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Fórum Acre 2050 tem Ulysses com discurso cortado, Marcus reconhecendo erros do governo e Gladson criticando hospital mal feito

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Luciano Tavares, da redação ac24horas

Cerca de 200 pessoas participaram na noite desta terça-feira, 18, no auditório da Fieac, na avenida Ceará, em Rio Branco, do Fórum de Desenvolvimento Acre 2050, que reuniu os cinco candidatos a governador do Acre: Marcus Viana (PT), Gladson Cameli (Progressistas), Coronel Ulysses (PSL), Janaina Furtado (Rede) e David Hall (Avante). Cada um dos candidatos teve 20 minutos para expor seu plano de governo.


Gladson Cameli


Por sorteio, o primeiro a apresentar seu conteúdo foi Gladson Cameli. O progressista falou em gestão, infraestrutura, agronegócio, segurança, transparência e educação.


Ele disse que é preciso reduzir a máquina para pensar no desenvolvimento e começou sua exposição falando sobre gestão e infraestrutura.


“Todos nós brasileiros e acreanos sabemos o que é o isolamento. E a ponte do rio Madeira, que vai ser concluída no 1º semestre, é de fundamental importância”, salientou.


Ao falar sobre segurança, Cameli exaltou seu vice Major Rocha (PSDB). “Na área da segurança eu tenho muito orgulho em falar do meu vice, o Major Rocha.
Vamos fazer concurso para dois mil novos policiais, Batalhão de Fronteiras, bases móveis e retomar a Polícia Comunitária.”


Gladson voltou a dizer que em seu governo gastos com propaganda não ultrapassarão investimentos na PM. “O nosso Estado gasta muito mais com propaganda do que com a Polícia Militar”, criticou.


“Vamos concluir todas as obras do nosso Estado. Quando eu falo em concluir, eu não falo em entregar um hospital como no Alto Acre que chove dentro”, cutucou. Cameli se referiu às goteiras e infiltrações ocorridas durante a chuva no Hospital Wildy Viana em Brasiléia na semana passada. A primeira etapa da unidade foi entregue há 20 dias pelo governador Sebastião Viana e já apresenta sérios problemas em sua estrutura.


Ao falar sobre educação, Gladson destacou a realização de concurso para professores e a construção de 10 novas escolas em tempo integral e colégios militares.


Sobre agronegócio, Gladson destacou: “Não vejo outra solução para o nosso estado se não abrirmos o Acre para o agronegócio”.


David Hall

Capacitação de 40 mil pessoas na área da produção, 200 agroindústrias, central do empreendedor, manutenção de 10 mil quilômetros de ramais, ponte do rio Madeira, integração viária entre Cruzeiro do Sul e Pucallpa (Peru) e livre comércio em Brasileia e Epitaciolândia. Esses foram os projetos apresentados por David Hall.


“O Acre está acima da média nacional, segundo o IBGE, da taxa de desemprego. É preciso diversificação das cadeias produtivas, agronegócio com impacto mínimo. Nós não precisamos desmatar. Essa visão de desenvolvimento predatória precisa ser superada”, salientou.


Hall falou em contrair “empréstimos para fomentar cadeias produtivas. O governo tem que ser um parceiro das empresas. Essa visão intervencionista precisa ser repensada”, afirmou.


Janaina Furtado


Janaina Furtado começou se apresentando como a primeira mulher candidata ao governo do Acre e que veio das barrancas do rio Muru, em Tarauacá, sua cidade natal.


Vereadora por dois mandatos, Furtado se apresentou como mãe. Ela destacou que seu plano de governo contempla habitação, saneamento, educação e sustentabilidade.


Janaina lamentou, com base no Atlas da Violência, o aumento em 352% em mortes por homicídios no Acre nos últimos anos.
Ela acredita que a redução desses índices só será possível por meio da educação e acrescentou a necessidade da construção de mais escolas e creches.


Janaina leu parte de seu discurso, que foi dedicado ao setor da educação. A candidata foi bastante objetiva. Ao responder uma pergunta sobre a estrutura do Estado, ela disse considerar um absurdo a quantidade de ocupantes de cargos em comissão


“É inaceitável que tenhamos tantos cargos comissionados. Eu realmente gostaria de saber a quantidade de cargos em comissão, pois eu sugiro a diminuição”


Coronel Ulysses


“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Com esse versículo bíblico do evangelho de João, o candidato do PSL, Coronel Ulysses, abriu sua participação no fórum.


Duro e visivelmente irritado em seu discurso, Ulysses
atacou a familiocracia na política. “Eu não vim aqui pra falar bonito e pra fazer politicagem porque eu não sou político. Somos pobres por causa dessa política de florestania”, disparou.


O Coronel afirmou que o Acre é 800% mais perigoso que o Estado de São Paulo e acrescentou que isso ocorre porque “não existe vontade pra segurança funcionar e não existe vontade pra educação funcionar”.


“Eu tenho coragem de abrir a caixa preta desse Estado para saber para onde foi parar o dinheiro da ZPE, da BR, do Ruas do Povo, da saúde”, afirmou.


Coronel Ulysses teve discurso interrompido


O Coronel Ulysses Araújo teve sua fala interrompida por descumprir as regras estabelecidas pela comissão organizadora do evento e deixou o auditório com seus apoiadores irritado.


O candidato fez um discurso político e de ataques ácidos, o que segundo a organização do fórum era proibido. O evento era destinado a propostas dos candidatos.


Na saída, Ulysses disse que foi censurado. Ele afirmou ainda que foi impedido de apresentar seu painel com plano de governo com a foto de Jair Bolsonaro, seu candidato à Presidência da República.


Marcus Viana


O petista Marcus Viana reconheceu os erros dos governos petistas em diversas áreas.


Marcus falou em Condomínio Industrial, atualizar o zoneamento econômico, instalação do Programa de Desenvolvimento de Novos Negócios, um sonho pessoal dele, além da formação de empreendedores e fez uma explanação sobre o Acreprevidência.


Ao expôr seu programa para a produção, Marcus falou em “tirar a ideologia do Imac. Eu não tenho nenhum romantismo em relação a questão ambiental”, salientou.


“A ZPE não deu certo. Temos que reconhecer”, afirmou.


O ex-prefeito de Rio Branco mostrou a realidade fiscal do Brasil e do Acre para afirmar: “Eu não estou aqui prometendo coisas que eu não posso cumprir”.


O candidato destacou a necessidade da “Estruturação da Sefaz e a criação da Oca do Empreendedor”.


“Não temos nenhuma previsão de aumento de impostos, como o ICMS. Já acho que a gente paga muitos impostos.”


Sobre produção agrícola acrescentou: “Vamos unificar as secretarias e criar a Secretaria de Produção e Abastecimento. Temos que nos esforçar para investimentos”.


Marcus também sugere a criação de um calendário anual de obras para reforma de escolas e unidades de saúde.


Ao ser perguntado sobre seu plano para o rio Acre, Viana disse: “Há uma necessidade de recuperação das matas ciliares, acabar com o desmatamento em suas margens. E precisamos da parceria das prefeituras”


O evento reuniu advogados, empreendedores, administradores, dirigentes públicos e privados, professores e universitários.


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Luciano Tavares, da redação ac24horas

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