Uma das maiores polêmicas que mexe com o imaginário popular são os cargos comissionados do Governo do Estado. Aqueles que são nomeados para exercerem, na maioria das vezes, funções políticas. O cálculo que se tem é que eles representam um pouco menos de 5% dos gastos com os funcionários estaduais e custam R$ 112 milhões anuais aproximadamente para os cofres públicos(dados pesquisados na internet em várias matérias). Obviamente essa pauta não poderia deixar de entrar nos debates entre os candidatos a governador. O candidato Gladson Cameli (Progressistas) tem dado várias declarações que pretende acabar com os “super-salários” dos cargos políticos e fazer uma redução drástica no número de nomeados políticos, se conseguir se eleger. A intenção, segundo ele tem dito, é direcionar esses gastos para empreendimentos sociais e o sanear economicamente o Estado. Mesmo com toda a polêmica, o fato é que não existirá um Governo, seja de que partido for, sem nomeações de assessores em cargos comissionados. Mas, na minha opinião, é preciso reprimir o exagero, sobretudo, tratando-se de um Estado com uma população de apenas 800 mil habitantes e que depende quase que exclusivamente de recursos públicos. O que choca as pessoas são os exageros de altos salários de gente que produz bem pouco à gestão. Por exemplo, um assessor especial do atual Governo do PT recebe a bagatela de cerca de R$ 19 mil por mês. Existiam 14 nomeados nessa posição e não sei quantos permanecem depois das defecções naturais do período eleitoral. Mas mesmo com as recomendações do Tribunal de Contas do Estado (TCE) de reduzir esses cargos que ultrapassam os dois mil no geral (e não só de assessores especiais) novas nomeações foram feitas nessa semana. Assim a questão certamente deverá ser ainda mais explorada politicamente pelos candidatos.
Situação delicada
Durante a sabatina do ac24horas com os candidatos ao Governo, Marcus Alexandre (PT) sinalizou com a manutenção desses cargos, caso vença a eleição. Obviamente que não poderia dizer para os comissionados de vários partidos da FPA e que estão atualmente engajado na sua campanha que irá demiti-los. Ele chegou a afirmar que não é um político “ingrato”. Afinal, boa parte dos atuais comissionados têm funções políticas exatamente para “trabalharem” a favor da coligação a qual pertencem num momento como esse.
Visão externa
Quem está no poder manter uma “tropa engajada” às aspirações de um grupo de partidos faz parte do jogo da política. Agora, é preciso avaliar como a população entende esse fato. Principalmente levando-se em conta que milhares de acreanos estão desempregados em busca de oportunidades de sobrevivência.
Lógica
Se conseguissem economizar metade desse valor gasto com assessoria política deixando apenas as funções técnicas seria possível investir em obras como hospitais, escolas, estradas e segurança pública. Porque ao longo de uma gestão de quatro anos o gasto com essa “máquina política” se torna um fardo para investimentos sociais de maior resolutividades para o bem estar da população.
Campanha no mandato
Tenho notado que os deputados estaduais Daniel Zen (PT), Eliane Sinhasique (MDB) e Luiz Gonzaga (PSDB) têm mantido frequência constante nas sessões da ALEAC. Na minha avaliação, uma das maneiras possíveis de se fazer uma boa campanha à reeleição é mostrar compromisso com os mandatos que já exercem.
No jogo
A deputada estadual Leila Galvão (PT) conseguiu uma vitória num julgamento no TRE por unanimidade que garante a sua candidatura à reeleição. Ela tinha ainda uma pendência de quando foi prefeita de Brasiléia, mas que foi superada na análise da Corte Eleitoral acreana. Leila está no jogo.
Jogo duro
Nunca acompanhei uma disputa tão dura por uma das vagas a deputado federal pelo Acre como nessas eleições de 2018. Parece realmente uma disputa majoritária. E o interessante que tem muitos nomes qualificados para representarem. Agora, é preciso ver se os eleitores acertam nas escolhas porque também têm alguns “aventureiros” notórios na corrida.
Mulheres “poderosas”
Não faltam boas opções de mulheres candidatas a federal. Entre as postulantes estão Silvia Monteiro (PMB), Vanda Denir (SD), Rosana Nascimento (PPS), Jéssica Sales (MDB), Mara Rocha (PSDB) e Charlene Lima (PTB), entre outras. Deu pra sentir a pressão da disputa das oito vagas na Câmara Federal? Nomes fortes com representatividade na sociedade.
O eterno
Tenho visto muito movimento de campanha do candidato Flaviano Melo (MDB). Ele está com uma tropa nas ruas da Capital pedindo votos. Sempre caminhando com alguma cabo eleitoral bonita ao seu lado devido o seu problema de locomoção. Esse negócio de bengala é coisa do passado. Flaviano está no páreo.
Silencioso
Quem também vem fazendo uma campanha eficiente é o atual deputado federal Raimundo Angelim (PT). Soube que tem feitos muitas reuniões com uma frequência representativa de eleitores. Uma pessoa importante do PT me falou que se surpreendeu com a quantidade de gente num desses encontros. Angelim acerta em fazer a sua campanha solo. Antes só que mal acompanhado.
Carisma da TV
Conversei com o Gonzaga que disputa a reeleição a deputado estadual sobre a campanha da Mara Rocha (PSDB). Ele tem sido um dos seus mais fieis escudeiros. A minha curiosidade era saber se os eleitores ainda lembram da ex-apresentadora por anos da TV Gazeta. Segundo ele, a lembrança das pessoas da imagem da jornalista na “telinha” ainda é marcante e, por isso, tem conseguido muitas adesões.
Disputa acirrada
Os eleitores de Cruzeiro do Sul e do Vale do Juruá têm pelo menos três candidaturas a federal representativas da região. Jéssica Sales, que disputa a reeleição, Henrique Afonso (PV) e Rudilei Estrela (Progressistas). Jéssica e Henrique já estiveram em mandatos e deram um retorno positivo para a população do Juruá. Os dois foram bons deputados. Rudilei está concorrendo pela primeira vez com o apoio do prefeito Ilderlei Cordeiro (Progressistas) e quer ser a “novidade” da eleição. Ali a disputa será voto a voto.
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