Tenho feito muitos comentários políticos na coluna ao longo desta eleição. Notadamente, sobre candidatos a governador, senador, deputados federais, geralmente, os que mais se destacam na corrida por um mandato. Mas como esta é uma coluna sem dono ou político com lugar cativo, mesmo porque não sou cabo-eleitoral e nem militante torcedor, hoje fujo da regra para registrar uma candidatura a deputado estadual de uma pessoa que, não a conheço pessoalmente, mas acompanho com alegria o seu trabalho de recolher cães e gatos, abandonados nas ruas, levar para cuidar, e quando precisa de internamento fazer cota para pagar o veterinário, enfim, uma ação de bondade. Refiro-me à candidata á deputada estadual pelo PV, Maura Akino. Não está entre os cardeais da política acreana. Mas como sou sempre a favor da revitalização na política é que destaco a sua candidatura, que tem um viés diferente de humanidade e de não comprar votos. Seria uma representante de uma causa humanitária na ALEAC. É apenas uma sugestão que não faço para agradar. Um nome na mesa.
NÃO SE BRIGA COM A HISTÓRIA
No governo Jorge Viana, quem fazia as pesquisas eleitorais como contratado era o DATA-CONTROL. Os resultados das suas pesquisas eram elogiados como sendo sérios. Por qual razão, nesta eleição, o mesmo instituto DATA-CONTROL passou no PT de herói a um detestável vilão?
DEMOCRATA DE ARROTOS
A democracia implica em você aceitar o direito do outro de ter uma opinião, política ou não, diferente da sua. Pode não concordar, mas tem de aceitar o contraditório ou se é um democrata de arrotos. Esta pregação de boicote às empresas que apóiam o presidenciável Bolsonaro (PSL) é a típica da conduta de quem não está preparado para a democracia.
A VELHA HISTÓRIA
É a velha história de que se você concorda comigo presta, se não concorda, não presta.
CLIMA PESADO
O clima na campanha do candidato ao Senado, Ney Amorim (PT), está pesado, muito pesado. Só quem acompanha os bastidores sabe. O desabafo do Josué Amorim, pai do Ney, de que teme pela integridade do filho, não deve ser tomado ao pé da letra, mas como um protesto contra o fogo amigo que o Ney vem sofrendo desde que decidiu disputar uma vaga do Senado.
UM PASSO EM FALSO
Encontrei ontem o presidente do PHS, Manoel Roque, desolado com o tratamento de desdém que estaria sofrendo da cúpula do PT. “Luis Carlos, o PT só ajuda os candidatos do PT”. Desabafou. Roque vai liberar os candidatos a deputado estadual a apoiar quem bem entender.
MINHA OPINIÃO
A minha admiração é pelo fato do experiente presidente do PHS, Manoel Roque, só descobrir agora que existe um comando para que o PT centre em fazer mais deputados do partido, se preparando para exercer um eventual papel de oposição na próxima legislatura da ALEAC.
MORRERAM DE INANIÇÃO
Não existe exemplo melhor para mostrar como se comporta o PT com os aliados na campanha, como o que foi feito com os deputados do PEN, destruídos na última eleição pela máquina estatal. O mesmo vai se repetir nesta eleição, com a maioria dos deputados das siglas nanicas.
A FIDELIDADE CHUTADA
A fidelidade partidária está sendo chutada a todo instante nesta eleição. No PRB, por exemplo, o deputado André da Farmácia (PRB) apóia três deputados federais de outros partidos e não apóia o candidato do PRB a Federal, vereador Manuel Marcus. É cada qual no seu quadrado.
COMPORTAMENTO PADRÃO
Não pedir votos para os candidatos a governador e a senador virou um comportamento padrão nesta campanha. Ontem, fui andando da ALEAC ao Mercado “Elias Mansour”. Recebi no trajeto seis santinhos de candidatos. Cinco da FPA. Um da oposição. Nenhum com o nome do candidato a governador e a senador. Na reta final o candidato a deputado trata de si.
VOZ DA EXPERIÊNCIA
Conversando ontem com o presidente do PDT, Luiz Tchê, este me dizia que, esta campanha é a mais pobre dos últimos vinte anos. Só quem tem recursos são os deputados federais e senadores. “Eles criaram este Fundo de Campanha só para garantir suas reeleições”, afirmou
O CARA DO JURUÁ
Na pré-campanha, a candidatura à reeleição do deputado Josa da Farmácia (PRB), não era levada a sério, pelo seu recolhimento. Veio a disputa oficial e a sua campanha explodiu. É hoje apontada pelos políticos cruzeirenses, como a mais popular de Cruzeiro do Sul para estadual.
NÃO TENHO DÚVIDA
Com os fundamentos que estão se baseando os vereadores de Tarauacá para cassar a prefeita Marilete Vitorino, não tenho a menor dúvida de que, se conseguirem ela volta ao cargo por uma Liminar da justiça. Existem inúmeros julgados neste sentido. Podem anotar e conferir.
POR POUCO NÃO ME SENTEI
Encontrei esta semana uma figura que ocupou relevante cargo em dois governos do PT. Uma espécie de manda-chuva. Na conversa me disse para minha imensa surpresa que, ia votar no Gladson Cameli para governador, Sérgio Petecão (PSD) e Minoru Kinpara (REDE) ao Senado. Foi um choque, tal foi sua importância passada no PT. Por pouco não me sentei para me refazer.
PREVISÃO DE IRMÃO
O deputado federal Major Rocha (PSDB) continua firme na sua avaliação de que, a sua irmã Mara Rocha (PSDB) terá mais votos para a Câmara Federal que ele, na sua última eleição. Se baseia que, ela ficou com o mesmo grupo, tem mais condição financeira e é mais simpática.
NÃO TEM COMO EVITAR
Em que pesem as manifestações não há como os candidatos a deputado estadual pelo PTB, sustentar um discurso na defesa da candidatura da Charlene Lima (PT) à deputada federal, estando presa. Alguns já começam a migrar para parcerias com outros candidatos a Federal.
MAIS VOTADO
O prefeito Mazinho Serafim sustenta que, o deputado federal Flaviano Melo (MDB) deverá ser o mais votado em Sena Madureira. Mazinho joga todo o seu peso político nesta possibilidade.
SEMPRE SOUBE
O deputado federal Sibá Machado (PT) não tem que se mostrar surpreso em ter recebido menos recursos para a campanha que os companheiros, deputados federais Léo de Brito (PT) e Raimundo Angelim (PT). Sempre soube não ter a simpatia do grupo do PT que está no poder.
FICOU MARCADO
O deputado federal Sibá Machado (PT) ficou marcado desde o momento que resolveu peitar o atual governador e sair candidato à presidência do partido. O candidato do governo era o Ermício Sena (PT). Sibá perdeu não só a eleição, mas o livre trânsito na cúpula governamental.
SEM CONTESTAÇÃO
Nem entre os seus adversários o senador Sérgio Petecão (PSD) sofre contestação de que está com a sua reeleição consolidada. Todas as rodadas de pesquisas até aqui indicam na direção.
SENA MADUREIRA
Nem o mais otimistas acreditam que o PT não sofrerá uma derrota mais esmagadora do que na última eleição para o governo, quando o atual governador perdeu nos dois turnos. As maiores lideranças políticas do município estão todas apoiando os candidatos da oposição. Sena Madureira virou um reduto político oposicionista dos mais fortes do Estado.
APENAS UMA OBSERVAÇÃO
A regra do debate da FIEAC deixou os candidatos a governador engessados. Foi aquela coisa morna o tempo todo. Só saiu da sonolência quando o candidato Coronel Ulisses Araújo (PSL), se exaltou nos ataques ao governo petista e teve o microfone cortado, por ferir as regras.
PARA TIRAR DÚVIDA
Pergunto, porque não li o regulamento. Sabia que era proibida a ofensa pessoal entre os candidatos. Mas tinha alguma proibição de se fazer críticas ao governo estadual? Justamente o que está em debate nesta eleição, não são os erros e acertos do atual governo do PT? Ou não?
NÃO ESTÁ EM JULGAMENTO
Nesta eleição não está em julgamento o que o ex-prefeito Marcus Alexandre (PT) fez ou não fez, o pleito é estadual. Marcus não foi um gestor pífio, mas os vinte anos dos governos petistas e o seu modelo econômico de desenvolvimento é que estarão na avaliação do eleitor.
PLEBISCITO
Esta eleição, no Acre, pode ser definida de forma muito clara: o que está no centro dos debates políticos são os vinte anos de poder do PT e, principalmente, o atual governo. Ou traduzindo para o popular: é a eleição de quem é contra e quem é favor do atual governo estadual.
VAI DAR TRABALHO
Tenho encontrado muitas manifestações de votos no candidato a estadual Roberto Duarte (MDB). A sua atuação impecável na Câmara Municipal de Rio Branco é a sua alavanca.
A CAMPANHA DA PINDAÍBA
Os mais prejudicados neste novo contexto político de crise econômica são os candidatos a governador, principalmente, quem é o candidato do poder, como o Marcus Alexandre (PT), que recebeu parcos recursos, mas pelo fato representar o governo na disputa, os candidatos a deputado estadual acham que nada na grana, e não é isso. E se torna mais grave porque, nas campanhas passadas, quando a vaca era gorda, era normal candidato a estadual receber 100 mil reais de ajuda. Veio a crise, a maioria dos empresários da construção civil que regavam as campanhas do PT, quebrou, não há mais obras na BR-364 e seus empreiteiros para ajudar, e virou este Deus nos acusa e o rosário de reclamações de abandono que se ouve dos candidatos que disputam uma vaga na Assembléia Legislativa. Virou a campanha da pindaíba.