, o candidato a deputado federal Rudilei Estrela (Progressistas) está quase sempre presente as agendas de Gladson Cameli. Isso desde a pré-campanha. É uma maneira que ele acredita facilitar para se tornar
mais conhecido em todo o Acre.
Na paralela
A candidata à reeleição, deputada federal Jéssica Sales (MDB) e a sua mãe, Antônia Sales (MDB), que disputa uma vaga a estadual, fazem uma campanha descolada da majoritária. O patriarca Vagner Sales (MDB) conhece os caminhos das pedras. Deve estar buscando os atalhos para tentar eleger as duas mulheres da família.
Limitação
O fato de Jéssica e Antônia serem mãe e filha cria algumas limitações. Fica difícil para a elas fazerem dobradinhas com outros candidatos a deputado estadual e federal. Mas mesmo assim as duas são candidatas muito fortes na disputa, ainda que estejam em chapas difíceis na disputa.
Lealdade
Apesar das pesquisas desfavoráveis ao Marcus Alexandre (PT), o candidato à reeleição ao Senado, Jorge Viana (PT), mantem-se fiel ao seu lado. Tem participado de todas as principais agendas majoritárias. Em suas postagens nas redes sociais sempre destaca a chapa completa com o Marcus e o Ney Amorim (PT), que também disputa o Senado. Mesmo com o momento desfavorável ao PT do Acre na disputa ao Governo, como revelam as pesquisas recém publicadas, Jorge mostra que tem um lado na política e que não é oportunista, isso é inegável.