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Parece que os eleitores não querem saber mais de candidatos “bonzinhos”

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Vou começar a análise pela disputa presidencial para chegar nas eleições ao Governo do Acre. Se a gente olhar o momento os dois candidatos com mais possibilidades de chegarem ao segundo turno são o Jair Bolsonaro (PSL) e o Ciro Gomes (PDT). O quê eles têm em comum, apesar de estarem em extremos opostos ideológicos? Os dois são espécies de anticandidatos. Falam o que pensam sem medo e defendem projetos polêmicos. Um quer armar os cidadãos e o outro tirar o nome de todo mundo do SPC. Ambos não são nada educados ao lidarem com a imprensa. Às vezes, nem mesmo com os eleitores. Ou seja, estão longe de representarem personagens de “bonzinhos”. Ainda assim são favoritos, segundo as pesquisas, a vencerem com os votos de milhões de brasileiros. A minha percepção é que o povo cansou do “politicamente correto”. Porque na verdade, na maioria das vezes, imagens fabricadas pelo marketing político são destruídas nos primeiros meses de gestão e logo vem a decepção para milhões de eleitores. A corrupção e a violência cansou a população que quer opções radicais, mesmo que isso venha a custar mais sofrimentos em pouco tempo. Particularmente não acredito que a “truculência” possa ser a chave para o Brasil sair da grave crise econômica e social que está atravessando. Mas quem vai decidir isso são os milhões de eleitores brasileiros que determinarão o resultado final dessa partida.


Assim é…
Na disputa ao Governo do Estado, o Marcus Alexandre (PT) incorpora o personagem do bom administrador e trabalhador. Disposto a acordar de madrugada para as suas andanças. Quase um homem que todas as mães sonham como o genro ideal. Só que na prática, segundo as mais recentes pesquisas de intenções de votos, esse personagem não está convencendo a maioria dos acreanos. Transparece ser tão bom que acaba gerando dúvidas nos eleitores.

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…Se lhe parece
Por outro lado, o Gladson Cameli (Progressistas), tem um carisma natural. Faz uma campanha distribuindo sorrisos e abraços. Muitos duvidam da sua capacidade administrativa mesmo sem nunca ter sido testado num cargo executivo. Falam um monte de coisas sobre a sua vida particular e está longe de ter a imagem do moço “bonzinho”, mas representa o anseio de mudança de parte do eleitorado acreano e assim lidera as pesquisas no momento.


Motivações
Numa análise rápida sobre os motivos do Gladson estar a frente nas pesquisas vem evidentemente o fato do Marcus representar um Governo “impopular”. Mas não é só isso. O candidato do PT tem falado em “renovação do projeto”. Mas será que as pessoas acreditam ser isso possível depois de o PT estar há 20 anos no Governo do Acre? O longo tempo no poder causa desgastes naturais porque ninguém consegue agradar a todos. E a alternância de poder surge como uma alternativa, uma esperança de mudança.


Voto contra
O discurso de oposição nesse momento é muito mais fácil porque há uma evidente insatisfação de grande parte da população em relação ao atual Governo do Estado. Não estão julgando só as personalidades dos candidatos, mas também os projetos que representam. Assim surge um campo favorável para o “voto contra”. Tem eleitor que não quer nem ouvir as argumentações e planos de governo. Quer simplesmente mudar e irá seguir com qualquer um que represente esse anseio.


Caixa de mistérios
Mas como não tenho “bola de cristal” vou esperar a abertura das urnas para presidente e governador do Acre. Tudo pode acontecer porque eleições sempre reservam surpresas. Mas no momento tenho a percepção que os eleitores estão mais dispostos a votarem em candidatos que representam mudanças radicais do que continuidades de projetos políticos.


Decisão rápida
Nesse contexto do Gladson e o Marcus polarizando nas pesquisas, até agora, surge uma outra questão que pode encurtar a disputa para um turno, o voto útil. A tendência é o eleitor escolher entre os dois que estão mais cotados a vencerem e abandonarem as candidaturas alternativas.


Perigo na curva
Outro dia eu conversava com um candidato majoritário que me disse o seguinte: “Alguns vencerão as eleições, mas não assumirão os mandatos”. Ele se referia ao abuso do poder econômico que poderá “ajudar”, mas também “atrapalhar” a vida de alguns candidatos que por venturam saiam vitoriosos do pleito e depois venham a ser julgados e condenados pelos excessos.


Divisão
Segundo uma fonte de Cruzeiro do Sul, os funcionários da prefeitura do município estão divididos entre os apoios aos candidatos a deputado federal Jéssica Sales (MDB) e Rudilei Estrela. O jogo tem sido bruto pelos apoios dos funcionários municipais.


Dobradinha
Também me contaram que a “dobradinha” entre o candidato a estadual Joza da Farmácia (Podemos) e o pastor Manoel Marcos (PRB) para federal está investindo pesado em Cruzeiro do Sul. Muitos carros adesivados e um grande volume de campanha no município.


Eleição “vigiada”
Segundo informações que recebi do TRE cerca de 1.600 homens de forças federais estarão observando as eleições do Acre. Exército e Polícia Federal auxiliando fiscalizando para evitar que se cometam crimes eleitorais. Os “compradores de votos” podem se dar mal no processo. Está havendo treinamento para essa “força federal” identificar vários tipos de ações de induções ilegais dos eleitores. Aqueles que sempre montam os famosos “esquemas do dia da eleição” podem acabar dando com os burros nas águas de Manacapuru e ainda respondendo por processos criminais.


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